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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ESCOLHENDO A COR DE UM PRÉDIO

Toda vez que eu estou na Marginal Pinheiros esse prédio pintado de verde, que deve estar em Osasco, me chama a atenção de uma maneira negativa. Acho horrível e se sobressai na paisagem, na minha opinião, pelo mau gosto na cor.

Mas se a intenção era se destacar, consegue. 

Guardei em algum lugar e não consigo achar uma matéria sobre a escolha de cores por diferentes classes sociais. 

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

AS AVENTURAS DE PI


As aventuras de Pi, em 3D.
Valeu cada minuto.
Recomendo muito.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NÃO DEIXEI NADA PARA TRÁS

Todo final de ano era a mesma coisa.

Queria deixar as coisas organizadas, mas sempre sobrava um rabinho por que algum momento eu perdia a paciência e deixava alguma coisa, que talvez nem tivesse tanta importância, mas que quebrava essa proposta de fazer tudo que estivesse ao meu alcance.

Algum momento eu cansava.

Essa vez foi a melhor de todas.

Como deixei para a última hora para pensar em Natal e Ano Novo e as passagens aéreas tiveram preços indo para perto do céu, a alternativa foi vir para o Rio para onde eu não tive pressa de vir.

Cuidei do que podia cuidar e quando saí sem 
pressa, deixei minha vida e o apartamento organizados, como eu gostaria de fazer um dia.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A MULHER NÃO RESISTE A UM ESPELHO


Um dia que eu estava no Roda Viva algo engraçado me chamou a atenção.
Eu estava sentado numa mesa em frente ao espelho que tem na escada, com o nome do bar pintado, mas o importante é que é um espelho.
E o engraçado era observar a reação das mulheres ao espelho.
Todas, sem exceção, por mais determinadas que viessem para ir ao banheiro o espelho as fazia parar em frente à minha mesa e dar uma rápida conferida na imagem delas mesmas.                              

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SEMPRE NA ÚLTIMA HORA

Não há como deixar as coisas para a última hora e sair correndo para resolver achando que vai dar certo. Andei olhando preços de passagens de avião para os próximos dias, inclusive Natal e véspera e os preços estão mais altos do que os aviões voam. Nunca vi preços iguais.

Vou deixar uma mensagem no celular, dizendo que eu estarei com ele desligado durante um determinado período.

Nunca me dei esse direito.
Esse ano vou me dar.
Está na hora de rever a vida.

Também tem essa estória de Natal e Ano Novo quando me sinto meio perdido depois da separação. Como estou sentindo falta de família havia resolvido pensar em ir para junto de alguns primos e tios que moram na Bahia, coisa que eu nunca faço.

Pensei tarde.
Devia ter pensado nisso antes, mas estou pensando em tantas outras coisas...´
Vou acabar indo para o Rio...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA

Vi sábado, penúltimo dia, com projeções de imagens e gravações de áudio de Nelson Rodrigues, cujas frases de efeito no folder continuam sendo engraçadas. Assim como o ladrão boliviano sempre pode virar uma brincadeira para quem conhece a peça.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PATRÍCIA RIBEIRO - VIOLONCELISTA





QUERENDO ESTAR EM LUGARES DIFERENTES

Tinha guardado um recorte de jornal para me lembrar que essa era a última semana da Denise Fraga no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura e ontem até liguei para lá e iam ter lugares extras mas eu estava cansado e desisti de ir. A Denise sempre tem recepcionado as pessoas na entrada da platéia, mas o pessoal do teatro me disse que como a direção era do Fauzi Arap ela não ia fazer isso. Da última vez ela posou como se estivesse surpresa para mim e fiz uma foto ótima.

Hoje tinha a última sessão e fui para lá com a intenção de assistir quando ouvi na rádio a respeito de um show com música de Lennon no Sesc Vila Mariana. Resolvi ir para lá porque poderia acontecer um milagre e ter ingressos devolvidos para ver Milton Nascimento em Pinheiros.

Mas o milagre não aconteceu e fiquei desde cedo para ver músicas dos Beatles já que me garantiram que tinha sido muito bom.

Quando fui ao restaurante uma moça com a cabeça raspada me chamou a atenção porque eu achei extremamente interessante, forte e eu estava com muita vontade de falar aquilo para ela. Acabei falando, imaginando que ela deveria estar no palco, mas não sabia quem era e quando vi ela era violoncelista e eu já a havia visto uma vez numa orquestra clássica.


