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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ATENÇÃO TOTAL

Uma pessoa que me conhece bem disse que eu desejo atenção total e eu concordei, mas ressalvando que quero atenção total determinados momentos e pensei numa briga com uma  ex-namorada que era multi-tarefa, já que tinha dificuldade de se concentrar em apenas uma atividade.

Eu havia anunciado uma massagem nos pés que a levaria ao céu. Depois de pacientemente esperar por todas as outras coisas que fez depois que eu cheguei na casa dela, e dela colocar a água morna ao meu lado, achei que finalmente finalmente iria fazer o que estava esperando fazia tempo.

Foi esse instante que ela resolveu que tinha que telefonar.
Não sou a manicure dela, mas me senti como se fosse. 
O clima que eu queria criar se foi e eu disse isso na mesma hora. 
Eu não quero o tempo todo, mas naquele instante eu queria que ela estivesse ali inteira.

Atenção total?
Naquele instante?

Eu queria mesmo!


PENSAMENTOS VINDO NO ESCURO


Acordei perto do amanhecer um pouco angustiado e com vontade de ir para um espaço aberto respirar, mas a temperatura agradável do ar condicionado e levantar por um instante trouxe de volta a tranquilidade rapidamente.

Levantar para pensar e era algo que eu não fazia há muito tempo. Talvez porque a vida não estava permitindo angústias porque não havia tempo para isso. Existem outras angústias que não são minhas que não me permitem dúvidas.  

Fiquei com a sensação de que não era nem dia nem hora para aquilo. Estou com coisas novas que aparentemente vão dar muito certo pedindo foco e  não queria levantar para não estragar o dia, mas seria impossível retomar o sono sem ter a sensação de ter ordenado os pensamentos. 

Cansado, de volta a cama, não queria acender a luz . Mas não dormia. Imaginei que depois que fizesse os raciocínios que minha cabeça pedia naquela hora, poderia adormecer novamente.
Senti que tinha que escrever e escrevi sobre várias coisas. Tem muita coisa acontecendo e o fantasma da doença muito séria de um irmão tem aparecido com frequência nessas últimas duas semanas sem que eu saiba o que devo fazer.

Ao mesmo tempo, oportunidades pelas quais eu estava esperando surgiram uma atrás da outra.

Agora amanheceu e na verdade eu posso sair de casa na hora que eu quiser. Tem algumas coisas para serem feitas, mas estou tentando fazer apenas aquelas nas quais eu faço diferença. 

Pensei, escrevi, coloquei para fora.

Agora posso dormir.

PARA SEMPRE TEU - DANÇA - JAILSON LIMA

Tenho sentido falta de teatro e como o que eu vi até agora por aqui não me encantou andava até um pouco desligado do assunto. Outros assuntos tem me tomado mais atenção.

Como quando eu fotografava muita gente pedia para estar no meu Facebook e eu não gostava muito da idéia de estranhos compartilhando da minha intimidade, comecei um outro Facebook para as fotos onde eu aceitava os amigos e também essas pessoas que eu não conhecia e estavam interessados nas minhas fotos. 
Quando mudei para a Bahia esse outro Face ficou um pouco abandonado.

Ontem eu entrei lá uma amiga que conheci no teatro havia usado uma foto minha para divulgar uma peça e falava de uma semana de artes no Sesc Petrolina e tinha dança.

Eu estava com sede e fome de cultura então fui sem muita informação e quando cheguei lá vi que só haviam homens no elenco. A princípio isso não me agradava muito, mas a sinopse era interessante e depois não era um solo masculino porque já assisti muita coisa e com isso já vi algumas bobagens e algumas das maiores foram solos de dança masculinos que eu com isso havia prometido a mim mesmo não mais ver solos masculinos.

Ou solos femininos são mais interessantes ou como eu gosto mais das mulheres dançando, sempre acho alguma coisa interessante.

O fato e que conseguiu me surpreender principalmente por já ter a idéia da sinopse do "sujeito partido/fragmentado, descrente de complementar-se no outro" e por aí ia, que foi bem representado no palco.

