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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

AMIGOS FAZEM O QUE DINHEIRO NÃO FAZ


Morei três anos em Campinas. A casa era em frente a uma praça e eu conhecia muitos vizinhos. Na nossa casa  funcionários do Banco do Brasil, três casas acima o pessoal trabalhava na Varig e depois conhecemos as amigas deles que trabalhavam na Vasp.

Mudei para o Rio e menos de um ano depois para São Paulo.

Naquele tempo existia a Ponte Aérea que era um pool de  todas as companhias aéreas que voavam entre Rio e São Paulo e você embarcava no primeiro vôo não importava com que companhia fosse.

Meu amigo Ivan da Varig veio transferido para São Paulo e trabalhava na Coordenação de Vôo da Ponte Aérea e ter um amigo lá tinha suas vantagens, porque ele sempre conseguia fazer algo diferente, como embarcar no primeiro avião, mas por duas vezes essa gentileza dele foi inesquecível.


Meu primo que morava no Rio fez uma operação no coração muito séria em São Paulo e no dia que ele ia embora eu fui ao aeroporto e avisei ao Ivan o que estava acontecendo e além do embarque imediato e meu primo e a esposa tiveram mimos muito especiais.


Levaram eles para embarcar antecipadamente e naqueles aviões havia uma espécie de salinha na cauda onde os acomodaram. Assim que o avião levantou vôo o comandante saiu da cabine e veio sentar e conversar com eles quase até a hora de pousar. As comissárias apareciam frequentemente para oferecer algo e a surpresa maior ainda viria.


Assim que as portas do avião foram abertas, na porta do avião, no alto da escada, estava o sogro do meu primo que foi localizado pelo pessoal da Ponte Aérea e levado para o avião receber a filha e o genro.


Para meu primo aquilo foi muito especial e para mim uma emoção que toda vez que eu me lembro volta com força.


Doutra vez foi comigo voando para São Paulo com minha ex-mulher e minha filha ainda pequena. Eu não tinha pressa para sair, mas abrem-se as portas do avião e num instante eu escuto meu nome. Meu amigo Ivan estava do lado da poltrona com um cobertor para minha filhotinha e um carro esperando ao lado do avião.


Pensei com carinho em meu amigo Ivan, com quem não tive mais contato esperando e desejando que tudo de bom esteja acontecendo em sua vida.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

MRS. MAGOO



Foi na visita à esposa de um amigo no hospital que eu ouvi falar da Dona Consuelo, que não enxerga direito, como o personagem de um antigo desenho animado, Mr. Magoo, que não enxergava direito e vivia, sem sequer perceber, se metendo em confusão por causa disso.

O fato é que ela estava ajoelhada no corredor do Hospital São Rafael, em Salvador, de mãos postas rezando para a parede quando alguém perguntou a ela o que estava fazendo e ela respondeu que estava rezando para Nossa Senhora, incomodada porque a pessoa a estava interrompendo e não estava respeitando a imagem da santa.


Foi quando a pessoa percebeu o que estava acontecendo e disse:

- Levanta daí Consuelo que você está rezando para um extintor de incêndio!!!

COMO SE ROUBA COISAS DOS OUTROS NA INTERNET

E eu acabei de fazer isso com essa foto. 
Então nem posso reclamar, mas o que me chama a atenção é que muitas fotos minhas que publiquei aqui no blog são usadas por outras pessoas e aparecem nas primeiras posições numa busca do Google, sendo que algumas em outro site que usou a minha foto.

Fotografei a Cláudia Ohana, que tem muitas imagens na rede, numa peça e na pesquisa do Google aparece uma dessas fotos ali pela posição 60 hoje, mas em um site de outra pessoa que usou minha foto tirando daqui.


Outras fotos minhas aparece o blog mesmo como digitando: Lucia Veríssimo em Usufruto aparecem muitas fotos minhas e algumas outras pessoas conhecidas também.