Fiquei com aquela coisa que algumas amigas falam da musa do dia e fotografei muito ela. Quando cheguei em casa dei uma olhadinha no Google e vi que ela é bem conhecida e eu estava achando que precisava dizer para ela que ela estava fantástica...

Teve a delicadeza de agradecer quatro fotos que eu mandei pelo Facebook e quando eu fiz um album só dela percebi que das fotos que eu não eliminei ficaram cinquenta.
Isso é quase compulsivo!

Tem dia que eu estou querendo fazer alguma coisa e não tem algo que me interesse. Ontem se houvessem ingressos para o Milton Nascimento, com o que vi e com a Denise Fraga eu gostaria de estar em três lugares ao mesmo tempo...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AMOR LÍQUIDO - Zygmunt Bauman

Sinta isso apenas como um teaser. São partes que disseram a mim alguma coisa. Se você ler o livro, pode ser que os pedaços interessantes para você sejam outros.



A era da modernidade líquida em que vivemos — um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível — é fatal para nossa capacidade de amar, seja esse amor direcionado ao próximo, nosso parceiro ou a nós mesmos.

A modernidade líquida em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos — um amor líquido. A insegurança inspirada por essa condição estimula desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos.

Nenhuma das conexões que venham a preencher a lacuna deixada pelos vínculos ausentes ou obsoletos tem, contudo, a garantia da permanência. De qualquer modo, eles só precisam ser frouxamente atados, para que possam ser outra vez desfeitos, sem grandes delongas, quando os cenários mudarem — o que, na modernidade liquida, decerto ocorrerá repetidas vezes.

A misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegurança que ela inspira e os desejos conflitantes de apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos, é o que este livro busca esclarecer, registrar e apreender.

O principal herói deste livro é o relacionamento humano. Seus personagens centrais são homens e mulheres, nossos contemporâneos, desesperados por terem sido abandonados aos seus próprios sentidos e sentimentos facilmente descartáveis, ansiando pela segurança do convívio e pela mão amiga com que possam contar num momento de aflição, desesperados por “relacionar-se” e, no entanto desconfiados da condição de “estar ligado” em particular de estar ligado “permanentemente” para não dizer eternamente, pois temem que tal condição possa trazer encargos e tensões que eles não se consideram aptos nem dispostos a suportar, e que podem limitar severamente a liberdade de que necessitam para relacionar-se...
Em nosso mundo de furiosa “individualização”, os relacionamentos são bênçãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro.

A incapacidade de escolher entre atração e repulsão, entre esperanças e temores, redundava na incapacidade de agir.

..conseguir o máximo conforto possível por saberem que não estão sozinhos em seus solitários esforços para enfrentar a incerteza. E assim aprendem que é possível buscar “relacionamentos de bolso” do tipo de que se “pode dispor quando necessário” e depois tornar a guardar.

No todo, o que aprendem é que o compromisso, e em particular o compromisso a longo prazo, é a maior armadilha a ser evitada no esforço por “relacionar-se”.

Em comparação com a “coisa autêntica”, pesada, lenta e confusa, eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear.

Quando se é traído pela qualidade, tende-se a buscar a desforra na quantidade.

Chegado o momento, o amor e a morte atacarão — mas não se tem a mínima idéia de quando isso acontecerá.

Em vez de haver mais pessoas atingindo mais vezes os elevados padrões do amor, esses padrões foram baixados.

A súbita abundância e a evidente disponibilidade das “experiências amorosas” podem alimentar (e de fato alimentam) a convicção de que amar (apaixonar-se, instigar o amor) é uma habilidade que se pode adquirir, e que o domínio dessa habilidade aumenta com a prática e a assiduidade do exercício.

Sem humildade e coragem não há amor. 

As promessas do amor são, via de regra, menos ambíguas do que suas dádivas. Assim, a tentação de apaixonar-se é grande e poderosa, mas também o é a atração de escapar.

Render-se aos impulsos, ao contrário de seguir um desejo, é algo que se sabe ser transitório, mantendo-se a esperança de que não deixará consequências duradouras capazes de impedir novos momentos  de êxtase prazeroso.

