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segunda-feira, 30 de junho de 2014

JOANA DEBAIXO DO BRAÇO

Tenho lembrado muito da música Bom Tempo, de Chico Buarque, que diz que vem aí bom tempo. 
E fala de Joana debaixo do braço, carregadinha de amor.

Ah... como eu gostaria que viesse bom tempo.

E ia ser ótimo uma Joana carregadinha de amor.

https://www.youtube.com/watch?v=HrPvW7L4r5g

sexta-feira, 27 de junho de 2014

COMO DECIDIR NÃO IR


São João na Bahia é uma grande festa, mas nunca fez parte das coisas que eu vi e curti como o carnaval, por exemplo. As crianças esperam ansiosas para soltar fogos. Acontecem grandes festas em muitas cidades. Na véspera de São João passei em ruas que tinham uma fogueira na frente de cada casa e por aí a coisa vai.

Hoje tinha mais um festa de São João que tem uma parte livre e uma outra paga e com isso mais selecionado. Meu primo sugeriu, pensei por um instante e achei que seria bom sair e ver gente. Eu não estava muito convicto de ir mas achei que era um momento em que eu devia continuar saindo do casulo e já que tinha companhia de outras pessoas e carona providenciei o convite para o camarote.


Mais tarde ele me ligou para dizer que iriam mais tarde e eu que estava indo para ver gente, já que não me atrai em nada a música que toca nesse tipo de festa, comecei a perder a vontade. Com isso eu iria com meu carro sozinho então pensei um pouquinho e desisti. Olhando melhor querer mesmo eu não queria ir desde o começo, mas fico achando que no momento de vida pelo qual estou passando ver gente está sendo importante para que eu não me isole. 

Mas não devo ir quando isso me parecer uma obrigação.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

POUCAS PALAVRAS SOBRE DEPRESSÃO

Muitas vezes tenho sentindo dificuldade para dormir cedo. Durmo tarde sem nenhuma necessidade ou proveito e no dia seguinte fico com o ânimo limitado. Outros dias deito cedo mas depois tenho que "levantar para pensar". Não tenho me animado a me cuidar com regularidade e isso inclui ir para a academia

Outras coisas contribuíram para a tristeza.

Gosto e tenho pressa de resultados e tem me contaminado pensar que aqui ninguém tem pressa e é natural a dificuldade  em resolver qualquer coisa.
Outro aspecto foi que em muitas situações ver cada um aqui querer fazer o que quer em detrimento de quem está em volta.
Uma morte na família, embora esperada mexeu muito comigo.
Numa determinada situação não me senti contando com quem tinha se comprometido antes.
Tenho andado com a casa um pouco desorganizada e sempre acreditei que o exterior reflete um pouco do exterior.
Isso tudo me desanimou um pouco, mas como sempre, embora decepcionado algumas vezes, não me entreguei.

Lembrei de uma das raras vezes que fui a uma terapeuta e ela aventou a hipótese de eu estar com um princípio de depressão e eu rebati sem nenhuma dúvida que não tinha.

No momento que estou de ir a outros pontos de vista fui fazer uma pesquisa e encontrei o seguinte:

"Ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno e não precisa de um acontecimento para disparar este sintoma. A pessoa fica apática, não sente vontade de fazer nada e não entende o por quê. Dificuldade de concentração, cansaço sem explicação, alterações no sono e no apetite são alguns dos sintomas da depressão. Ao contrário do triste, o deprimido se distancia das pessoas queridas. Fica desanimado, aparentemente sem motivo."
Do Site: Globo Universidade - Artigo " Entenda quais as diferenças entre tristeza, depressão e melancolia"

Nesse momento me reconheci em todos os sintomas e não estou dizendo que estou deprimido, mas que vejo que, se não tomar cuidado, posso ficar.

Como espero de mim mesmo comecei a ver saídas e a ajuda que eu precisava em determinado assunto veio de onde eu precisava que viesse.

terça-feira, 24 de junho de 2014

OUTRA MANEIRA DE ME VER


Acho que a coisa já devia andar por ali, mas foi uma frase da minha mãe repetida por uma pessoa que a encontrou há alguns meses que desencadeou os pensamentos. Ela me via de uma maneira que eu mesmo não me via e isso me levou a pensar no assunto sob a perspectiva de outras pessoas. Outras frases me chamaram à reflexão.

Ela contou que eu estava namorando sério dizendo que ficou contente porque achava que eu estava muito sozinho depois da minha separação que aconteceu há alguns anos.


Ela não deve estar contente porque eu estou sozinho novamente.


Não me vejo solitário, mas prestando mais atenção talvez eu seja.

Não me vejo deprimido, mas olhando melhor o que tenho sentido ultimamente, talvez eu esteja.

Sempre busco uma forma de ver a vida de uma forma positiva. Não tenho o hábito de me entregar ao desânimo e aprendi tão bem a ser independente que sei ficar sozinho, mas não é o ideal para alguém que gosta de ficar alisando.