Mas também sou culpado de ter usado fotos de outros que são a primeira resposta em imagens e remetem ao meu blog.


Então, nada do que reclamar.

Só estou constatando.

EU ADORO UMA PRINCESA


Eu adoro uma princesa.
E nesses últimos dias eu encontrei duas.

Duas frases são recorrentes na minha vida.

Uma delas a frase de Caetano Veloso:
"Não me amarra dinheiro não, mas elegância".
A outra é: 
Beleza me comove.

O fato é que quando as duas coisas se juntam, beleza e elegância eu posso ficar ali horas, porque me dá muito prazer quando essas duas coisas andam juntas numa mulher.


Estava viajando e encontrei duas mulheres muito bonitas e simpáticas, com isso, princesas. Uma num voo para Recife. Uma chefe de cabine da Azul. Perguntei se podia fotografar e ela não só me permitiu como foi extremamente simpática.  Era bonita sim mas só percebi quanto no Facebook quando as reações às fotos dela foram muitas e intensas.


A outra foi a Fernanda que encontrei no escritório da Administração da Ilha de Fernando de Noronha umas três vezes. Bonita, simpática, atenciosa, bem vestida e com isso, princesa.


São ocasiões que se eu não fosse eu mesmo, eu teria inveja de mim.


Não tem jeito.

Não precisa ser minha, mas eu continuo gostando delas, as princesas.  

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

O PASSEIO DE CATAMARÃ NO CENTRO DE RECIFE


Você está em Recife procurando algo interessante para fazer e ouve falar do passeio de catamarã e fica pensando se vale a pena. Eu digo que sim, o passeio é relativamente curto mas muito interessante.
O pessoal da empresa é extremamente simpático e competente desde o atendimento por telefone, ao motorista do micro-ônibus que vai buscá-lo e levá-lo de volta a seu hotel e ao gerente que aparece nesta foto.
Passamos por baixo de cinco pontes na ida e na volta e na primeira, como a maré estava bem alta dava para tocar a ponte.

Tivemos uma visão completamente diferente de vários pontos turísticos da cidade, como acima o Shopping Paço Alfândega.




                                O Palácio Campo das Princesas 
A Garça-Azul




                 O guia extremamente competente, falando o suficiente.






      Armazéns do Porto, o polo gastronômico, visto por um outro ângulo.


                       Parque das Esculturas de Francisco Brennand

Coluna de Cristal
                              Armazéns do Porto dum outro ângulo


                              Recife moderna do outro lado do rio

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

CUMPRINDO MINHAS PROMESSAS


Se estava me chamando eu vou.

E se eu prometi que ia fazer, eu vou fazer, antes de ir.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

CONFIAR EM QUEM NÃO SE CONHECE

É um risco calculado e pequeno.

Resolvi que estava na hora de trocar de carro e depois de um tempo de uma vida e um carro muito simples e pensar muito num carro pequeno novo, resolvi comprar um carro usado igual ao que eu tinha quando mudei de São Paulo para uma cidade do interior da Bahia.

Aqui não há muita oferta e além disso os preços são altos. O último carro que comprei foi numa capital a 700 quilômetros de onde vivo e foi uma decisão muito acertada. Até hoje o carro que era quase novo, continua novo, mas estou querendo um pouco mais de conforto e espaço.


Pesquisei bastante usando a Internet e acabei me decidindo que, se fosse usado, o próximo carro também viria de lá e comecei a pesquisar as alternativas até me fixar no carro que já tive e nos tempos bicudos que estamos passando pude fazer isso com muita calma e ver o preço de quem estava anunciando baixar e hoje baixou mais ainda.


Conversei com a pessoa e procurei ver se ele conhecia alguém da região onde estou vivendo porque se ele conhecesse alguém daqui seria fácil encontrar alguém que conhecesse o conhecido dele e ter alguma referência. Não tinha.