  
É, antes de mais nada, eminentemente descartável. Consideradas defeituosas ou não "plenamente satisfatórias", as mercadorias podem ser trocadas por outras, as quais se espera que agradem mais.


A solidão produz insegurança — mas o relacionamento não parece fazer outra coisa. Numa relação, você pode sentir-se tão inseguro quanto sem ela, ou até pior. Só mudam os nomes que você dá à ansiedade.

Outra perversão consiste em "nosso desejo de mudar os outros. 
O problema é que essas perversões são, muito freqüentemente, filhas do amor.  

Mas também pode ser, e com freqüência é, o produto do respeito amoroso pelo outro: eu amo você, e assim permito que você seja como é e insiste em ser, apesar das dúvidas que eu possa ter quanto à sensatez de sua escolha. Não importa o mal que sua obstinação possa me causar: não ousarei contradizer você, muito menos pressionar para que você escolha entre a sua liberdade e o meu amor.

Meu amor é o refúgio tranqüilo que você procurava e de que precisava mesmo que não procurasse. Agora você pode sossegar e suspender a busca...

Onde há dois não há certeza. 

"As relações de bolso" são assim chamadas porque você as guarda no bolso de modo a poder lançar mão delas quando for preciso.

As pessoas procuram parceiros e buscam "envolver-se em relacionamentos" a fim de escapar à aflição da fragilidade, só para descobrir que ela se torna ainda mais aflitiva e dolorosa do que antes.

O que caracteriza o consumismo não é acumular bens (quem o faz deve também estar preparado para suportar malas pesadas e casas atulhadas), mas usá-los e descartá-los em seguida a fim de abrir espaço para outros bens e usos.

Quando a qualidade o decepciona, você procura a salvação na quantidade. Quando a duração não está disponível, é a rapidez da mudança que pode redimi-lo.

Os contatos exigem menos tempo e esforço para serem estabelecidos, e também para serem rompidos. A distância não é obstáculo para se entrar em contato — mas entrar em contato não é obstáculo para se permanecer à parte. 

A solidão por trás da porta fechada de um quarto com um telefone celular à mão pode parecer uma condição menos arriscada e mais segura do que compartilhar o terreno doméstico comum.

Com efeito, é suficiente perguntar "por que devo fazer isso? Que benefício me trará?" para sentir o absurdo da exigência de amar o próximo — qualquer próximo — simplesmente por ser um próximo. Se eu amo alguém, ela ou ele deve ter merecido de alguma forma... "Eles o merecem se são tão parecidos comigo de tantas maneiras importantes que neles posso amar a mim mesmo; e se são tão mais perfeitos do que eu que posso amar neles o ideal de mim mesmo...

Mas, se ele é um estranho para mim e se não pode me atrair por qualquer valor próprio ou significação que possa ter adquirido para a minha vida emocional, será difícil amá-lo." Essa exigência parece ainda mais incômoda e vazia pelo fato de que, com muita freqüência, não me é possível encontrar evidências suficientes de que o estranho a quem devo amar me ama ou demonstra por mim "a mínima consideração. Se lhe convier, não hesitará em me injuriar, zombar de mim, caluniar-me e demonstrar seu poder superior..."

O amor-próprio pode rebelar-se contra a continuação da vida. Ele nos estimula a convidar o perigo e dar boas-vindas à ameaça. Pode nos levar a rejeitar uma vida que não se ajusta a nossos padrões e que, portanto, não vale a pena ser vivida.

Pois o que amamos em nosso amor-próprio são os eus apropriados para serem amados. O que amamos é o estado, ou a esperança, de sermos amados. De sermos objetos dignos do amor, sermos reconhecidos como tais e recebermos a prova desse reconhecimento. Em suma: para termos amor-próprio, precisamos ser amados. A recusa do amor — a negação do status de objeto digno do amor — alimenta a auto-aversão. O amor-próprio é construído a partir do amor que nos é oferecido por outros. Outros devem nos amar primeiro para que comecemos a amar a nós mesmos.

E como podemos saber que não fomos desconsiderados ou descartados como um caso sem esperança, que o amor está, pode estar, estará prestes a aparecer, que somos dignos dele, e assim temos o direito de nos entregar ao amour de soi e ter prazer com isso? 
Nós o sabemos, acreditamos que sabemos e somos tranqüilizados de que essa crença não é um equívoco quando falam conosco e somos ouvidos, quando nos ouvem com atenção, com um interesse que trai/sinaliza uma presteza em responder. Então concluímos que somos respeitados. 
Ou seja, supomos que aquilo que pensamos, fazemos ou pretendemos fazer é levado em consideração.

