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sexta-feira, 29 de junho de 2012

EU QUERO FAZER UM OÁSIS

Toda vez que eu penso na possibilidade de fazer algo diferente do que faço hoje está ligado a gente.
Eu gosto de gente.
Ultimamente tenho pensado nisso.

Não sei exatamente o que seria, mas com certeza teria a ver com proporcionar um momento de felicidade ou calma. Um canto onde as pessoas iriam para se sentirem bem.

Já falei de Watsu, que eu acho que é parecido com o que deve ser o céu, se existir.
Ou um bar ou café para  se ficar lendo ou mesmo ficar quieto, ou num pequeno bed and breakfast.
Fosse o que fosse, eu sei o que eu gostaria que fosse na essência:

Um oásis.

ROBERTA SÁ










quinta-feira, 28 de junho de 2012

A MOÇA E A BICICLETA


Eu estava numa grande agência de publicidade quando ela chegou.
Cena de cinema.
Charmosa, bem vestida.
De bicicleta.
Se pudesse teria fotografado.

Bem incomum para São Paulo.

BONNAN, MÚSICO - O CAUBY PEIXOTO DE CONSERVATÓRIA

O penúltimo Reveillon eu passei em Conservatória. 
Disse que um dia ia escrever sobre o Bonnan que é um músico que tem um restaurante lá nessa ruazinha onde tem essa estátua. 

Fui parar no restaurante dele por um acaso, mas achei muita graça naquilo.
Ele é um violonista excepcional e tem um vozeirão que usa de uma forma parecida com o Cauby.
Para mim foi extremamente divertido. Achei que valeu a pena.

Hoje, antes de sair para o show da Roberta Sá, estou aqui ouvindo os cds dele.

O VÍCIO DE FOTOGRAFAR

Hábitos passam a ser uma segunda natureza.
Tenho fotografado porque isso tem me dado muito prazer e às vezes tenho feito algumas fotos das quais gosto muito do resultado, porque pego um ângulo, uma parte do corpo, uma expressão, um gesto ou consigo uma foto onde a pessoa fica muito bonita.
É por esse caminho que tenho andado. Achar o que é bonito ou interessante numa pessoa e fotografar.

Mas isso tem me trazido um vício: observar mais as pessoas, mesmo os desconhecidos. O mais das vezes fotografo o sorriso ou a alegria, mas hoje eu vi uma tristeza bonita, que eu gostaria de ter fotografado, porém foi ontem na platéia do teatro que fiquei hipnotizado.

A moça que estava duas fileiras à frente da minha nem era bonita de chamar atenção, mas tinha um cabelo curto, penteado de uma forma despenteada, que deve ter dado trabalho para conseguir e que ficou ótimo nela.

Para explicar era melhor ter fotografado.

VENDENDO O QUE NÃO É MEU

Algumas operadoras de serviço tem ido a algum cadastro comum, talvez da receita federal e processado mudança nos seus cadastros causando algumas incorreções no que estava correto antes e até algumas situações inusitadas.

Linhas de telefone fixo já valeram dinheiro no Brasil, por incrível que isso possa parecer aos mais novos ou a um estrangeiro. Hoje não valem mais nada. No Rio um serviço médico particular de emergência quis pagar um bom dinheiro pelo numero de telefone que um amigo tinha em Copacabana por ser muito fácil de lembrar e muito parecido com outro que eles já tinham.
Ele não quis vender.

Um ano ou dois atrás uma companhia telefônica no Rio simplesmente atribuiu o meu CPF a um número de telefone que estava no nome do meu avô, morto há mais de cinquenta anos, telefone esse que continuava no apartamento que foi dele e hoje é de uma tia viúva. A única explicação para isso é que meu nome é exatamente igual ao nome do meu avô.