A apresentação me levou a duas outras que me disseram algo que foram: Devorações - dança de Lu Favoretto e o Banho de Marta Soares - teatro, que me comoveu muito.

Ao fim do espetáculo o diretor que me havia permitido fotografar disse que hoje estão concorrendo indicados em várias categorias, como melhor coreografia, melhor iluminação, melhor bailarino, e acho que outras mais. Depois do que vi a indicação não me surpreende. É mais do que merecida.
O que agrada é saber que é um grupo da região fazendo um trabalho que não se pode chamar de regional.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

FINDING FORRESTER

O filme é de 2000 e eu só vi agora em video, mas é muito bom ver um grande ator que escolhe bem os filmes que faz. Não tem a densidade de "O Nome da Rosa", mas ainda é um Sean Connery numa boa interpretação.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

O QUE UM DIZ E O QUE O OUTRO ENTENDE.


Por mais que para nós uma situação seja clara e que pensemos que estejamos sendo claros, as pessoas com quem falamos escutam e raciocinam duma maneira toda sua. Cada um entende como sua mente foi preparada para entender e com isso podem interpretar o que uma pessoa quis dizer de maneira bem diferente. 

Também acontece de entenderem pela metade aquilo que foi dito. Entender uma frase pela metade pode mudar completamente significado do que se quis dizer. A delicadeza de não dizer alguma coisa com todas as letras, confiando na inteligência e bom senso alheio é gentil mas também é arriscado.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

OS QUE NEM PENSAM NEM SÃO PARECIDOS.

Deve ser fábula  a estória dos porcos espinhos se aproximarem e se afastarem uns dos outros para achar a distância certa para se aquecerem sem se machucar com os espinhos do outro. O porco espinho é um animal do cerrado e vive sozinho, mas quando vai acasalar a fêmea levanta a cauda e encolhe os espinhos e isso dá suporte à metáfora de achar a distância certa para se aproveitar o necessário calor sem se machucar ou machucar ao outro.

Até com aqueles com quem temos muita coisa em comum temos as nossas diferenças e quando essas aparecem ou as acertamos ou as aceitamos. 

Alguns são mais habilidosos para lidar com esses contrastes ou estão mais interessadas em manter a relação, apesar dos pesares mas outras vezes  as pessoas chegarão num ponto aonde não dá mais para seguir juntos.

Tolerância e flexibilidade para com as pessoas com quem convivo são qualidades que em mim são limitadas. Essa paciência e flexibilidade é muito maior com as pessoas com quem não tenho que conviver. Com esses, seja o que for existe um limite de tempo para estar com eles então tudo pode ser engraçado, porém dificuldades relacionadas a valores éticos tornam impossível a convivência.

Ao menos adquiri o hábito de pensar e quando algo nos outros me incomoda sempre me vem o raciocínio de onde posso estar fazendo igual e se eu poderia mudar.

O fato é que agimos da maneira que agimos porque pensamos que estamos certos e, se estamos certos, naturalmente os outros estão errados. Deve ser por isso também que não dizemos o que gostaríamos e agimos como se o outro devesse advinhar, quando seria mais fácil para todos se apenas disséssemos e ouvíssemos o que o outro preferiria que nós fizéssemos.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

PENSANDO PARECIDO

Fazemos algumas coisas para não nos sentirmos sozinhos.
Aprendi a ter horror de incomodar e posso incomodar, mas tenho a certeza que tento não chegar nesse ponto. Estar com alguém, pertencer a um grupo ou a uma família, dá uma identidade mas se temos alguma percepção vai existir a hora de sair de cena para não incomodar. Não é tão fácil perceber.

Achamos nossas estórias interessantes mas temos que aprender que maior parte das pessoas está mais interessada na própria vida do que na dos outros, inclusive a dos parentes e amigos. Somos indivíduos e pensamos de maneira única. Então, é muito bom quando encontramos alguém que pensa pelo menos um pouquinho parecido.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

VERDADES INCONVENIENTES

Não tenho a consciência de onde aprendi a ser tão rigoroso, e não importa muito o problema a ser causado com a verdade, mas com as pessoas próximas sempre acho que ela deve prevalecer

Tento não ser mal educado mas reconheço que não calo verdades inconvenientes.