Se os outros me respeitam, então obviamente deve haver "em mim" — ou não deve? — algo que só eu lhes posso oferecer. E obviamente existem esses outros — não existem? — que ficariam satisfeitos e gratos por isso lhes ser oferecido. Eu sou importante e o que penso e digo também é. 

Se você sabe que seu parceiro pode preferir abandonar o barco a qualquer momento, com ou sem a sua concordância (tão logo ache que você perdeu seu potencial como fonte de deleite, conservando poucas promessas de novas alegrias, ou apenas porque a grama do vizinho parece mais verde), investir seus sentimentos no relacionamento atual é sempre um passo arriscado.

Parcerias frouxas e eminentemente revogáveis substituíram o modelo da união pessoal "até que a morte nos separe" que ainda se mantinha (mesmo que mostrando um número crescente de fissuras desconcertantes).

O mundo de hoje parece estar conspirando contra a confiança.

A confiança foi condenada a uma vida cheia de frustração. Pessoas (sozinhas, individualmente ou em conjunto) empresas, partidos, comunidades, grandes causas ou padrões de vida investidos com a autoridade de guiar nossa existência freqüentemente deixam de compensar a devoção.

A experiência individual aponta obstinadamente para o eu como o eixo mais provável da duração e da continuidade procuradas com tanta avidez.

Um exame ponderado dos dados fornecidos pelas evidências da vida revela repetidamente a perpétua inconstância das regras e a fragilidade dos laços.

Mas a convicção de que nossas opiniões são toda a verdade, nada além da verdade e sobretudo a única verdade existente, assim como nossa crença de que as verdades dos outros, se diferentes da nossa, são "meras opiniões", esse sim é um obstáculo.

ESCOLHENDO COMO USAR O FACEBOOK




Um livro me levou a pensar nas relações que escolho ter com as pessoas, assim como nas relações que resolvo não ter por cuidados e medos que eu não conseguia definir tão bem. 

Ando na direção contrária daqueles que acham que a quantidade de amigos no Facebook é algo proveitoso. Eu não quero me dividir pessoas com quem eu não interajo, mas ao mesmo tempo não me incomoda me expor para quem escolhi ou para quem me escolheu achando lendo aquilo que eu tinha escrito. 

Não uso o Facebook como aquilo "para o que foi feito" ou como "deveria ser".
Eu uso como eu quero usar.

Se não interajo com a pessoa acho que é um bom motivo para quando dou uma reduzida no numero de amigos, que ela seja uma das que vai abrir espaço para que eu possa colocar um amigo novo e manter o meu número de amigos reduzido. 

Gosto de quem traz algo que acho inteligente ou divertido. Procuro trazer dos outros para dividir aquilo que preenche esses padrões. Eu desejo as trocas proveitosas entre os que fazem parte desse pequeno grupo.

Aqui aconteceu a mesma coisa. 
Quando comecei a escrever foi porque eu comecei a frequentar muito tudo que acontecia e as pessoas próximas começaram a me perguntar sobre o que eu estava vendo e o primeiro post foi sobre o que eu tinha visto e, naturalmente como eu ia a muitas coisas coisas começaram a acontecer comigo quando eu ia ver algum espetáculo. 

Depois virou terapia e misturou tanta coisa que virou algo que os americanos usam uma palavra para definir que eu acho melhor do que diário, que é journal e tem sido uma ótima e proveitosa terapia. 

Hoje também acho que ficou diferente. Muito misturado. Não tem uma sequência lógica.

Cada dia uma conversa diferente...
Como um bate papo com amigos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

TIÊ E O CHILENO GEPE NUM SHOW



Fui assistir um show que começava com uma apresentação do chileno Gepe e duas meninas e depois uma apresentação da Tiê, que eu nunca tinha visto, super grávida.
Uma das coisas que eu gostei na parte do Gepe foi a percussão que ele fazia, com muito gosto e ritmo. Saindo, no saguão, acabei comprando o CD dele, mas ouvindo depois achei a percussão que me tinha feito comprar o CD muito mais interessante ao vivo.

domingo, 9 de dezembro de 2012

BEBER DEMAIS


Comecei o dia me incomodando com a falta de sentido nas múltiplas respostas à mesma pergunta.
A semana tinha sido de pouco trabalho e alguma reflexão até chegar um dia onde a calma veio.
Um certo incômodo com a proximidade com Natal e Ano Novo e ainda sem definir o que vou fazer, mas tirando proveito disso para pensar nesse assunto e em outros que ainda me incomodam.
Sexta saí de casa dez e meia da noite.

