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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O QUE PODE GERAR UMA EGRÉGORA

 

Comentei com um amigo que estava pensando em ir ver na sexta-feira uma amiga nossa que estaria cantando num bar da Vila Madalena, onde ela costuma se apresentar, mas eu nunca fui. Foi quando ele perguntou porque não fazíamos uma reunião no meu apartamento. Gostei da idéia, mas disse a ele que há pouco mais de uma semana nos reunimos na minha casa com todos esperando ter música, feita por ele e a música não aconteceu.

Era feriado em São Paulo e usei o Facebook para convidar alguns amigos. Reunimos um grupo pequeno de amigos e a música aconteceu, estruturada com equipamento, um violão e a percussão feita por um outro amigo e mais um pandeiro meia lua. Na outra semana eu havia convidado duas vizinhas, que conheço e são mãe e filha, e que agora estavam viajando e dessa vez convidei outra vizinha com quem só havia encontrado no elevador e na garagem. Achei ótimo que ela veio. Encontrar um vizinho, mesmo que no elevador, no meu prédio, é raro. 

Foi ótimo e minha filha e meu genro que também vieram comentaram que sempre que eu fizesse alguma coisa que os chamasse porque sempre era bom. Tenho vontade de tornar isso mais frequente, porque também me faz bem e não me incomoda em nada e embora eu viva numa rua muito tranquila nunca houve uma reclamação de vizinhos do prédio ou da rua, mesmo que dure e nas poucas vezes que fizemos nunca terminou cedo e nunca pudemos dizer que foi silencioso. 

Eu procurei dizer como era bom mas ainda não tinha conseguido definir isso bem, mas hoje de manhã eu ouvia uma pessoa falar de egrégora duma forma que descobri que era isso que eu estava procurando para dizer o que tem sido esses encontros de amigos. Não vou conseguir reproduzir o que ouvi, mas egrégora pode ser definida como a energia resultante da união ou soma de várias energias individuais, uma alma coletiva.

Não sei se posso ir tão longe dizendo que esses nossos encontros são algo tão forte, mas tem sido bom e todos que vem tem a expectativa de que seja solto, divertido e agradável e quando é assim não me preocupo em receber da maneira correta mas fazer saber a todos que são muito bem vindos.

 Quando todos nós temos a intenção de que seja um bom encontro, acaba sendo. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EU GOSTARIA QUE ALGUÉM ME DISSESSE AS COISAS QUE EU DIGO

No ano passado eu fiquei pensando se deveria ou não falar a respeito de um determinado assunto com minha filha porque eu estava me questionando quando acabava a minha responsabilidade com ela, no sentido que ela é adulta e talvez não quisesse me ter dizendo como eu sentia determinada atitude dela, mas acabei falando. Ainda me sinto responsável por ela. Responsável por fazer ver um outro ponto de vista que talvez ela não esteja percebendo.

Hoje um amigo me contava do que estava se passando em sua vida, numa versão que privilegiava o que ele sentia, mas que, na minha opinião, não cobria tudo. Hoje eu comentei essa dúvida que eu tinha em relação a falar ou não o que eu pensava para minha filha, dizendo que ficava em dúvida se falava para ele o que eu pensava do assunto, já que eu não concordava com ele. Eu penso que a outra pessoa  colocou o assunto de uma forma muito racional e tinha suas razões que eu validava.

Às vezes as pessoas não querem ouvir quem discorda delas.
Quando são articuladas, pior ainda, porque conseguem expressar apaixonadamente seu ponto de vista, justificando tudo. E o convencimento de que estão certas é tão evidente que as pessoas não ousam discordar.

Mas, mesmo adulto, racional, responsável por mim mesmo, eu gostaria de ter alguém que dissesse não o que eu gostaria de ouvir, mas aquilo que me fizesse pensar sobre o assunto de uma maneira mais abrangente e talvez até me fizesse ver um outro ponto de vista na estória que estou contando e quando fosse o caso, me convencesse que existe uma outra forma de fazer as coisas.

Hoje eu consigo ver na minha vida momentos onde eu achava que sabia o que estava acontecendo e explicava para mim e para os outros, mas na verdade eu só sabia da metade da estória.

Também gosto do espelho.
Gosto de pensar no que os outros estão fazendo de errado, na minha opinião, e ao fazer isso ver se eu não estou fazendo a mesma coisa.

Já não tenho tantas certezas.

