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sexta-feira, 13 de maio de 2011

MOSTRANDO O QUE VOCÊ TEM DE BONITO



Na páscoa passei dois dias na casa de amigos recentes.

Uma forma de agradecer o convite foi fotografar muito, escolher as melhores fotos, fazer cópias no papel, com algumas ampliações bem grandes e um DVD, com todas as fotos que resistiram às minhas primeiras seleções.

Na quarta-feira, num aniversário, encontrei algumas dessas pessoas e uma delas que não gostava muito de ser fotografada, disse para alguém ao lado que eu fazia fotos “matadoras”, feliz com o resultado de suas próprias fotos.

Essa, que não gostava de fotografar, já não vai ficar resistente.

Existem pessoas que produzem melhor resultado quando fotografadas que outras. São fotogênicas. Outras são difíceis. São bonitas, as vezes até muito bonitas, mas quando fotografadas, demora mais para se conseguir uma foto boa. São pessoas de quem a máquina não é amiga. Todos nós temos ângulos que não são favoráveis assim como temos ângulos e detalhes que nos favorecem muito.

Quando uma pessoa não gosta de ser fotografada porque acha que não sai bem nas fotos há que se considerar a possibilidade de “não conseguir ver a própria nuca”, ou seja, não conseguir ver como é e, neste caso, não tem alcance essa maravilhosa metáfora. É literal. Não se conhecem fisicamente e se surpreendem com quem são quando se vêem ou com as marcas do passar dos anos.

Na quarta fotografei muito com a intenção de tirar o que as pessoas tinham de melhor porque tenho ficado feliz com algumas das fotos que tenho feito, e ontem postei várias delas no facebook de alguns deles e meu face está pipocando, mas pipocando muito mesmo, de reações boas às fotografias, através de notificações, curtir e mensagens.

Fico contente.
Fotografar tem sido um ato de amor, mesmo com pessoas que eu não conheço. Talvez esteja sendo um ato de amor comigo mesmo. Conseguir um ângulo bonito, uma fotografia bonita tem sido algo que me tem dado um prazer imenso. Quando eu era garoto escrevi isto:

Vejo nas telas do dia a dia
desconhecidas que reconheço, no traço no jeito e
na vontade que tenho de conhecer.
Sem saber se olho ou disfarço,
fotografo-as para mim,
sem que ela me diga que não ou que sim.

Quando eu escrevi isto, não era literal. Era apenas dentro da minha cabeça.
Eu via alguma beleza em alguém e eu gostava de olhar o mais discretamente que eu achava que fosse possível e prestava atenção. Hoje, as vezes, me pego prestando atenção em algum detalhe, no qual a pessoa tem algo especial.
Podem até ser as omoplatas delicadas da Yole. Quem mais é que olha omoplatas, Meu Deus?

Fotografar é capturar um momento onde você vê algo ou alguém de alguma maneira. Eu fico feliz quando consigo o resultado que imaginara. Muitas vezes não consigo e descarto numa primeira seleção e continuo descartando nas próximas olhadas que dou e jogo fora também aquilo que que a pessoa, se teve oportunidade de olhar, não gostou também. Depois na tela grande vou descartar mais ainda, coisas que pareciam boas a princípio, mas que a ampliação traz detalhes que não favorecem.

Só quero as melhores, em todos os aspectos.
Acho que as outras pessoas também.

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