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quarta-feira, 1 de julho de 2015

A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PEDRA DO REINO






O messianismo é a crença num enviado divino. Os crentes professam sua crença e ganham adeptos. Alguns porque ouviram uma estória e de pois disso recontam à sua maneira e criam a sua própria estória.

Tivemos alguns movimentos messiânicos no Brasil. Um deles foi muito bem lembrado e aproveitado por um verdadeiro gênio, o escritor Ariano Suassuna que fez com que São José do Belmonte em Pernambuco entrasse para o roteiro turístico brasileiro.


D. Sebastião era o rei de Portugal e quis se aproveitar das divisões internas que existiam na região do norte da África, próxima ao Marrocos para se apossar de Alcácer-Quibir, mas foi derrotado e morto pelos marroquinos em 1578. Como seu corpo não foi identificado deu margem para que fosse criado o sebastianismo, que era baseado na crença de que o morto ainda estava vivo e apareceria em algum outro lugar no momento adequado para assumir o trono, já que depois da morte de seu tio que o sucedeu no trono, este foi assumido pelo monarca espanhol que estaria na linha de sucessão por parentesco com os portugueses, mas que era considerado um estrangeiro. 


Era a crença na vinda de um monarca salvador em Portugal que influenciou alguns movimentos messiânicos também no Brasil.

O mais sangrento deles foi o movimento messiânico da Pedra Bonita, depois conhecida como Pedra do Reino, inspirado no sebastianismo e ocorreu de 1836, quando em Flores, Pernambuco, João Antonio dos Santos diz que D. Sebastião está prestes a desencantar prometendo riquezas para os adeptos. Esse primeiro movimento foi dispersado.

Dois anos depois, o cunhado dele, João Ferreira retoma o movimento e convence os adeptos de que os dois grandes blocos de pedra, que aparecem na primeira fotografia, são a entrada do castelo de D. Sebastião que ali desencantará. A matança ocorre de 14 a 16 de maio de 1838. No dia 17, o próprio Rei é sacrificado, sendo substituído pelo cunhado Pedro Antônio que ordena a mudança do acampamento para um lugar mais distante, pois o ar estava irrespirável devido à decomposição dos cadáveres. Durante o trajeto são surpreendidos por um contingente que abre fogo contra eles. Gritando “Viva el-rei D.Sebastião” e entoando orações e ladainhas, parte do grupo perece, inclusive o novo Rei. Alguns sobreviventes fogem, outros são presos: as mulheres logo são liberadas, os homens permanecem encarcerados e as crianças são distribuídas à adoção.

Fonte: Wikipédia e essa parte não sei dizer se é do romance de Suassuna que se mistura com a realidade.


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