SO É IMPOSSÍVEL QUANDO A GENTE NÃO TENTA

Um amigo esteve aqui semana passada e no voo de volta para os Estados Unidos teve furtados alguns dos pares de sapato que comprou aqui no Shopping Morumbi, na CNS. A American Airlines pediu a Nota Fiscal para poder processar o reembolso, mas ele tinha deixado a nota junto com os sapatos. Ele me deu detalhes do dia da compra, tinha pago em dinheiro e como é estrangeiro não tem CPF e me pediu para ver da possibilidade de uma segunda via.

Achei que seria difícil e complicado, avisei que não poderia ir logo, mas hoje eu fui, expliquei o acontecido e encontrei uma menina que além de bonita teve paciência e boa vontade e gastou bastante tempo comigo e falando com o escritório central da rede de lojas e por fim saí de lá com uma segunda via da nota que já escaneei e mandei por email.

Lembro que há muitos anos atrás eu tive um Chevrolet 1951 que era um carro para colecionadores e quando fui vender um interessado estava no Norte do país e pediu a um amigo para ir ver o carro e o amigo disse que foi mas não foi e ele ficou desconfiado disso quando o mais ou menos amigo disse que tinha ido ver e que o carro estava todo enferrujado e em mau estado. Ele acabou comprando o carro e duvido que confie nesse amigo que mentiu para ele.

Quando essas coisas aparecem a tentação de resistir a elas é grande, mas eu não me sinto no direito de não fazer. Eu fui lá meio sem esperança de que desse certo. Pago em dinheiro, quarta-feira passada, sem informar o CPF...
Deu trabalho? Deu. Levou tempo? Levou.
Mas eu só ficaria tranquilo se pudesse dizer que fui e que tive uma resposta negativa fundamentada. Porque os amigos servem para isso. Resolver aquilo que é importante para o amigo, ainda que seja chato ou dê trabalho. E é melhor ainda quando a gente encontra quem que ouve toda a estória, procura outras pessoas que podem ajudar e dá uma solução.

Confesso que quando saí de casa eu não tinha muita esperança.
Mas eu tentei e deu certo.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MULTADO SEM NECESSIDADE


Fui encontrar um cliente num lugar onde tenho quatro vagas de garagem à minha disposição, mas achei uma vaga tão na porta e podia ser que eu não demorasse, então parei ali mesmo na rua, sem ter um cartão de zona azul para colocar, mas sem nenhum momento me preocupar com isso.
Cálculo errado.

Quando saí, encontrei o agente da CET e perguntei a ele se ainda dava tempo, mas ele já estava com a multa feita na mão e disse que ainda esperou um pouco para ver se o dono do carro estava por ali, mas que depois de um tempo fez a multa. Pediu desculpas por isso e essa é a beleza da coisa. Ele está certo, eu estou errado, ele está me deixando um presente desagradável, mas nós dois podemos ser absolutamente gentis um com o outro.

Minha última multa foi em julho do ano passado e eu estava esperando julho deste ano chegar a zero pontos na carteira e me sentir um sujeito bem comportado no trânsito, pelo menos quando tem alguém de olho.
Para chegar nisso vou precisar de um ano novamente.

Não precisava.
Não foi nada inteligente da minha parte.

EU ESTOU INTERESSADO E PRESTANDO ATENÇÃO



 
Tenho notado que tenho me distraído quando faço duas coisas ao mesmo tempo. Comecei a prestar atenção nisso quando estava vendo no Facebook um desses filmes curtos com uma mensagem legendada e percebi que no instante que a mente fugia para um outro assunto e eu fazia uma anotação sobre o que me distraiu, que perdi uma frase interessante daquela mensagem.

Mas eu voltei o filme um pouco e vi o pedaço que eu perdi, porque achei que era interessante. 
Também peço para repetir quando alguém está conversando comigo e eu também perdi alguma coisa, não porque não estava prestando atenção, mas porque eu não entendi bem. Também é porque estou interessado.

Me incomoda quando uma pessoa está conversando comigo, mesmo que on-line e parece que não está concentrada porque está fazendo outra coisa ao mesmo tempo. Quando isso acontece comigo eu procuro avisar que outra pessoa começou uma conversa ou ser rápido o suficiente ao responder, se não for demorar.


Eu gosto e sinto falta de gente
Mas tem que haver uma troca. Quando não há, sinto que foi um encontro vazio de significado.
Cada dia mais eu quero prestar atenção no que o outro está falando. Para mim existem semanas com muitos estímulos porque encontro com mais pessoas e cada uma dessas pessoas com algo interessante para dizer e tudo o que eu preciso fazer é perguntar.