Quando meu primo percebeu isso e me comunicou chegamos à conclusão do que seria mais fácil para resolver o assunto. Passei para ele os direitos de uma linha que hoje não vale nada, mas que nunca foi minha.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

ARSENALE DELLA DANZA

Assisti hoje.
Uma apresentação espetacular, com esse cenário da foto.
Aplaudida de pé ininterruptamente até, por fim, fecharem as cortinas.
Encontrei meu sobrinho, ou ex-sobrinho, com quem eu brincava dizendo ser meu sobrinho favorito, e é um gênio para matemática, mas que tem um lado voltado para as artes muito forte.
Vai continuar sendo um sobrinho favorito.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O QUANTO DINHEIRO É IMPORTANTE PARA UMA MULHER

Ouvi uma vez que quando uma mulher procura um homem ela olha para cima e quando um homem procura uma mulher ele olha para baixo. Deve ter alguma coisa errada comigo, porque eu sou homem e olho para cima.
Não busco um ser inferior para que eu me sinta superior.

Isso tem me feito pensar muito a respeito de quanto dinheiro é importante para uma mulher, porque eu não tenho. Sei que sou um bom rapaz, mas de vez em quando tenho tido minhas dúvidas se isso é suficiente e, como já disse antes, uma mulher, se possível quer tudo, enquanto um homem quer ser suficiente para aquela mulher que elegeu.

Fui lá atrás ver o que eu tinha escrito a respeito de Candida para saber se havia mencionado Shaw que dizia que quando achamos uma coisa é muito engraçada, devemos buscar a verdade que se esconde ali. E eu por várias vezes achei graça em coisas que faziam referência a isso, como quando escrevi "A Teoria da Ivete", ou compartilhei a Cronobiograma Feminino, do Facebook da Jeane, ou contei como ficou ali na minha cabeça a definição de um homem de sucesso, por ter sido contada com gosto, pela pessoa que estava comigo. Isso mostra que esse assunto tem voltado à minha cabeça, de vez em quando, e que eu precisava elaborar mais sobre isso.

Achei bonito e honesto quando nos comentários do Cronobiograma uma amiga da Jeane comentou que tinha casado por amor e continuava casada por amor, mas que o dinheiro fazia falta, que não trazia felicidade, mas dava muita tranquilidade.

Também não esqueci quando uma amiga me falou que havia terminado um namoro onde havia muita química dizendo que ele não podia acompanhá-la a tudo que ela fazia porque ele não tinha grana para isso. Eu, que conheço os dois, acho que não foi só isso, mas acho que foi um aspecto importante. E eu mesmo uma vez estava num papo muito agradável com uma pessoa  e quando, por acaso, descobri qual era o carro dela e perdi imediatamente o interesse, porque achei que não fazia parte da minha realidade. Quando contei isso alguém me acusou de preconceituoso, mas sei que honestamente se deve admitir que em certos casos é importante sim, e o Cronobiograma é engraçado por todas as verdades que se encontram embaixo dele.

Já escrevi alguma coisa sobre o equilíbrio entre ser e ter, e desde lá vinha ensaiando continuar o assunto e não terminava. Sei quando um assunto está mal resolvido quando tenho alguma dificuldade em lidar com ele. Minha vida é organizada. Não sofro por não fazer o que eu não posso e não devo nada, mas ao mesmo tempo as mulheres que me interessam já estão numa idade que até precisam de mais solidez financeira.

Eu só tenho estabilidade emocional e demorei muito para consegui-la.

SE FOR CHORAR, TE AMO

Na letra de Espanhola, de Flávio Venturini, tem isso.
Hoje numa conversa, surgiu essa curiosidade que eu tenho.
Porque sempre quis saber se tinha alguma coisa a ver com aquelas vezes tão maravilhosas, que passam de qualquer limite, que ela perde o controle e chora.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A TAÇA DE VINHO NO AVIÃO

Esta semana tive uma ótima conversa com uma pessoa que sempre considerou o ambiente de trabalho e as pessoas com quem trabalhava um fator determinante para que escolhesse ficar ou não num emprego.

Preferiu trabalhar com prazer.

E me contava de um executivo que encontrou no avião, cujo valor do aluguel do apartamento em que ficará nos próximos quatro anos aqui no Brasil, antes de se aposentar, é de mais que vinte mil reais mensais, mas que disse que o momento mais feliz que tem é quando está tomando uma taça de vinho num avião.

Para ser feliz vai ter que viajar um bocado.