Resolvi ir sozinho para o Roda Viva e foi ótimo. Tinha a frequência certa também, porque também já fui lá e tinha homem demais. Dessa vez, a mulherada era a maioria.


De vez em quando não tem sido bom, mesmo com o cara certo tocando. Tem dias que parece que ele está cansado e dá muito espaço para um percussionista que de vez em quando toca com ele e que quer cantar. Mas sexta foi bom e estava quente, dia perfeito para uma cerveja.
E aí veio o erro.

Esteve bom para seis cervejas Original, que são grandes.

Eu nunca bebo assim e tenho plena consciência que saí de lá bêbado e dirigi de volta para casa.

Isso é muito estúpido.

Saindo do estacionamento apertado vi que não estava fazendo besteira, e cheguei em casa bem sem fazer nenhuma bobagem da qual eu tenha tido consciência e ainda estacionei muito direitinho na garagem do prédio deixando o carro alinhadinho como precisa ficar, como vi no dia seguinte.

Quando contei para minha filha a bobagem que tinha feito e ela me contou que um sujeito, na mesma situação, havia atropelado mãe e filha e matado uma delas na calçada do Aeroporto de Congonhas.

No dia seguinte foi apenas pelas marcas no vaso sanitário que também vi que vomitei sei lá que horas, para minha sorte, sozinho em casa.


Costumo ser comedido com bebida. Sexta eu não fui.

Não custou, mas poderia ter custado caro.

E mesmo que eu não tenha o hábito, foi mais uma chance de rever isso e ficar bêbado apenas de felicidade, quando tiver que dirigir.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

ESTOU LENDO...


Estou lendo Amor Líquido de Zigmunt Bauman.

Tem sido extremamente interessante e estou, como tenho feito ultimamente, fazendo um resumo daquilo que me interessa. Muita coisa está me interessando. Umas me tranquilizaram, por não me sentir tão único na maneira de pensar, outras que me vão fazer pensar.

BUROCRACIA NO BRASIL


Estou cuidando de um assunto desde fevereiro e lidar com órgão público é uma droga.
Você faz tudo que tem que fazer e fica aquela enrolação sem fim.
Depois quando depende de informação dada por empresa contratada é pior ainda.
Hoje falei com quatro atendentes diferentes e cada um deu uma resposta diferente em relação a data da última movimentação do processo. Agora de noitinha resolvi ligar de novo para ver que resposta ia sair e falei finalmente com uma pessoa que me informou corretamente além de dar notícia do encerramento do que, para mim, era uma pendência.

Não é mais!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

EU DESEJO CONSISTÊNCIA...


Já não acredito em sair correndo para resolver toda a minha vida.
Nunca deu certo antes, não acredito que vá dar certo agora. Vou ter que ter paciência comigo.
Seria ótimo sair correndo e resolver todas elas, mas, como boa parte da pessoas desejo mudanças mas preciso de consistência.

O fato de eu não ter uma rotina não ajuda.
Minha vida muda a um telefonema que recebo e embora isso tenha um lado bom não permite muito planejamento.

Um dia desses eu cheguei a pensar em ir conversar sobre uma oferta que me foi feita por uma indicação de um cliente, para ver aonde essa conversa poderia me levar, mas descartei, no primeiro telefonema, achando que não iríamos chegar a lugar nenhum.

Acho que depois de tanto tempo quando exatamente a falta de rotina foi uma das coisas interessantes na minha vida, mudar isso me deixa em dúvida.

CHEIRO DE AMOR - A ESTÓRIA DA CANÇÃO


Não sei porque isso me veio à cabeça agora, mas já que veio...
Uma música que Maria Bethânia cantou surgiu da propaganda de um motel em Salvador.

O motel era o Le Royale, que tinha a música como jingle.
Bethânia ouvindo a propaganda do Le Royale no rádio, gostou e pediu para gravar.
Quando isso aconteceu ela pediu ao Paulo Sérgio Valle que fizesse uma segunda parte. Jota Moraes fez isso com ele.