E depois, prestar atenção.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

NÃO ME APRESENTA UM CARA SEM GRANA...


O assunto surgiu numa conversa.
Uma amiga comentou, um tanto chocada com o fato, ter amigas que pedem para ela que não apresente se o sujeito não tem grana. Eu contei que eu mesmo caio fora do baralho quando me parece que para o tipo de vida que a pessoa leva isso possa ser importante, mesmo que seja apenas para fazer a mesma programação.
Eu não tenho, mas quando ouço uma mulher colocar uma coisa dessas, duma maneira tão óbvia, como um pré-requisito, fico me perguntando a quem chamar de vagabunda.

domingo, 20 de janeiro de 2013

CAPELA DO MORUMBI

Sempre me surpreendo pela pouca visitação que tem a Cripta da Catedral da Sé. As pessoas não conhecem, mas eu que conheço muito do que existe para ser visto em São Paulo também tenho alguns lugares onde eu nunca fui. São poucos mas serão cada vez menos.

Hoje foi o dia da Capela do Morumbi, que aprendi, nunca foi uma Capela e que era uma construção inacabada até a Companhia Imobiliária que transformou a área em um condomínio decidir terminar a construção, que fazia parte da Fazenda do Morumbi, em algo mais atraente para os compradores de lotes.

Está sendo usada para instalações de arte que são trocadas a cada três meses. A que estava lá hoje dava uma impressão de profundidade, muito interessante.

EU SEI QUANDO FOI SUFICIENTE


Fim de semana passado convidei uns amigos para vir em casa, e isso não é comum como eu gostaria que fosse. Um amigo prometeu tocar, veio e acabou não tocando, mas as pessoas vieram, cada um chegando uma hora ainda que o convite fosse de última hora. Foi ótimo. É raro ter mas gosto de ver gente em casa. Está na hora de fazer disso um hábito. Tenho sentido falta.

A última amiga que chegou, se transformou numa dona de casa dedicada e absolutamente feliz com esse papel, e com isso fez questão de lavar tudo ainda que lavar louça não me incomode em nada, mas depois disso uma semana de muito trabalho começou. Para o meio da semana eu tinha comprado ingressos para dança, e acabei não indo, sem perceber, porque as alterações com trabalhos novos foi acontecendo e eu não poderia ir mesmo.

Sexta, começava um fim de semana musical. Depois de ouvir o músico certo tocando no supermercado era o dia certo para ir ouvir MPB na Vila Madalena, porque lá também tinha o cara que faz o bar inteiro cantar junto e isso para mim é ótimo, mas, quando chegou a hora do intervalo voltei para casa. Já tinha dado. Foi o suficiente.

No sábado fui ver a Céu com Luiz Melodia e fotografei. Quando saí de lá passei num bar no Itaim, onde uma amiga iria cantar, e minha intenção era apenas fotografar um pouco e voltar para casa mas como era dez e meia da noite e ainda iria demorar a começar, dei meia volta, passei para comer algo que me deu desejo e voltei para casa.

Hoje eu ainda achava que tinha que fazer alguma coisa e a opção seria pelo teatro. Acordei relativamente cedo e mais tarde acabei voltando para a cama. Quando levantei novamente saí para almoçar e estava voltando para casa com a intenção de escolher uma peça quando passei em frente de um lugar que eu sempre quis entrar e nunca fui por não ter estacionamento na porta. A Capela do Morumbi. Fiz a volta e fui finalmente fazer uma visita. Também foi bom ter feito mais uma das coisas que eu fico me prometendo fazer um dia e nunca faço.

Quando cheguei em casa repensei e resolvi ficar em casa. Ainda estou cansado.
Já tinha saído sexta e sábado. Fiz coisas que me agradam fazer.  Não preciso fazer nada. Provavelmente devo estar sentindo alguma ansiedade.

Mas eu posso ficar em casa

CÉU E LUIZ MELODIA








sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

É DE ARREPIAR, MAS O SUL DO PAÍS NÃO TEM IDÉIA DO QUE É A SECA


Uma entrevista, onde a voz do entrevistador é mantida em off, fica parecendo uma conversa onde a pessoa vai contando situações e acontecimentos, como se estivesse em casa junto com amigos.
Por um desses acasos felizes comprei semana passada uma coleção de cds, onde além das músicas existe uma entrevista de cada um dos cantores, exatamente assim.

