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quinta-feira, 31 de julho de 2014

MUSEU DO SERTÃO - REMANSO - BAHIA - IMAGENS


Uma dessas pessoas que com atitude fazem a diferença fez em Remanso, uma cidade à beira do lago de Sobradinho, famosa pela música de Sá e Guarabira, que contava das quatro cidades deslocadas para que fosse feito o Lago de Sobradinho, um museu que nos leva ao passado com peças que as crianças de hoje nem sabem para que é que serviu. 


Dona Marisa Muniz é, em pessoa, o Museu do Sertão em Remanso, na Bahia.


Ela colecionou, e como ela mesmo diz, comprou, ganhou e roubou para fazer em sua cidade um museu que tem muitas coisas que representam e eternizam o passado. Fazem história e contam a história. Nesta foto roupas que os vaqueiros usavam para se proteger dos espinhos.


Vários recursos de iluminação usados no correr dos anos por quem não tinha energia elétrica


A veste branca, a cruz e a matraca que os penitentes usavam e eu ainda me lembro quando criança o medo e a curiosidade que me causavam.

Todos os anos, no período da Quaresma, entre a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão, alguns fiéis realizam o ato da penitência. Esse grupo, chamado de Penitentes, veste-se com lençóis brancos e percorre várias igrejas, cruzeiros e o cemitério da cidade, rezando pelas almas dos mortos. Os Penitentes são divididos em dois grupos: os Alimentadores de Alma, que fazem orações pelas almas e chacoalham um instrumento chamado de matraca; e os Disciplinadores, que durante o ato de penitência se martirizam com chicotes providos de lâminas na ponta, causando cortes por todo o corpo, derramando sangue, com o objetivo de reduzir os pecados.  Fonte: Site VIVER BAHIA





Algo que eu nunca havia visto antes. Um equipamento para prensar e imprimir as hóstias



A maneira de ter e manter água fresca. A Moringa, a Moringueira e o Pote de Barro que mantinha a temperatura da água super agradável.


Outra tradição que se perdeu no tempo.  A Folia de Reis feita de casa em casa. Eu cheguei a ver isso


Um fole para  avivar o fogo.

 Um  dos pilares com a iluminação usados na balaustrada do cais do Remanso Velho
Um rádio Philco Transglobe, que trazia há quarenta cinquenta anos a possibilidade de ouvir rádios do mundo inteiro.


E para quem não sabia o que era água encanada, as latas dágua que normalmente as mulheres enchiam no rio São Francisco e enchiam as caixas dágua das casas daqueles que pagavam por isso.

 As malas e baús usados naquele tempo


A reprodução no quintal de uma casinha de sapê. 

 A foto de uma bruaca que era uma caixa feita de couro carregada nos animais para levar o que fosse necessário numa viagem. 

 Uma desnatadeira, vista por mim pela primeira vez, agora.
 Um ferro de passar que usava brasas.
Uma cama de varas, que eu não me lembro como Dona Marisa me contou que chamavam,mas creio que era de Isidoro.

 A pomba representando o Espírito Santo, da Bandeira do Divino, festa que é mais popular em Minas Gerais.


 Uma balança feita com cascos de Tatu
 O casco do Tatu
Um carrinho bem simples e artesanal para ajudar as crianças a aprender a andar, naquele tempo chamado de Anda Já.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O MEL DE APENAS UMA FLOR


Embora o mundo seja um lugar cheio de possibilidades, muitas delas aparentemente interessantes, meu tempo de querer encher a mão de muitas coisas nunca existiu. 
Sempre fui sério no meu querer.
Prefiro ser mel para apenas uma abelhinha.  

IGNORAR UMA PESSOA MÁ NÃO É FÁCIL


Não sou muito de fazer de conta. 
Se fosse, pouparia chateações.
Quando me incomodo com alguma coisa é meio difícil não reagir.

Fazem poucas horas que recebi um e-mail de uma pessoa que é pessimista e não resiste a tentar pelo menos contaminar os outros com sua visão pessimista. A pessoa dava informações sobre um assunto que nos interessa muito, mas temos visões e abordagens completamente diferentes. Ela é alarmista, eu sou tranquilizador. 
Ela não vai mudar. Nem eu.

Normalmente não temos muito contato, porque essas diferenças nos afastam muito e quando temos que lidar um com o outro essas peculiaridades de cada um se tornam maiores. 

Li o e-mail e além das informações que interessavam vinha também o pessimismo dispensável. Já era a segunda vez que acontecia esta semana. A minha tentação era a de responder imediatamente pedindo que quando o e-mail tivesse aquele teor de pessimismo que eu preferia não receber, mas lembrei de uma conversa que tive há alguns dias sobre algo parecido e me recomendavam ignorar.