VELHA TOLA !!!

Adriana me contou essa.
A pequenininha estava perto quando a mãe encontrou com uma amiga da avó que, na conversa foi informada da morte dela. E ela, de uma inconveniência total, perguntou para a pequena se a avó tinha ido para o céu.
Ela respondeu:
- Não, quem foi para o céu foi a tia Clarice, que foi de avião para a Alemanha.
A vovó morreu.

COBRAR AOS OUTROS

Tenho uma certa dificuldade para cobrar os outros e venho tentando corrigir isso.

Talvez seja porque imagino que cada um sabe de suas obrigações e deveria tratá-las como trato as minhas. Muitas vezes tratei alguns assuntos com paciência excessiva, mas cheguei à conclusão de que estou errado ao fazer isso, porque se eu mesmo não mostro que quero resolver logo o que me interessa, porque outros tratariam como prioridade?

Entre outras coisas, isso também acontece em relação a dinheiro.

A partir do momento que resolvi mudar de atitude algumas coisas começaram a acontecer.

O fechamento de uma delas hoje foi emblemático.

Tenho um cliente com quem normalmente tenho vários valores a receber e como quando me pagam não dizem exatamente o que estão pagando, muitas vezes faço uma adivinhação do que recebi pela soma de valores que tenho em aberto. Isso fez com que percebesse que tinha uma nota em aberto passados alguns meses da remessa dela, depois de reconciliar um relatório de pagamentos efetuados solicitado a eles. E o valor, para mim, não era irrelevante.


De lá para cá vinha tratando disso sem muita pressa, sem pensar que a pessoa que estava cuidando disso tinha muitas outras coisas para fazer e se não fosse prioridade para mim, não seria para ela também. Como a nota foi extraviada internamente foi um processo demorado até porque em relação a essa nota deveriam haver duas autorizações de pagamento do exterior. E a primeira delas estava levando muito tempo. De uns meses para cá, ainda que delicadamente, tenho cobrado isso com mais frequência, até que hoje, recebi. Já fazia um ano.


Passou a ter o significado de que quando cuido das minhas pendências, elas são resolvidas, e isso tem acontecido com umas que não me preocupavam,  porque não eram prioridades, mas estavam aí, se eternizando. Até mesmo algumas delas, como a venda da van blindada, que não tinha data marcada, porque precisava que aparecesse o comprador certo para ela, que é raro, aconteceram recentemente, como se fossem um sinal.

Quando a gente quer, vê sinais em tudo.

Outras aconteceram porque eu fiz alguma coisa para que acontecessem.

Alguém já disse que você só deve deixar para amanhã as coisas que quer morrer sem ter feito.

Lembro de uma vez que um amigo se referiu a si mesmo falando que não tinha muito controle sobre si mesmo. Na hora pensei que eu tinha mais, mas já cheguei à conclusão que muitas vezes estamos errados em relação ao que acreditamos em relação a nós mesmos. Por exemplo, eu acho que sou organizado, mas devo admitir que sou meio organizado.


Menos do que eu imaginava que sou.

PORQUE VOU TE AMAR MAIS

E se por acaso te arranquei às ondas do mar, amar-te-ei melhor, por ser responsável pela tua vida. Ou se velei à tua cabeceira e te curei quando sofrias, ou se és meu velho servidor, que me assististe com uma candeia, ou o guarda dos meus rebanhos. E irei  beber à tua casa o teu leite de cabra. E receberei de ti e tu darás. E tu receberás e eu darei. Mas não tenho nada a dizer àquele que de mau humor, se proclama igual a mim e não quer, nem depender de mim seja no que for, nem que eu dependa dele.


Trecho de Cidadela de Saint Exupéry

quarta-feira, 20 de junho de 2012

ELA ME LEMBROU DE TUDO!

Uma relação que dura vinte e cinco anos deve ser considerada uma relação vitoriosa.
Quando termina, com o passar do tempo a gente vai lembrando de coisas boas e eu já fui até capaz de dizer que tinha um certo pesar por ter insistido porque o fim de tudo começou com uma briga relativamente pequena.