A música fez parte do disco Mel. Para lembrar aqui vai o link com o YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=C2ehzpSOLTM

domingo, 2 de dezembro de 2012

ESTAMOS TODOS BEM?

Tenho andado um pouco sensível.
Qualquer cena de filme tem mexido comigo.
Tá errado.

Tá errado?


Tenho andado cansado e isso não ajuda.

Aquilo que mexe conosco está nos dizendo alguma coisa.

Talvez diga nada ou muito pouco a outras pessoas que vêem a mesma coisa.

Mais uma vez ouvi alguém mencionando alguém mencionando o livro Amor Líquido de Bauman, sobre a fragilidade dos laços humanos.  Hoje foi a Rosely Sayão. 


Vou ler integralmente, mas o que vejo de interessante quando vejo mais gente falando no mesmo conceito é que normalmente você fala daquilo com o que concorda.

Você diz alguma coisa a alguém quando essa pessoa se sensibilizou com a mesma coisa que você. Se você fala de algo que não tocou nem tocará outra pessoa, você, na verdade, a ela não está dizendo nada.

Pode ser que seja só cansaço, mas eu não estou bem não.


Mas estou tentando lidar com isso sem incomodar ninguém.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ELA MORREU E RESSUSCITOU


Minha amiga me contou do dia em que ela morreu e ressuscitou.

Ela  havia visto uma reportagem na televisão sobre pessoas que haviam morrido e contaram que saíram do corpo e viram o mundo como se estivessem fora dele.

Ela nem teve a consciência do quanto aquilo a havia impressionado.


Até que ela também morreu.


Estava com as irmãs dentro do próprio carro, quando estacionou as deixando dentro do carro e atravessou a rua para ver se encontrava um bom caranguejo para comprar do outro lado da rua.


Não encontrou e quando estava atravessando a rua teve a impressão que alguém a estava observando atravessar e timidamente baixou os olhos e entrou dentro do carro.

Foi quando ela começou a ouvir chamarem seu nome, assim de longe, vindo de trás do carro.


Aquilo era assustador, mas ela olhou para trás e viu algo parecido com o que os outros haviam visto quando morreram; ela estava dentro do carro, mas é como se ela estivesse também fora dele, porque de dentro do carro também via seu carro parado atrás e as irmãs dentro dele chamando por ela.

Pronto, ela tinha morrido.


E começou a pensar quando é que tinha acontecido.

Foi quando atravessou a rua?
Teria sido atropelada?
Teria morrido de que?

Contou que foi uma sensação horrível que depois do acontecido voltou várias vezes.

O bom é que depois de um tempo ela percebeu que não tinha morrido não.


Tinha era entrado num carro que era igualzinho ao dela e estava parado na frente do dela e as irmãs estavam mesmo no carro de trás chamando tentando fazer com que ela visse o que tinha feito, enquanto o dono do carro onde ela estava sentada estava na calçada olhando pacientemente para aquela que podia ser uma louca dentro do carro dele.

HISTÓRIAS DE CRIANÇAS E MACACOS

Uma amiga me contou ontem de uma lembrança da infância que a assustou durante muito tempo.

Ela devia ter perto de cinco anos, quando indo para um sítio com o pai ele resolveu brincar com ela e apontando para uma mata disse:
- É ali que mora seu pai.

E contou a ela a fantástica estória de que ela era filha de um macaco que morava ali e ele a tinha pego e tinha usado água quente nela para tirar os pelos.

Ela, mais morena que os irmãos, via na cor dela mais uma razão para acreditar.

Acreditou nisso durante anos.

Todas as vezes que passava pelo local o pai lembrava a ela da piada como se fosse coisa séria e ali ela ficou condicionada a se esconder quando passavam por ali, com medo de que o pai macaco a visse e fosse buscá-la.

Me contou que teve que pensar muito no assunto até chegar à conclusão de que não era filha do macaco.

Meu pai contava estórias.

Uma noite antes de dormir me contou uma estória onde existia uma onça e eu fiquei muito impressionado com aquilo. Tão impressionado que sonhei com a tal da onça, acordei apavorado e saí correndo do meu quarto para o dele, atrás de socorro, gritando:
Pai, olha a onça!

