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quarta-feira, 29 de julho de 2015

APRENDENDO A REAGIR DEVAGAR


Sempre reajo rápido a qualquer coisa e embora isso possa ser visto como uma demonstração de inteligência outras tantas não é a coisa mais inteligente a se fazer.

Estou reagindo a alguns assuntos que não tem mais urgência para mim, mas ainda assim, menos do que reagiria e resistindo a dizer tudo o que penso, no momento que estou pensando. 

Mesmo elaborando sobre essas coisas, tenho esperado para mandar adiante, porque tenho pensado muito mais em coisas novas, que me interessam mais e que coloquei ali no forno.

Curioso para saber qual delas vai dar certo primeiro.


O QUE EU GOSTAVA NELA


Não sei porque lembrei dela. 
Faz tantos anos...

Não foi das poucas mulheres que me marcaram para o resto da vida,

nem foi das mais bonitas, mas tinha um corpo firme e todo desenhado que as irmãs também tinham e algo que eu nunca esqueci e nunca encontrei novamente.
Ela exalava um cheiro doce que me fazia ter vontade de respirar o ar que ela havia respirado. Aquilo era muito bom.

Nós ficamos juntos durante um intervalo de noivado dela e foi muito bom enquanto durou. Depois a família cobrou que ela voltasse para o noivo. Não sei até onde teríamos ido, mas, por mim teria ido mais longe.

terça-feira, 28 de julho de 2015

ESPERANDO COISAS BOAS

A vida se organizou.
Posso fazer escolhas nesse momento, mesmo que limitadas e não tenho pressa. O bom desse momento é que posso não ter pressa.
Quero tomar boas decisões.

O momento econômico me deixa mais cauteloso do que normalmente sou, mas lembrando do Princípio de Pareto que diz que 20% daquilo que fazemos é responsável por 80% dos nossos resultados abri mão de uma nova construção, no mesmo esquema que eu fiz as duas últimas, onde a minha participação seria pequena, pela expectativa de uma outra onde terei uma participação maior. 


Ainda assim não esqueço que aquilo do que estou abrindo mão hoje foi bom para mim num momento que eu não tinha outra opção.


Tenho pensado como nos mantemos ocupados e nos distraímos com muitas atividades e segui raciocinando sobre a faculdade que não tem me realizado e naquilo que eu gostaria de fazer de tivesse tempo e pudesse me concentrar. O pensamento amadureceu e vou trancar pelo menos esse semestre para fazer coisas que desejava fazer e vão me dar mais satisfação neste instante.


Estou pronto para coisas boas e para as melhores também

quarta-feira, 22 de julho de 2015

UM BANHO DE ÁGUA FRIA COM A FACULDADE

Quando resolvi voltar a Faculdade pensei que seria estimulante intelectualmente e eu daria um melhor uso ao tempo que tenho disponível. A realidade que se confirmou foi um pouco diferente disso.
Muitas aulas não aconteceram e o estímulo intelectual que veio foi nas aulas de Filosofia.

Nesse caso também as aulas de Filosofia sobre a pós-modernidade me deixaram um pouco desconfiado, porque falavam muito da falta de confiança no futuro das pessoas. É de ficar triste.


Alguns que estão ali fazendo o mesmo curso que eu parecem não saber muito bem o que estão fazendo ali. Outros querem apenas um diploma para poder prestar um concurso público que exija nível superior.


Um semestre se foi, seis matérias eliminadas por média e agora que é o momento de fazer matrícula estou tendo dúvidas.


Quero pensar, muito disso pela vontade de não errar no rumo que tomar agora quando o país parece tão fora de prumo.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

LEMBRAR DO QUE TALVEZ NÃO ACONTECEU


Tenho uma amiga há alguns anos com quem nunca encontrei.
Temos conhecidos em comum e foi daí que a coisa veio.
De vez em quando temos longas conversas e ela diz que faz terapia comigo.
Outras vezes ela aparece com algo divertido, e é um poço de inspiração. 
Já me apareceu com algumas estórias da quais eu gostei e pedi para ficar com elas. 
Escuto, escrevo e vem pra cá.

A última foi sobre uma ameaça de castigo.


Disse que tinha um porão na casa onde viviam e quando as crianças da casa estavam muito agitadas na cama e conversando muito vinha a ameaça de que se continuassem iriam para o porão. 

Bastava. 
O silêncio imperava.

Era noite e a ameaça de irem para o porão era aterradora.


Mas o medo era tão grande que aquilo ficou muito real na cabeça dela, mas ela não lembra de efetivamente ter acontecido de ir para o porão à noite.