Tem a estória do relativamente. Tinham os outros significados mais importantes.
Nós não chegamos ao fim por causa daquela briga, mas pela consciência de outras atitudes que não me serviam mais. Coisas que não iam mais acontecer da forma como aconteciam e que eu não iria mais relevar.

As poucas oportunidades que tivemos de pensar em retomar nossa história foram arruinadas porque as atitudes não mudaram e eu ainda me sinto zangado por isso e não quero conversa de espécie nenhuma com ela, nem quero ela perto de mim em nenhuma ocasião, mas cheguei num ponto de ruptura, onde vou, pela última vez, elaborar sobre tudo que precisar e seguir adiante. Isso vai levar a coisas que, na minha cabeça, comecei mas ainda não terminei.
Estou pronto para isso.

Mas ainda assim, a gente esquece, aliás, ouvi e concordei uma vez, que as mulheres perdoam, mas não esquecem e que os homens, esquecem, mas não perdoam.
Pois é. Acho que eu estava meio esquecido.

Ontem ao lidar com um assunto através de um email ela conseguiu me fazer lembrar.

Tenho que agradecer!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

ASHLEY JUDD - THE SEXIEST SCENE


Certas cenas de filmes são memoráveis.
Uma mulher não precisa estar nua para ser sexy.
Para mim, num filme de 1996, A Time to Kill, Ashley Judd, prova isso protagonizando essa.
Uma das cenas mais sexy que já vi.

domingo, 17 de junho de 2012

O QUE OS OUTROS ACHAM

Na academia tem muita gente que eu conheço, inclusive algumas pessoas famosas. Um amigo me disse uma vez que percepção é realidade.

Não é.


Uma vez uma pessoa que também frequentava a academia me perguntou num tom de apenas estar confirmando, se eu trabalhava com televisão.

Não, mas é a impressão que ele tinha.

Outra vez fui assistir uma peça onde uma das três protagonistas, muito conhecida, era uma amiga da academia, que fica muito na dela, e eu esperei para cumprimentá-la. Quando ela me viu, festejou muito, e disse que precisávamos pelo menos tomar um vinho. Jantamos juntos, mas o mais engraçado foi sair do teatro com ela de braço dado comigo, com o público, que acabara de sair da peça, ainda na calçada.

LUCIANA MELLO E JAIR OLIVEIRA






sábado, 16 de junho de 2012

CONVERSAR ACALMA



Um tio vai operar e hoje dei uma ligadinha apenas para falar com minha tia para dizer que estava acompanhando os acontecimentos e ser solidário. Mas ele veio ao telefone e estávamos conversando quando ele perguntou se eu tinha pressa, e eu disse que com o plano de telefone que eu tinha feito eu podia falar à vontade.

Falamos por quase uma hora sobre vários assuntos, inclusive sobre umas possibilidades de negócio que ele anda estudando. O melhor de tudo veio no final da ligação quando ele disse que iria perguntar ao médico se poderia fazer a operação falando ao telefone porque isso o deixava tranquilo.

Isso aí já fez valer todo o trabalho e tempo que me tomou para deixar esse plano de interurbanos funcionando na linha que eu queria.

MESMO QUE O CACHORRO SEJA GRANDE

Quarta à noite eu estava em casa quando a Lídia ligou me convidando para encontrar um grupo pequeno de amigos na casa dela. Eu estava em casa num momento muito tranquilo.
Mas fui.

Tem sido importante esse tipo de coisa. Gosto de gente e na verdade foi depois que fechou a floricultura que tinha seus dias de música que encontrei muita gente que frequentava e que eu só conhecia de vista. Hoje considero amigos e ter novos amigos foi um divisor de águas na minha vida. Talvez eu nem quisesse me perceber tão só antes disso. É um pouco da sensação de pertencer que eu não estava tendo.


Esta semana liguei para meus "outros pais" e meu pai, que está adoentado, falando comigo ficou e me deixou emocionado dizendo mais uma vez o quanto gostava de mim e perguntando quando eu iria lá. Prometi que dentro de um mês no máximo. É a mesma sensação de pertencer, de estar com pessoas de quem se gosta.