Duma outra vez a Helenice, uma amiga da minha irmã mais nova, viajou conosco para Monte Olivete, que fica no caminho de Teresópolis quando apareceu um macaco atrás da piscina. Achamos aquilo muito interessante e fomos correndo tentar pegar o macaco, lógico que não conseguimos.


Na hora do almoço a Helenice elogiou muito a carne oferecida.
Foi quando a Cristina, minha irmã, disse a ela que era o macaco que nós tínhamos pego lá na mata.
Ela não duvidou daquilo.
Vomitou na hora.

Criança é muito impressionável.

E muito crédula.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SIMPLIFIQUEI A VIDA


Fui me livrando de coisas.
Simplifiquei minha vida ao máximo.

Boa parte dos últimos livros que comprei dei depois de ler.
Minha mudança de vida de um ser acumulador para um ser mais desapegado foi gradual.

Cada vez tenho menos coisas e de vez em quando tenho a vontade de ter menos ainda.

Li que se coleciona para  aprisionar sensações e tentar unir na memória o passado e o presente.


As coisas que guardamos fazem mais sentido para nós mesmos.


O critério  que adotei foi: guardar apenas o que faz parte dum resumo da minha história e que lá na frente minha filha não venha a jogar fora com muita facilidade.

Estou, faz um tempo, precisando de férias e não sei se é o cansaço mas tenho pensado que nada está me prendendo aqui.


Estão me incluindo em planos para a Copa de 2014 e e pode ser que nada mude e eu venha a ser parte desses planos, mas acho engraçado porque eu estou aberto para outras possibilidades, que possam surgir ou que eu mesmo venha a criar.


Também não estou guardando isso.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PRECISANDO DOS AMIGOS

Um amigo tinha me perguntado quando íamos fazer alguma coisa aqui em casa mas ainda não tinha dado certo. Eu tinha ido ao teatro sozinho duas vezes e estava precisando estar com amigos.

A palavra era essa: precisando.


Comecei o domingo vendo que uma amiga tinha postado no Face que amanhecera com vontade de cantar e tocar violão. Deixei um recado para aquele amigo que estava tocando num café da manhã e foi ali que começou a coisa. Eu queria estar com poucas pessoas e propus um almoço ou umas coisinhas para beliscar mais tarde, e por fim disse para minha amiga que iríamos almoçar juntos ela e eu depois do almoço, se outros pudessem aparecer seria ótimo. Dando alternativas ela disse que preferia almoçar aqui em casa.


Cada um dos outros estava tendo um impedimento, mas logo em seguida outra amiga se liberou do papel de tia, embora eu tivesse dito que podia trazer o sobrinho, e veio também. 


Ficamos apenas os três e foi ótimo.
Uma boa oportunidade para conversar tranquilamente e desfrutar da companhia dos outros dois.

Foram horas muito agradáveis, sem nenhuma preocupação com nada.


Tenho pensado no que fazer no futuro próximo.


Proporcionar momentos agradáveis onde ganhar algum dinheiro seja parte é algo que tem feito parte dos meus planos.


domingo, 25 de novembro de 2012

O BANHO - MARTA SOARES


Por mais de quarenta anos uma mulher da alta sociedade paulistana viveu isolada em sua casa, diagnosticada como louca. Marta Soares partiu desse fato para fazer essa encenação, que contava  com projeções de imagens dela nos jardins na casa de D. Iáiá e essa banheira antiga no centro da sala de espetáculos, com o publico em volta e ela dentro, mostrando a cada gesto, a cada movimento o despojamento, as angústias, o total abandono de quem pensa de uma forma diferente.

Me emocionou muito.
Gostaria muito de ter fotografado algumas expressões e alguns gestos que vão ficar em mim.

Mexeu muito comigo.

PERMITIR QUE UM CANIBAL TE COMA



Sexta-feira o transito me surpreendeu de uma maneira positiva.
Tinha Ato de Comunhão, com Gilberto Gawronski, na foto de cima.

É uma peça baseada numa daquelas coisas muito loucas que acontecem no mundo.
Em 2001 um alemão, Armin Meiwes, na foto de baixo, praticou canibalismo com permissão da vítima.

Quando a gente fala mundo está cheio de malucos, esse aí é campeão.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UM TEXTO DA ANA JACOMO




"Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. 