Um desses discos é do Fagner que conta porque foi inesquecível um show que fez com Luiz Gonzaga num estádio em Natal, Rio Grande do Norte,  onde eles pediam chuva para uma região que estava numa seca que já durava três anos.

Quando Luiz Gonzaga começou a cantar Súplica Cearense a chuva começou a cair, forte, e a emoção tomou conta gerando um choro generalizado numa plateia de aproximadamente cinquenta mil pessoas. Os demais músicos abandonaram o palco e Luiz Gonzaga continuou a tocar com apenas o Fagner acompanhando na guitarra, quando alguém começou a tocar a bateria. Era Jorge Ben, que subiu ao palco para ajudar os dois. 

Encontrei esta semana pessoas do Norte e Nordeste e perguntei a respeito da seca porque para nós é uma coisa distante e ouvi de pessoas que tem quase nada e estão perdendo o que tem por conta da seca que está matando os poucos animais que eles tem ou os fazendo vender por quase nada e até em alguns casos simplesmente dar os animais sem receber nada em troca para evitar que eles morram.
Também ouvi a respeito dos aproveitadores do Pará que vão com caminhões aos locais onde a seca está castigando mais comprando muito barato os animais daqueles que não tem água e por não ter água também não tem pasto para esses animais.

Enquanto isso no Sudeste é mais provável que as pessoas estejam comovidas com situações dramáticas de pessoas em países da Europa, mais presentes nos noticiários.


Súplica Cearense
Waldeck Artur de Macedo   (Gordurinha)

Oh! Deus,
Perdoe esse pobre coitado,
Que de joelhos rezou um bocado,
Pedindo pra chuva cair,
Cair sem parar.

Oh! Deus,
Será que o senhor se zangou,
E é só por isso que o sol se arretirou,
Fazendo cair toda chuva que há.

Oh! Senhor,
Pedi pro sol se esconder um pouquinho,
Pedi pra chover,
Mas chover de mansinho,
Pra ver se nascia uma planta,
Uma planta no chão.

Oh! Meu Deus,
Se eu não rezei direito,
A culpa é do sujeito,
Desse pobre que nem sabe fazer a oração.

Meu Deus,
Perdoe encher meus olhos d'água,
E ter-lhe pedido cheio de mágoa,
Pro sol inclemente,
Se arretirar,

Desculpe, pedir a toda hora,
Pra chegar o inverno e agora,
O inferno queima o meu humilde Ceará.

(coloquei apenas a parte que acho mais interessante da letra)

O HOMEM QUE NÃO VAI SOZINHO AO BANHEIRO



Parece estar convencionado que seja assim. Em todas as situações sociais, num lugar publico, se uma mulher vai ao banheiro, normalmente pergunta a outra que está no mesmo grupo se não quer ir junto e, normalmente, a outra vai. Posso pensar em alguns motivos; trocar figurinha, segurar a bolsa da outra na hora que ela não pode e coisas assim, mas eu conheço um homem que não vai ao banheiro sozinho, quando está num lugar público.
Eu já tinha ouvido a estória, mas o que nem ele sabia é que tinha se tornado um problema até bem pouco tempo quando me contou que entrou no banheiro de um restaurante e entrou em pânico quando se deu conta que estava sozinho e saiu do banheiro e só voltou a entrar quando um outro homem entrou com uma criança.
Mas ele tem seus motivos.
Aconteceu faz poucos anos.
Ele mora no norte do país e costuma viajar de carro pela região e estava na Belém-Brasília, perto de Paragominas quando parou num posto para abastecer a camionete e foi ao banheiro. Não viu nada, só sentiu uma única pancada certeira na nuca que o fez desacordar. Quando recobrou os sentidos percebeu imediatamente que tinha sido roubado. Saiu correndo para verificar e viu que o interesse era no dinheiro que ele tinha e não no carro que continuava lá e as chaves no seu bolso.
Pois é, gato escaldado...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

SEMPRE APARECE ALGUMA COISA...

Não tenho passado tanto tempo fora de casa, mas por uma conjunção de fatores passei mais dias fora de casa, me dando férias. Não tenho me preocupado muito com nada,  nem tenho me mexido muito, querendo uma intuição do que devo fazer em seguida.

Essa necessidade de me aquietar me fez simplificar a vida, diminuir as contas, organizar tudo de uma forma que eu possa ter uma espécie de período sabático e me reorganizar internamente. Mas as contas, mesmo menores existem, não são tão poucas e precisam ser pagas.
Às vezes estamos tão envolvidos com a sobrevivência e com a execução de tarefas ligadas a isso que nos esquecemos de dar sentido aos nossos passos. Estou querendo dar um sentido aos meus.

