Uma vez meu "outro pai" me disse que gostaria de ter aquelas longas conversas que nós tínhamos com seu próprio filho. Não sei se isso seria possível. Conversas entre pais e filhos são diferentes de conversas entre amigos. Ele é meu pai porque nós nos adotamos, mas não temos esse vínculo de pai e filho, onde um sugere ao outro alguma coisa esperando que ele faça.
Tenho boas conversas com a filhotinha, mas sei que cada vez que eu falo de alguma coisa duma forma que ela não gosta ela termina a conversa rapidinho, embora mesmo nesses casos, algumas vezes, depois perceba que ela escutou e levou em conta o que eu falei.
Minha irmã me disse uma vez que gostava quando eu falava algumas coisas porque eu não pressionava muito, mas dava uns toques.
Não mando, nem quero mandar em nenhum deles e não espero que nenhum deles faça nada daquilo que conversamos, mas a troca de opiniões e experiências pode vir a ter algum valor.
Requer alguma experiência de vida para perceber que uma outra opinião pode nos dar uma visão diferente da que vinhamos tendo e que não precisamos cometer os mesmos erros que alguém de quem gostamos já cometeu na nossa frente.
Os muito jovens algumas vezes pensam que com eles a mesma experiência vai ser diferente. E, às vezes é.
Mas outras vezes não.
terça-feira, 24 de julho de 2012
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