Quando saí da casa da Lídia vi que meu carro estava sem a maçaneta da porta e pensei que alguém houvesse batido nele mas vi que haviam quebrado a fechadura, provavelmente para furtar o que houvesse, porém nada foi mexido. Recolhi a maçaneta do chão e depois voltei para ver se achava a fechadura. Depois encontrei com uma outra pessoa que também estava lá e teve um vidro do carro quebrado, na mesma noite, alguns quarteirões adiante, na mesma rua. Pensei que não ia mais ficar tranquilo quando fosse à casa dela.


Vi  notícias recentes a respeito de assaltos em restaurantes em São Paulo e acho que depois delas muitas pessoas pensaram duas vezes antes de sair para um deles e ter uma noite agradável, mas que se deixamos de fazer as coisas das quais gostamos a vida fica pequena. O grupo que estava na casa dela é um grupo de poucas pessoas e eles são amigos há muito tempo. Era a segunda vez que eu estava indo. Fico feliz de ser incluído. Não vou permitir que isso me impeça de aceitar um novo convite. Vou procurar uma forma de evitar que o que foi ruim se repita.


Chegamos num ponto onde coisas como essas acontecem e vemos o lado positivo pensando que podia ser pior.


Era urgente e chato consertar o carro e assuntos muito chatos precisam ser resolvidos logo. Fui a uma oficina conhecida que me indicou uma pessoa para me ajudar dizendo que ele era "o cara". 

Eu já havia ligado para a concessionária que não tinha as peças e precisava encomendar e o conjunto que continha a fechadura era bem caro.

No dia seguinte fui encontrá-lo e quando ele viu que não era simples, principalmente pelo problema das peças perguntou se eu tinha tempo porque ia demorar até arranjar uma solução, que envolvia ir noutra loja dele atrás de partes que pudessem ser adaptadas. 


Foi a tarde inteira mas saí de lá com o carro pronto. E tenho que concordar, para o que eu precisava, realmente ele é "o cara".

quinta-feira, 14 de junho de 2012

AMOR OBSESSIVO - PASSADO, PRESENTE E FUTURO.

Ontem conversava com uma amiga e contava de outra que, já bem madura, encontrou uma pessoa que nunca tinha tido uma chance com ela quando ela era jovem e por fim casaram até que a morte dela os separou.
Ela então me contou pela primeira vez a respeito do amor que ela imagina como sendo o amor da sua vida.  Ouvi a estória toda e não me convenci disso. Acho que pode não ser, e que, quando tiverem a chance de ficarem juntos, existir a possibilidade de que ela descubra isso. É engraçado como nesses casos algumas pessoas, querendo arranjar desculpas para o que o outro fez ou deixou de fazer, assumem culpas que não são suas.

Mas ao mesmo tempo, como pode ser, sugeri que ela se jogasse para ver no que é que dava. Ela me disse que queria fazer mais duas semanas de academia, antes disso. Depois deu o momento profissional que vive como uma razão para que isso espere mais um pouco. Ou seja, ela até parece ter medo de que não dê certo e que, ao concluir isso, ela perca essa esperança em algo que a mantém sem que esse aspecto importante da vida se torne um incômodo. O amor da vida já foi escolhido e se tornará real em algum momento futuro.

Uma outra pessoa, cujo ex-marido, virou uma obsessão para ela, querendo convencer a mim e a si mesma, da validade disso, me disse que um amor tão grande não acaba assim de repente.
Eu disse que não.
Nós vamos matando aos poucos.
Essa está vivendo no passado.

Um outro amigo tem uma fixação por uma pessoa que quando morde é bem forte, depois assopra e alimenta essa fixação. Por tudo que ouvi a respeito, e não apenas dele, ela não é uma pessoa boa. Passa da conta. Deve ser doença. Mas, nesse caso, quem é mais doente? Depois de todas as coisas pelas quais ele passou com ela, qualquer um que tivesse vergonha na cara já teria tomado a atitude de cair fora, por mais que isso custasse.

Mas em Molambo, entre outras coisas, a letra diz: "eu sei que vocês vão dizer que é tudo mentira, que não pode ser, depois de tudo que ela me fez eu jamais poderia aceitá-la outra vez..."