Ela tinha medo e tem lembrança do que provavelmente não aconteceu. 

Vivencias ou impressões que nos marcaram são tão fortes que reagimos a elas de forma irracional, porque se aconteceu, mesmo que só dentro da nossa cabeça, aconteceu.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

AQUATERAPIA


Mesmo vivendo às margens do São Francisco e tendo dito que iria tirar a habilitação para lancha e jet ski, eu ainda não havia criado uma relação com o rio. 
Estava mais que na hora. 

Eu também nunca havia andado de caiaque. 

Ontem foi a terceira vez que aluguei um e fui para o meio do rio, sempre ao cair da tarde. 
Quando anoitece estou no rio. 
Na praia da ilha que há paro um pouco e caminho um pouco com a água pouco acima da cintura. Depois volto ao caiaque e remo um pouco corrente acima.  

Agora, com a pouca vazão o rio quase se transformou num lago. Não tem correnteza. Com isso duas dessas vezes me deitei no caiaque e deixei o olhar passear e o caiaque que não estava encostado em nada não se moveu pelo tempo que eu quis. Encontrei um remanso no meio do rio.


Aquilo foi extremamente relaxante. Tem sido tão bom que vou repetir mais vezes.


Nas caixas que chegaram recentemente veio também uma fonte de mesa feita de bambu que tenho ligado de vez em quando. O barulho de água me faz muito bem. Sempre me faz bem ouvir o barulho da água correndo, seja roçando nas pedras, numa cachoeira ou as ondas do mar.


O som da água me lava por dentro.


Estive em Recife recentemente e mesmo com o aviso da presença de tubarões entrei na água em Boa Viagem e foi ótimo.  


Lembrei do Watsu, o alongamento dentro dágua que eu fazia na Fórmula Academia e da vontade que tive de aprender a fazer para proporcionar aos outros o prazer que eu tinha naquilo.


Água.

De novo.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PEDRA DO REINO






O messianismo é a crença num enviado divino. Os crentes professam sua crença e ganham adeptos. Alguns porque ouviram uma estória e de pois disso recontam à sua maneira e criam a sua própria estória.

Tivemos alguns movimentos messiânicos no Brasil. Um deles foi muito bem lembrado e aproveitado por um verdadeiro gênio, o escritor Ariano Suassuna que fez com que São José do Belmonte em Pernambuco entrasse para o roteiro turístico brasileiro.


D. Sebastião era o rei de Portugal e quis se aproveitar das divisões internas que existiam na região do norte da África, próxima ao Marrocos para se apossar de Alcácer-Quibir, mas foi derrotado e morto pelos marroquinos em 1578. Como seu corpo não foi identificado deu margem para que fosse criado o sebastianismo, que era baseado na crença de que o morto ainda estava vivo e apareceria em algum outro lugar no momento adequado para assumir o trono, já que depois da morte de seu tio que o sucedeu no trono, este foi assumido pelo monarca espanhol que estaria na linha de sucessão por parentesco com os portugueses, mas que era considerado um estrangeiro. 


Era a crença na vinda de um monarca salvador em Portugal que influenciou alguns movimentos messiânicos também no Brasil.

O mais sangrento deles foi o movimento messiânico da Pedra Bonita, depois conhecida como Pedra do Reino, inspirado no sebastianismo e ocorreu de 1836, quando em Flores, Pernambuco, João Antonio dos Santos diz que D. Sebastião está prestes a desencantar prometendo riquezas para os adeptos. Esse primeiro movimento foi dispersado.

Dois anos depois, o cunhado dele, João Ferreira retoma o movimento e convence os adeptos de que os dois grandes blocos de pedra, que aparecem na primeira fotografia, são a entrada do castelo de D. Sebastião que ali desencantará. A matança ocorre de 14 a 16 de maio de 1838. No dia 17, o próprio Rei é sacrificado, sendo substituído pelo cunhado Pedro Antônio que ordena a mudança do acampamento para um lugar mais distante, pois o ar estava irrespirável devido à decomposição dos cadáveres. Durante o trajeto são surpreendidos por um contingente que abre fogo contra eles. Gritando “Viva el-rei D.Sebastião” e entoando orações e ladainhas, parte do grupo perece, inclusive o novo Rei. Alguns sobreviventes fogem, outros são presos: as mulheres logo são liberadas, os homens permanecem encarcerados e as crianças são distribuídas à adoção.

Fonte: Wikipédia e essa parte não sei dizer se é do romance de Suassuna que se mistura com a realidade.