Também prefiro que as pessoas sejam honestas comigo, mesmo que isso me doa e me incomode muito pensar se me iludi com as vezes que elas não foram.


ESCOLHO O QUE VEJO


Um dia eu estava na academia fazendo aeróbio conversando com uma amiga que é esposa de uma celebridade nos esportes e ela mencionou uma reportagem a respeito dele que havia aparecido no Fantástico da TV Globo. 
Eu não havia visto. 
Em seguida ela mencionou algo sobre ele que havia aparecido na Revista Veja daquela semana.
E eu também não tinha lido.

Na hora senti como se as decisões de não ver televisão e ler a Veja apenas quando houvesse alguma coisa que me chamasse a atenção pudessem estar me deixando um pouco fora do mundo que as pessoas estão e que eu estivesse agindo como um ignorante selecionando apenas as notícias que eu julgava de maior relevância na internet.

Voltei ao pensamento porque domingo passado eu estava com uma pessoa que começou a explicar detalhes de uma novela porque eu havia feito uma pergunta a respeito de um comentário dela mas eu não achava aquele assunto interessante.


A minha opinião é que uma novela é uma perda de tempo porque não tem lógica nem enredo plausível, ou seja, não me acrescenta nada. Mas aceito que a divirta. 

Eu quero aprender, não importa o que. Gosto da sensação de aprender algo hoje que eu não sabia ontem, mas não vai ser vendo novela que isso vai acontecer. 


Por fim, mesmo passando por ignorante cheguei à conclusão que é o meu tempo eu decido como usar. 

Serve para os outros também. 
Posso achar uma bobagem mas tento respeitar a decisão deles de como usar seu tempo. 

A revista Veja dá a impressão de ser escrita por uma única pessoa e com isso tem conceitos pessoais que eu me dou ao direito de escolher quando quero ler. 

Me cansa alguém que parece querer me convencer o tempo todo.  Cabe a mim decidir o que me convence. 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O QUE ME LEVA A PENSAR

Li dois livros esta semana e já fazia tempo que eu não fazia isso.
Algumas colocações me fizeram pensar. Tenho levado a vida sem pensar muito nela. Refletir e rever a minha visão particular de como são as coisas havia se tornado um hábito e neste instante estou sentindo falta, porque tenho agido como se isso não fosse fundamental.

Muitas vezes numa peça de teatro um diálogo ou apenas uma frase que me fazia pensar. Me dava um insight de alguma coisa. 


Ken Loach foi perfeito na definição de para que serve o teatro e vi nos livros aspectos do meu comportamento que estão sendo negligenciados.


Estou precisando de ajuda para isso.

Pensar.
É bom.

E está me fazendo falta.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

EU SENTI FALTA DO OUVIDO AMIGO

Quando chegou o fim do ano teve um dia que eu senti falta do ouvido amigo e de uma conversa onde eu pudesse ter dúvidas. Umas pessoas tem me perguntado a respeito das minha dúvidas e das minhas certezas e uma das perguntas foi se eu me via envelhecendo aqui.Aí está um problema da auto-imagem. Eu já passei da meia idade e não me sinto velho porque não estou me vendo ou me sentindo assim. 

Não me sinto em dúvida mas gostaria de pensar na dúvida. É sempre um exercício mental. Tentei fazer um comparativo do momento e da maneira como eu vivia com o que estou vivendo agora.


Eu estava sentindo o cansaço que  de estar numa rotina que não estava mais fazendo sentido junto com um certo isolamento que eu interpretava como independência e vinha pensando em alternativas. Também havia a vontade e a expectativa de coisas que não aconteceram porque eu não estava pronto. Com isso eu esperava pela coisa perfeita. Hoje ainda a falta a rotina que faça completo sentido, mas depende de mim seguir mais focado do que estou. 


De toda maneira, o balanço foi positivo mas ainda assim eu gostaria de poder conversar, de fazer um exercício mental apenas e depois seguir adiante, tendo refletido junto com alguém que não levasse à sério o que eu dissesse.Ou que levasse, mas que depois, se conveniente, esquecesse.

Porque é assim que funciona um ouvido amigo.