Não é fácil, mas vou tentar ao menos me tranquilizar antes de falar no assunto para poder me colocar de uma maneira que possa fazer compreender como aquilo me faz mal e, mesmo que eu não queira, me afeta.

sábado, 19 de julho de 2014

UM POUQUINHO DE PSICOLOGIA NARRATIVA


Não foi por acaso.


O fato de ter muita coisa acontecendo e de não ter tempo de pensar nelas me levou de volta a um rascunho de dias atrás quando numa pesquisa na internet li sobre a psicologia narrativa. 

Neste instante não existe monotonia na minha vida. Muita coisa acontecendo e eu ainda sem saber como estou sentindo tudo isso e como isso está me transformando. Não tive tempo de dar significação a elas

" Significação (modo como os seres humanos constroem, organizam e transformam a realidade/conhecimento). Toda a Realidade e existência são formadas a partir da significação. Ou seja, o Mundo nunca é tal como o vemos, todas as nossas crenças, atitudes, etc, moldam e contextualizam o que experimentamos" - Fonte: http://psicologia-ativa-mente.blogspot.com.br/2011/07/psicologia-narrativa.html.

"No fundo, pensamos da mesma forma como existimos, através de narrativas."

Escrevo para explicar de maneira muito pessoal como vi acontecer e o que significou para mim. A vida não é como um filme. Eu posso mudar o roteiro. Escrevo porque compreendo que as pessoas estão muito mais interessadas nas suas próprias estórias e ler é opcional.


Converso porque sempre quero enriquecer a minha vida com outras visões, outras opiniões, que podem ou não me transformar. Eu gosto do raciocínio que me faz duvidar do que eu tinha como certo antes e tenho uma tendência a gostar mais das pessoas nas quais consigo mais facilmente ver o desejo da significação.


Sou um colecionador de estórias que gosta de gente que tem o que contar e acho ótimo quando encontro pessoas que me deixam contar as estórias delas.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

TODO DIA ACONTECE ALGUMA COISA NA MINHA VIDA


De umas semanas para cá eu não posso dizer que não está acontecendo nada na minha vida. Muita coisa aconteceu. Tem acontecido todo tipo de coisa pedindo que eu reaja de alguma forma. Não dá para observar e esperar o momento apropriado para agir. Não estou tendo tempo de absorver ou pensar bem à respeito de cada uma delas. Estou agindo. Estou agente.

Não está havendo o espaço entre um acontecimento e outro que permitiria isso.

Quase todo dia acontece alguma coisa que não permite dizer que a vida esteja monótona. Mesmo uma dessas coisas, que se eu permitisse, me faria ver a a vida de uma forma um pouco dramática e me deixaria paralisado está me levando para a ação.

Como eu acho que deve ser.

terça-feira, 8 de julho de 2014

NÃO TER PENA


Na recepção a palavra estava na capa da revista me chamando:   

"Compaixão"


Nas situações importantes nas quais eu vinha pensando nesses últimos dias era o que eu estava procurando para elaborar melhor o que eu vinha querendo expressar, vendo duas situações distintas. 


Numa situação eu via alguém que não precisa de pena e sabe disso ensinando outras pessoas que sempre foi forte e vai continuar a ser.

Noutra situação eu via uma pessoa que sentia pena de outra que está num momento de extrema fragilidade e não havia compreendia que ela não precisava de pena, mas sim de compaixão. Havíamos conversado sobre aquilo, mas ali estava, de maneira brilhante, resumido aquilo que eu queria dizer. 

Falava da diferença entre pena e compaixão.


Quando sentimos pena de alguém é porque pensamos que a pessoa não tem recursos para sair da situação, nós temos que resolver o problema para ela.


Quando sentimos compaixão, entendemos que estamos com alguém que é capaz de encontrar e gerenciar suas próprias soluções. Precisamos estar a seu lado para ajudá-la a resgatar sua força interior e lembrá-la de sua própria capacidade.


Eu sempre prefiro a compaixão.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O QUE OS FILHOS QUEREM

Ela me contava duma situação que outra pessoa está vivendo e ela por ser a mãe acha que tem direito a muitas opiniões. 
Já deu todas. 
Agora a filha não quer mais ouvi-la.
Porque a filha queria apenas ser escutada.

Eu disse isso a ela.

Mas tenho certeza que ela não está me ouvindo também.

A DIFERENÇA ENTRE OS PAIS

Ela tem quase 84 anos e foi depois de exames ao cirurgião para conversar sobre o tratamento para um tumor que recentemente apareceu no fígado.
Ouviu dele que, por muitas razões, não deve sequer pensar em operar. Os riscos envolvidos não compensam e que ela deveria ir para casa viver sem se prender ao diagnóstico e à falta do que fazer em relação a isso.

Ela foi para casa e está de maneira muito realista pensando em como viver.

Ela é realista. Sempre foi.
Os filhos são emotivos e herdaram o lado sonhador do pai que morreu há quase quarenta anos.

Ainda tem muito a aprender com ela.