Ficou ali quando recentemente um amigo escreveu dizendo que seria fácil eu fazer alguma mudança porque eu era desapegado. E fui a outro momento quando uma amiga reclamou que quando eu estava com ela eu era tão presente e quando eu ia embora eu era ausente.


Também veio o dia em que tomando um café uma amiga que me perguntou se eu estava namorando ela concluiu que eu tinha tantos interesses que eu me bastava. Protestei e escrevi sobre isso e escrever significa que pensei sobre o assunto.


Há pouco tempo fui de uma honestidade atroz com uma pessoa da família que sempre foi distante mas costuma se meter na vida dos outros como se fosse próxima quando eu disse a ela que eu não tinha nenhuma intimidade com ela para conversar com ela sobre um assunto que era meu. Embora tenha feito o que no meu íntimo eu tinha que ter feito, isso ficou me incomodando porque não é agradável fazer esse tipo de colocação. 


No momento que aconteceram essas coisas talvez eu não tenha me dado conta, mas agora veio o raciocínio sobre essas outras percepções. Repensar o que eu não tinha tido necessidade de repensar antes me aproveitando da perspectiva de outras pessoas. 


Por cima de tudo voltou a frase de uma amiga que diz que relacionamentos, seja quais forem, dão trabalho.


Moro sozinho e mudei há um ano para uma cidade onde tenho primos e tios e embora goste demais de família tenho um horror enorme à possibilidade de ser presente demais e com isso incômodo.


Foi no último sábado que tudo isso se misturou e borbulhou.

Eu tinha ido sozinho ao cineclube quando gostaria de estar com meus primos que moram aqui e em outros lugares e a família deles, com a preocupação de não ser demais.

Enquanto eu tomava um café esses pensamentos começaram a vir. Telefonei e comecei a falar sobre isso com uma amiga com quem de vez em quando tenho conversado. 

Serviu para eu repensar o que eu estava fazendo, esquecer o filme e ir me juntar a eles e chegando lá ainda com o não querer ser demais na cabeça conversar com uma pessoa que me disse que o não querer ser demais pode levar ao ser de menos.

Em todas essas coisas existe uma medida que não é só a minha.

terça-feira, 17 de junho de 2014

EXISTE UMA RAZÃO PARA ESTAR ALI


Era apenas para uma visita.

Foi por acaso que eu estava ali quando chegaram notícias que traziam preocupação e quem as trouxe as colocou imediatamente de maneira franca e direta sem que eu soubesse porque eu estava ali naquele momento.


Creio que não existe o acaso e que tudo tem uma razão de ser, mas sempre tenho uma tendência a ser empático e solidário. Depois levo aquilo comigo e fico pensando.


Não foi diferente...


domingo, 8 de junho de 2014

PROCURANDO A MINHA TRIBO


Sempre fui muito responsável com meus afetos, muito pela minha natureza, de quem se encanta rapidamente e se apaixona mais devagarzinho. Mas tenho um carinho para dar que anda meio que transbordando.  

As coisas costumam acontecer para quem circula e eu tenho circulado muito e parece que agora nos lugares certos porque tenho encontrado pessoas que tem uma vibração parecida com a minha. 


Para quem estava procurando uma tribo...


GOSTO DE VER ELA DANÇAR


Eu tinha meus motivos para estar quieto, mas queria estar perto de outras pessoas e estava num canto um pouco mais longe do movimento quando a música começou . 
Depois de algum tempo umas pessoas começaram a dançar.
Algumas delas com uma tremenda graça. Aquilo me tirou um pouco o foco daquilo que me deixava quieto e pensativo e me trouxe para aquilo que estava acontecendo ali. 

Eu não sei dançar. 

É daquelas coisas que eu ainda gostaria de aprender.
Gosto muito do movimento onde vejo graça e leveza. De tantos que estavam dançando, três meninas me chamavam a atenção porque nelas aquilo era muito natural. 

Duas delas eu nem poderia acusar de excepcionalmente bonitas, mas ficavam bonitas quando dançavam. Tinham um enorme encanto ao dançar. Eu poderia ficar apenas vendo elas dançarem por muito tempo porque aquilo, para mim, era muito prazeroso. 


Sou muito suscetível a ser ferido por uma imagem.

Beleza realmente me comove, mas não é a única coisa.

Me lembrou que recentemente eu estava num lugar que tem mesinhas e na minha frente estavam sentadas três mulheres que provavelmente seriam avó, mãe e filha. 


A filha era uma jovem bonita, mas quem me chamou a atenção foi a mãe, uma senhora magra, sem nenhum atrativo, mas com uma delicadeza em todos os gestos. 

Me chamou a atenção a maneira como estava sentada e dali me levou a todos outros gestos como segurar a xícara, por exemplo, e me deixou ali olhando, tendo muito prazer na elegância dos gestos de uma pessoa que físicamente não me dizia absolutamente nada.

Ficou como a mais bonita das três. 
Elegância é muito para mim.