Mas eu já havia conversado com ele antes e hoje o preço ficou mais interessante e a conversa foi boa e me convenceu a dar um sinal pequeno, simbólico, porque eu ainda acho que podemos encontrar pessoas boas nessa vida.



quarta-feira, 16 de novembro de 2016

ELEGÂNCIA PARA BRIGAR

Estava conversando com uma irmã quando ela me disse que admirava muito o fato de minha ex-mulher, mesmo depois do fim do casamento, nunca ter dito alguma coisa ruim a meu respeito.

Mas, ao mesmo tempo, ela pode dizer a mesma coisa a meu respeito.

Não tenho nenhum motivo para dizer uma palavra ruim a respeito da minha ex-mulher.

Lembro que logo após o rompimento estive com um amigo meu para a casa de quem fizemos a última viagem juntos e depois de um tempo conversando ele soltou a frase:


- Vocês são elegantes até para brigar! 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

SABER QUANDO NÃO PRECISO IR

Era um show de música que aparentava ser muito bom para ir. Pelas informações do dia seguinte foi mesmo. Um show tranquilo da forma como estou me sentindo, mas eu estava cansado e não muito animado para ir. Fiquei em casa esperando a hora do inicio para ver se eu me animava, mas eu estava cansado, não estava no espírito.

Deu a hora e eu fiquei mais um pouco ainda querendo me animar. Eu Não havia comprado ingresso antecipado.


Resolvi não ir e mesmo sabendo que o que eu perdi foi muito bom, ficar em casa sozinho foi bom também.

O MUNDO ESTÁ GAY!


Já faz um tempo que isso aconteceu.
Acho que eu preciso desse tempo para falar do assunto.

Eu estava saindo de um show porque eu achei que já tinha sido suficiente para mim quando ela me chamou. Eu a conhecia e gostava de vê-la mas era só isso. E ela me disse que a gente precisava se encontrar, fazer alguma coisa e eu, que tenho olhos verdes, mas tenho um fraco por morenas de olhos verdes, carente de afeto comecei a sonhar com ela. Trocas de mensagens, um café e vinha sempre a música "Gatas Extraordinárias" na minha cabeça:


" O amor me pegou

E eu não descanso enquanto não pegar
Aquela criatura
Saiu na noite à procura
O batidão do meu coração na pista escura
Se pego, ui...
Me entrego e fui
Será que ela quererá
Será que ela quer
Será que meu sonho influi
Será que meu plano é bom
Será que é no tom
Será que ele se conclui
E as gatas extraordinárias que
Andam nos meios onde ela flui
Será que ela evolui
Será que ela evolui
E se ela evoluir, será que isso me inclui
Tenho que pegar, tenho que pegar
Tenho que pegar essa criatura"

Depois de um tempo descobri que ela tinha uma namorada e que aparentemente eu não ia namorar, porque eu não queria só pegar, aquela criatura e dividi a descoberta com minha filha com quem converso sobre tudo dizendo que eu achava que onde estou morando eu estava vendo mais meninas gays do que eu via em São Paulo e minha filha, na sabedoria dela me disse:

- Não é não pai, o mundo tá gay!

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O QUE EU QUERIA DIZER SOBRE MINHA MÃE