É me sentir confortável, mesmo percebendo que a minha vida não tem lá tanta semelhança com o enredo que eu imaginei para ela na maior parte da jornada e que nem por isso é menos preciosa, a minha imaginação, por mais longos que sejam seus braços, não alcança o verdadeiro propósito que move a minha existência, esse que às vezes intuo, mas, de verdade, não sei. 

É me sentir confortável, cabendo sem esforço e com a fluidez que eu souber, na única história que me é disponível, que é feita de capítulos inéditos, e que não está concluída: esta que me foi ofertada e que, da forma que sei e não sei, eu vivo."

Ana Jacomo

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

APRENDENDO O QUE ESPERAR DOS OUTROS



Uma amiga disse que sou atencioso.
É verdade.
Me veio à cabeça quem não é e não liga, mas também me veio à cabeça quem pensa que é mas não é.

É mais fácil ver o que os outros fazem de errado do que o aquilo que nós mesmos fazemos.

Isso vale em relação a tudo.
Talvez até por uma questão de perspectiva.
É mais fácil ver os outros que a nós mesmos.

Aprendo muito com o que vejo. Aprendo o que fazer e aprendo o que não fazer.

Tenho aprendido muito mais o que não fazer olhando o que outros estão fazendo.

Brincam que os cariocas muitas vezes se despedem convidando para passar em casa, mas não dão o endereço. Faz mais de dois anos que uma vizinha me diz que vamos fazer um jantarzinho na casa dela e uma vez ou outra ela repete isso. Não vou dizer isso para ela, mas hoje eu nem considero quando ela fala isso.


E ela nem é carioca.


Mas lembrei de uma outra pessoa próxima e vejo que esse não foi o único convite desse tipo que recebi. Alguns convites parecem ser feitos porque é de bom tom fazê-los, mas não acontecem. Talvez porque vão dar trabalho.

Mas já comprei e tento vender a ideia de que relacionamentos, sejam quais forem, dão trabalho.

Indo para um outro lado, tem gente que pensa que é o umbigo do mundo.

Pensam que merecem todo tipo de atenção mas não retribuem da mesma forma.

Uma pessoa que conheço me deu vários exemplos disso recentemente. Numa conversa me contou de desatenções que teve com uma namorada, sem que sequer as percebesse como desatenções, e me contou antes das muitas atenções que ela teve com ele e ele nem valorizou, talvez porque se julgasse merecedor e quando ela, provavelmente cansada, deixou de fazer algo ele julgou de uma tremenda desatenção.


Mas, também sem perceber, fez algo parecido comigo. Quando vivi uma situação de morte na família não me fez nenhuma pergunta que mostrasse  o interesse ou solidariedade, que sei que gosta de receber.


Não fez muita falta, mas sei que se fizesse uma pergunta ou duas teria pelo menos demonstrado interesse.

Há umas semanas estava conversando com uma pessoa que me contou que a esposa falava da própria mãe, quando, preocupada dela mesma vir a repetir as atitudes que estava criticando no futuro, parou de falar, olhou para ele e disse:

"- Por favor, não me deixa ficar igual a ela."

Esse é o valor do espelho.

Olhar aquilo que os outros fazem e não gostamos e nos tornarmos conscientes para não fazer também.
Ou ainda, pelo lado positivo, olhar o que os outros fazem e admiramos e passar a repetir as mesmas atitudes.

Como a questão da natureza de cada um também é relevante lembrei da estorinha do monge e o escorpião.


Não posso esperar dos outros aquilo que não é da natureza deles, mas penso que a vida é cheia de escolhas. Inclusive da escolha de quem faz parte da sua e que tipo de relação você tem com pessoas que não estão prontas para se relacionar com você da maneira como você precisa.

Você só tenta corrigir aquilo que tem jeito, de pessoas com quem você se importa.
Nos outros casos pode escolher não se relacionar com a intensidade que se relacionava, ou não se importar e reagir apenas de acordo com a sua natureza.

Quem sabe eu venha a ser menos intenso com algumas pessoas que não importam tanto, mas com os outros vou continuar procurando dizer, de alguma forma, que eu me importo e mostrar afeição com a atenção e a cumplicidade que eu gostaria de poder esperar deles também.



Quando minha amiga comentou, me perguntei porque ser atencioso lhe chama a atenção e conclui que é porque está cheio de gente que poderia ser e não é.