Não tenho ido atrás de clientes novos porque quero avaliar se está na hora de examinar outras alternativas, embora pense que deveria fazer alguma coisa, quando o movimento com algum dos atuais  diminui, para reverter ou para repor.
Mas antes que eu possa realmente me preocupar alguma coisa acontece.
O telefone toca ou aparece um email e mesmo que eu não me mexa tenho resultados de uma reputação construída em anos.

Nesses últimos dias trabalhei muitas horas e o resultado disso é bom, porque tenho parceiros e clientes que não são gananciosos e acham bom que eu ganhe mais quando trabalho mais, colocando a importância no algo bem feito e que não lhes dá preocupação. Com isso eu que, sem nenhuma preocupação, pensava que poderia ser um mês quando normalmente tenho deficit, e estou prevenido para isso, tenho tranquilidade para usar essa reserva em outra ocasião.

Isso me fez lembrar um episódio de Two and a Half Man, onde o contador dizia que ele estava falido e o irmão começava a fazer coisas desesperadas com péssimo resultado e ele dizia que não se preocupasse, que sempre aparecia alguma coisa e quando chega o fim do episódio, acontece algo que soluciona tudo muito bem.

Controlo muito bem minhas contas, mas para mim também acontece...

Sempre aparece alguma coisa.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ATÉ O ALZHEIMER PODE SER ENGRAÇADO


Há sempre maneiras diferentes de encarar os mesmos acontecimentos.
Podemos fazê-lo vendo apenas o lado pesado e triste e ou podemos vendo o lado mais leve e engraçado, quando existe.

Em certas doenças degenerativas acontece uma mudança no comportamento que a pessoa teve durante toda a vida. Um amigo me contava algumas das coisas que aconteceram recentemente com sua sogra que está agora com 82 anos e sempre foi uma pessoa muito comedida e sóbria nos seus comentários.

A primeira aconteceu com a família inteira reunida. O marido que está na mesma faixa de idade, sempre toma banhos demorados, canta e aproveita o banho. Foi quando ela se saiu com essa para o constrangimento da filha, que ainda não consegue relaxar quando essas situações acontecem:
- Acho que ele está se masturbando...

A outra foi quando a neta estava almoçando na casa dela, que tinha ao lado do seu prato os quatro remédios diferentes que deveria tomar naquele horário. Um pouco mais tarde ela não vendo mais os comprimidos ao lado do prato perguntou a neta se ela havia tomado os remédio e quando recebeu a resposta afirmativa, foi dizendo que eram muito bons, explicando para que servia cada um e provocou uma risadaria no momento que disse que o último era para a memória.
Para lembrar se havia tomado o remédio parece que não está funcionando.

Ela é uma pessoa extremamente simpática e as pessoas gostam dela. Foi quando um amigo da família, bem mais novo que ela, fez um comentário querendo dizer o quanto ela era simpática e quanto isso fazia com que as pessoas gostassem dela dizendo:
- Eu amo a senhora!
A resposta dela foi rápida e muito incisiva:
- Olha, eu sou casada e muito séria!!!

COMO SE INICIA UMA TRADIÇÃO

Dia 30 de dezembro foi o último domingo do ano. Fiquei em dúvida se teria música na Estação em São José do Vale do Rio Preto, mas como eu estava lá, eu fui.
Tinha.
É com consistência que se inicia uma tradição.
Quando você tem certeza que aquilo acontece sempre.

 A música acontece cada vez melhor.
Com gente que está ali fazendo aquilo por prazer. O bom cavaquinho é tocado por um produtor rural que tem se dedicado aos produtos orgânicos e que gostaria de que esse produto chegasse à mesa dos mais pobres.
Com o Marcos, que ensina trazendo através das suas figuras pintadas a presença músicos ilustres às ruas.


Com o estímulo e coordenação do Nei Machado, que quer passar invisível, mas é impossível, pois é, na minha opinião, o grande responsável por isso. Encontrei a Valnete que me disse pensar assim e também que sempre fala isso para ele.Tenho uma grande admiração pelo trabalho que já está sendo feito e pelas idéias que tem para o futuro. Ver esse trabalho com música e ouvir falar do evento que eles fazem às sexta-feiras para uma população carente de tudo, inclusive de diversão e cultura, me deixa feliz.
Hábitos se formam. Música agrega e congrega. Esse é um bom começo.