Sou um bom ouvinte, mas não quero ouvir as mesmas coisas, das mesmas pessoas, o tempo todo. Quando escuto alguém espero que, pelo menos, aquilo sirva para que a pessoa organize as coisas dentro dela mesma e que venha a tentar ou a falar algo diferente. Quando eu conto as minhas estórias sei que vão ser os questionamentos que vão me fazer ver um outro ângulo. Mas tem gente que quando a platéia cansa do que está ouvindo eles procuram outras pessoas que queiram ver o mesmo espetáculo.

BRINCADEIRA SEM GRAÇA

Na Copa de 2010 em dois jogos fiquei muito sem graça.
Um deles, no final de junho, Brasil e Portugal, fui assistir com dois clientes, um americano e um português, num restaurante na Vila Olímpia. O português levou uma bandeira de Portugal que colocou na mesa.
Estávamos certos de que seria engraçado.

Não foi.
Deu empate 0 x 0.

Dia 2 de julho, quando o Brasil ia jogar com a Holanda, eu estava certo que o Brasil ia ganhar e comprei uma camiseta laranja da Holanda com a bandeira e os leões com a bola, porque achei que ia ser engraçado usar depois do jogo.

O Brasil perdeu 2x 1.
Não usei.

Perdeu a graça.

terça-feira, 12 de junho de 2012

NÃO GOSTO DE BRIGAS

Faz um tempo convidei uma moça à minha casa porque eu achei que ela não estava bem naquele dia. Ela veio e conversamos por muito tempo e eu realmente não tinha nenhuma outra intenção por trás daquele convite. Acredito na amizade entre um homem e uma mulher. Na verdade gosto mais delas, por tudo, forma, cheiro, voz, conversa e até mesmo pela tensão subliminar que existe ali, mesmo que a gente não confesse.

A partir daquele dia ela começou a escrever coisas que eu estava longe de alcançar ou sentir. Algum momento eu disse a ela que ela estava me assustando. E estava mesmo. Hoje eu até acho que ela coloca nos textos mais do que faz. Vive mais as coisas dentro da cabeça dela do que fora, mas aquilo estava ficando tão grande sem que tivéssemos trocado um beijo que na hora que ela escreveu que sentia falta até das brigas que não tinham havido o alarme tocou.


Não sinto falta de nenhuma briga, e menos ainda das que não aconteceram.

AMORES POSSÍVEIS

Idealizamos amores.
Baseados no que imaginamos ou naquilo que já tivemos.
Se foi muito bom queremos repetir igualzinho ao que hoje imaginamos que foi, o que às vezes nos mantém presos a uma idealização de como deve ser, que nos impede de nos jogar em algo novo, aumentando na nossa cabeça as previsões de que não daria certo.

Queremos amores lindos, cheios de paixão, mais perfeitos do que um amor real.
Colocar muitas exigências é uma forma de passar longe de todas as armadilhas. Mas não é tão mal cair numa armadilha onde quem a colocou te faz e te trata bem.

Outras vezes queremos passar longe de confusão.
Eu estou nessa.
Quero passar longe de confusão.
Uma amiga me mandou essa frase:
"Quem mede muito as consequências corre o risco de diminuir o tamanho da própria felicidade."


Meço as consequências de ambos os lados.
E com isso não vivo amores possíveis, porque perdi o lado irresponsável e inconsequente de quando era jovem e menos preocupado com o que eu cativava, assim como menos preocupado comigo mesmo.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

COM O CORAÇÃO DOENDO DE FELICIDADE

Lembro de uma vez que liguei para Ana Maria e disse que eu estava "com o coração doendo de tanta felicidade", que é parte da letra de Minas Gerais. Não havia nenhum motivo em especial, mas era assim como eu me sentia e queria dividir aquilo com ela.
Isso me leva a pensar em reler as cartas que recebi quando ela estava "exilada" em Sacra Família, perto de Morro Azul, onde havia ido criança para casa de uns amigos holandeses de meus pais e voltei a convite do Ricardo Feijó que foi colega de faculdade na Urca.

