Total de visualizações de página

domingo, 24 de setembro de 2023

PENSANDO NOS OUTROS


Gosto de gente e é das conversas que tenho com as pessoas que tiro outra medida e outra experiência que não a minha. 

Na sexta saí para o mesmo bar, encontrar os amigos daquele bar e conversar porque fazer isso passou a  fazer parte das coisas boas da vida.

Começou uma conversa só entre um desses amigos do bar e eu onde ele comentou uma coisa sobre a qual pensei recentemente; o esquecimento da passagem da Covid pelas nossas vidas mesmo sendo isso algo tão recente.

Sempre achei a vida simples, mas não passei por muitas situações dramáticas

Eu, imediatamente, pensei que, como para mim, fosse porque ele tivesse passado incólume pela Covid, sem consequências sérias próximas.

Mas eu estava completamente errado.

Ele perdeu pessoas próximas, ele e a família toda contraíram e ele ficou muito tenso com a possibilidade de uma comorbidade o colocar em risco de vida, o negócio dele fechou completamente durante um mês e depois quando recomeçou foi com um movimento irrisório durante muito tempo. Ou seja, ele sofreu todas as consequências possíveis da Covid.

Daí ele me contou de outras passagens da vida dele, todas também dramáticas. 

Uma cirurgia que fez e o que deveria ter uma recuperação rápida teve uma complicação colocou ele numa UTI por 15 dias e mais outros 15 dias internado num apartamento.

Noutra ocasião teve um câncer no rim que foi erradicado mas que o deixou com metade de um dos rins. Não sei qual das duas cirurgias aconteceu primeiro.

Eu tenho uma diarista que não reclama da vida e que eu procuro ajudar. De vez em quando aparece um problema novo na vida dela. 

Nessa sexta ela me contou que um acidente de moto que o marido teve está tendo consequências neurológicas porque ele está esquecido de coisas que ele sabia há muito tempo e fica procurando por ela porque esqueceu da rotina dela e dos lugares onde ela trabalha. Ele não quer ir ao médico. 

Hoje quando liguei para saber dele ela me contou que ele ligou para ela as dez e meia da noite do sábado para perguntar onde ela estava sendo que ela estava ali ao lado dele.  

Olhando para o lado vejo que realmente, a vida foi simples.

E continua sendo.



domingo, 17 de setembro de 2023

MUITA COISA BOA

 


Tenho certeza que escrevi alguma vez sobre a quantidade de artigos e informações em papel que eu guardava porque gostaria de aprender alguma coisa sobre aquele assunto, pensar mais para absorver sobre o que tinha lido e também tinha o pensamento de que algum momento gostaria de dividir aquela informação com minha filha.

Quando tive mais tempo comigo mesmo comprei desses cadernos grandes, pretos, e comecei a contar para mim mesmo as coisas das quais eu lembrava e a fazer os raciocínios a respeito de qualquer coisa, inclusive sobre meu próprio caminho.

Mas a internet em geral, o TED, o Café Filosófico e o Linhas Cruzadas da TV Cultura, os videos curtos no YouTube da Deutsche Welle e da BBC e o privilégio que foi trabalhar muito próximo com pessoas muito mais inteligentes e preparadas do que eu, me me ensinaram muito.

Muita coisa guardada, muita coisa vista, muita coisa que tem que ser vista mais de uma vez. Se não servir para mais nada, pelo menos servem como repertório.

MUITA OPINIÃO COM POUCA CONSISTÊNCIA

 


Ah, a democracia da Internet...

Qualquer um pode produzir conteúdo que muitas vezes não tem mérito para ser visto.

Muita gente procurando audiência. Alguns querendo apenas ser "ouvidos". Outros imaginando que se tornarão "influenciadores" e ganharão dinheiro com isso. 

Com isso é muita gente dando opinião sobre todo e qualquer assunto, e muitos sem consistência nenhuma.

Tenho tido tempo para ver muita coisa e tento aprender sobre qualquer coisa que eu ache interessante, muitas vezes apenas para alimentar o cérebro com informações sobre os mais variados assuntos ou apenas para dar uma boa risada.

Mas isso também é outra coisa onde tenho sido muito seletivo. Desisto rapidamente de assistir vídeos em algumas situações, como quando a pessoa dá logo a impressão de estar mais interessada em se promover do que  ao conteúdo que estou buscando, quando a voz ou a maneira de falar é desagradável para meus ouvidos ou quando o YouTube coloca mais de um anúncio no começo do vídeo ou mesmo quando o assunto está me interessando e eles começam a interromper com anúncios frequentes.

Não estou interessado em opiniões, mesmo nos telejornais, porque opinião é exatamente isso: uma opinião, inclusive quando é a minha. 

Quando a pessoa fala, sem me dar a oportunidade para fazer o meu raciocínio e chegue às minhas conclusões, faz com que eu, sem a menor cerimônia, pare de ver imediatamente.

Eu tenho um profundo respeito pelo meu tempo.