São José ainda era o 5° distrito de Petrópolis quando era uma cidadezinha bucólica e arrumadinha com carnavais nos clubes de cima e de baixo, com uma presença frequente de pessoas que vinham do Rio para os fins de semana e férias. Nós adorávamos aquilo e criávamos nossos hábitos como o de sair atrás dos músicos pelas ruas da cidade quando terminava o último baile de carnaval, ir ao cemitério tocar o sino de madrugada, pegar a Veraneio encher de gente e entrar na primeira estradinha onde ainda não tínhamos entrado, as fogueiras aqui ou ali ou nos encontrar para bater papo na pracinha em frente à igreja. Quando tínhamos Tom Jobim vindo de sua casa no Poço Fundo de pijamas tomar cerveja ou uma pinga

Hoje dois anos depois daquela enchente devastadora, vejo a cidade perdendo a identidade, com algumas construções feias invadindo as ruas, sem deixar um pedaço decente de calçada.
Vendo essa iniciativa e ouvindo falar de outras sinto que ainda posso ter a esperança de que a cultura pode ser cultivada e tornada um hábito e um instrumento de mudança.
Que se façam pequenas coisas  e que essas pequenas coisas sejam a prova que necessitavam de que outras podem ser feitas.
Que a arte possa invadir e tome conta dando uma nova identidade a um lugar que está precisando de uma nova.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

EU VI COMO IVETE SANGALO É MUITO ATENCIOSA


Já que eu guardei tanto tempo isso comigo e falei de um vou falar de outra que também é muito atenciosa com o público, que é Ivete Sangalo. Ivete é muito amiga de alguns primos e a casa que tem na Praia do Forte era exatamente ao lado da casa de outro primo e foi lá que eu havia estado com ela não fazia muito tempo.

Uns meses depois eu estava no Renaissance Hotel em São Paulo quando vi Ivete saindo. Eu até ia falar com ela, mas duas meninas estavam esperando por ela lá fora com um caderninho na mão.

Não era uma multidão, nem havia platéia para aquilo que vi.
Ivete falou com as meninas, tirou foto com uma, tirou foto com a outra, olhou o caderninho delas, folheou, comentou alguma coisa que estava lá, se despediu e aí sim foi se juntar a todos que estavam esperando por ela dentro de uma van.

Achei aquilo lindo. 
Não falei com ela, porque a cena que eu vi foi muito mais interessante e dá a dimensão da atenção que ela tem com seu público.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

UMA NOVA MODA DA DEVASSA

Além da boa companhia e da ótima frequência na Cervejaria  Devassa em Ipanema, tive que fotografar esse drinque da mesa ao lado.

Caipilé - Essa de frutas vermelhas - Caipirinha com um Picolé Italiano de Coco, mergulhado.

GIANECCHINI E O RESPEITO AOS FÃS


Duas vezes tive a oportunidade de ver como o Gianecchini respeita o público que gosta dele.
Duma vez, quando ele entrou no carro eu disse a ele que quando as meninas da loja em frente ao apartamento onde ele estava me viam chegar iam para a calçada esperar porque sabiam que iam vê-lo. Na mesma hora, para alegria delas, ele abaixou o vidro e acenou para elas.

De outra eu estava saindo da academia com ele quando uma mulher o viu e fez o pedido:
- Gianecchini! Ah, me dá um autógrafo?
Dado o autógrafo ela falou:
- Tira uma foto comigo?
E ele pacientemente tirou.
Aí veio a terceira:
- Me dá um beijo?
E ele deu, e depois comentou apenas comigo, que ele não podia fazer isso mas que existiam umas pessoas que ele gostaria de perguntar:
- O que mais eu posso fazer pela senhora, para a senhora me liberar?

O RIO DE JANEIRO TEM SEMPRE ALGO PARA SE FAZER


Fomos ao Centro do Rio com a intenção de ver a exposição do Museu D'Orsay no Centro Cultural do Banco do Brasil, mas a fila dava voltas. Já que estávamos ali fomos passear no entorno e foi espetacular. Bares e restaurantes bonitos, um casario antigo com as fachadas bem conservadas.

Música ao vivo, de boa qualidade, pelo menos em três lugares.


Opções  de exposições e teatro, no CCBB, CC dos Correios e Casa França Brasil. Ali do outro lado Museu Naval para levar as crianças para entrar num submarino, num helicóptero, num barco de guerra e até fazer um passeio, que eu fiquei só na vontade, à Ilha Fiscal, onde aconteceu o último baile do Brasil Império.








É, de maneira agradável, o Rio ainda me surpreende.