Nós fomos muito amigos. E tivemos conversas intermináveis, que já fazem alguns anos que não são mais possíveis. E a casa dela foi um movimentado ponto de encontro para uma turma da qual só encontro e raramente a Ana Cristina, filha dela. Sinto saudades da Ana Maria.

Hoje estou em casa, a luz de velas, ouvindo esse disco. Tenho ouvido algumas vezes ultimamente. Na minha opinião é um dos melhores discos do Milton Nascimento, com muitas músicas que já me disseram e ainda me dizem muito.

Me sinto finalmente ensaiando sair do desvio onde me encontrava e voltar aos trilhos.
Quando olho para minha vida é claro que quero viver e sentir da forma que senti,  mas quem viveu e sentiu como eu vivi e senti em várias épocas da minha vida, não pode reclamar de nada.

domingo, 10 de junho de 2012

HORA DE SAIR DO CASTIGO


Tenho andado um pouco isolado dos amigos e da família.
Acho que gostaria de dar boas notícias e mais uma vez, na falta de boas notícias, eu não dava era nenhuma.
Acho que gostaria de poder dizer que algo havia acontecido que resolvia minha tristeza e que eu sabia para onde eu estava indo.
Não sei.
Mas pelo menos, estou descobrindo e estou indo.

UMA ESTORINHA NADA BONITINHA

Uma vez indo viajar para Orlando falei com uma prima que mora lá e ela me pediu para comprar calcinhas para ela, porque dizia que quem sabe comprar calcinha interessante é homem.
Fiz, com prazer, o que ela me pediu.

Mas lembro de outra ocasião quando, também com muito prazer, estive escolhendo calcinhas para uma moça que eu namorava, e que terminava o namoro a cada final de semana, sem saber que eu estava escolhendo para ela usar com outra pessoa.

LIMPANDO A VIDA

Parece que existem momentos na vida que são ótimos para resolver coisas que ficaram penduradas pelo caminho e ter as conversas que não houveram, mas que eram necessárias, para seguir adiante.
Esta semana liguei para um parceiro de negócios para dizer as razões pelas quais determinados negócios não eram interessantes, nem compensadores para mim. Eu queria fazer isso. Achei que essa conversa era necessária.
Mas agora há pouco aconteceu algo inesperado.

Me ligou um outro parceiro de negócios que tinha tido há anos atrás uma atitude desonesta e aética comigo e quando eu dei conta disso falou que precisava sentar e conversar comigo, mas nunca teve e ombridade para fazê-lo.  Há muito tempo eu não falava com ele e a última vez que o encontrei, respondi ao cumprimento, mas me afastei logo em seguida, embora estivéssemos no mesmo ambiente. Também não devem ter passado quinze dias desde que apaguei todos seus telefones da memória dos celulares,  porque não quero ter mais nenhum negócio com ele.

O motivo da ligação foi outro mas como ele resolveu tocar naquele assunto inacabado falei tudo que precisava ter dito. Ele ouviu tudo com humildade e se desculpou, coisa que, na época teria sido bem mais apropriada. Besteira qualquer um pode fazer, mas, depois de fazê-la, a diferença é feita pela atitude que se tem.

Nem sei se ele tinha essa intenção. Me ligou porque viu uma oportunidade de lucro na qual dependia de mim. Nunca voltou ao assunto antes. Mas já que aconteceu, vi como mais uma oportunidade que tive para dar um assunto pendente como completamente encerrado.

CANSADO DAS MALUQUICES DOS OUTROS


Liguei também para saber quem ia tocar no Roda Viva e fui para lá perto das dez e meia da noite e foi ótimo. Era tudo o que eu queria. Cantar junto.

No sábado estava morto, mais cansado do que achava que deveria.
E ainda tentei fazer uma coisinha ou outra, mas não estava rendendo, nem eu estava com a cabeça para aquilo. Hoje que eu acordei mais disposto, quando estava quase saindo, uma pessoa me ligou para dizer das mesmas coisas de sempre e se repetir até eu me cansar e chamar de louca.

Estou cansado da loucura alheia, acho que a minha já basta.

quinta-feira, 7 de junho de 2012