Meu pai morreu aos 52 anos. 
Minha mãe tinha na época 46 anos e estava cursando faculdade de História. Para ela ficaram cinco filhos com idades de 24, 22, 20, 18 e 17 anos, nenhum seguro de vida e um apartamento de quatro quartos com uma sala enorme que era um  outro apartamento.
Meu pai era um sonhador.  Minha mãe uma realista. Depois da morte de meu pai ela viveu mais 38 anos e morreu em 2014 com 84 anos. 
Do começo dessa outra vida até 2014 ela terminou a faculdade, se tornou professora  da UFRJ, fez por sua conta uma obra que dividiu o apartamento em dois, um de três e outro de dois quartos, comprou quatro outros apartamentos pequenos e vendeu um deles,  manteve morando com ela a filha Lilia e depois desde o nascimento a neta Bárbara, viajou muito  e quando morreu ainda deixou uma aplicação onde cada um dos filhos e a Tônia, viúva do Fábio, receberam  cada um uma parte.
Nós, os filhos, achávamos que ela era econômica demais. Deveríamos ter aprendido mais com ela. Uma prima que morou com mamãe por um tempo me disse que nunca faltou nada.
Mamãe tinha a admiração  de nossas primas de ambos os lados da família e de muitas outras pessoas com quem falei e que me contaram coisas que eu não sabia, entre outras, que  quando ela voltava para a cidade dela vinda do colégio era sempre um acontecimento porque ela sempre fazia algo acontecer, como teatro, por exemplo.
Ana Vitória, nossa prima, a quem chamo de sexta filha porque saía muito com mamãe e quando eu lhe agradecia por isso ela me dizia que fazia isso não como sendo um favor mas porque achava mamãe sempre muito antenada com os acontecimentos e por isso uma pessoa muito interessante.
A iniciativa e o interesse de ir morar num grande centro como o Rio de Janeiro foi dela.  Meu pai com quem ela já era casada sempre se definiu como um sertanejo. Tio Manoel irmão mais velho dele foi um sucesso como homem de negócios e depois de meu avô paterno assumiu o papel de patriarca.

Mamãe, como cada um de nós, não era perfeita mas foi uma lutadora e uma vencedora e merece todo respeito.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

A TRISTEZA E A VERGONHA POR ATOS DE OUTRA PESSOA


Só consigo parar de falar num assunto quando para mim ele está resolvido. Há um assunto no qual eu parei de falar e sobre o qual ainda não escrevi  de forma clara nessa minha terapia para dar um fechamento, mesmo que esse fechamento seja judicializar uma questão de família.

Sei que não falei disso de forma tão aberta porque eu fico com vergonha mas não sou eu quem deveria sentir vergonha mas sim alguém que parece incapaz de saber o que é esse sentimento e que toda vez que é pega numa mentira conta uma outra. Mas agora vou escrever sobre tudo.

Depois de muito refletir e tentar evitar soluções desagradáveis e mais demoradas para todos, inclusive para mim, o fato de decidir o que fazer me tranquilizou mas ainda assim eu buscava mudar de ideia porque quando vemos algo como isso acontecer com famílias da quais gostamos nosso pensamento é de que preferíamos que aquilo não estivesse acontecendo.

Não é diferente comigo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

ESSAS PEQUENAS GENTILEZAS QUE FAZEM A VIDA MELHOR

Num dia pedi um late check-out no hotel onde estava e num instante, com uma consulta rápida ao computador pelo recepcionista, sem nenhuma dificuldade consegui. 

No dia seguinte fui a uma loja onde iria buscar três volumes já comprados e ocupariam bastante espaço e também exigiriam um pouco de criatividade para colocar num carro pequeno e estava muito interessado se iriam caber junto com umas cadeiras nas quais eu havia ficado muito interessado. Para isso a primeira coisa que fiz foi ir a expedição de mercadorias explicar minha questão. O funcionário de quem eu apenas esperava uma resposta saiu de lá e foi comigo ao interior da loja que é grande e tem muitos ambientes para ver do que se tratava exatamente. Só não levei as cadeiras porque as que constavam na hora do pedido já estavam vendidas, mas admirei a boa vontade.


Dali saí para a estrada e algumas horas depois resolvi almoçar num lugar onde eu me lembrava ter experimentado algo muito interessante da churrasqueira. 

Foi tão bom quanto da primeira vez e eu quis levar para ter novamente o prazer de comer um pouco mais de algo que eu havia gostado tanto. Não havia muito mais naquele espeto e o dono do restaurante estava passando por ali e me disse que em mais algum tempo ele teria um novo espeto mas eu achei que não era o caso de esperar então eu levaria o que não era muito mas estava pronto. Ele disse então que não iria nem cobrar. 
Eu não o conheço. Não sou um cliente frequente e era a segunda vez que eu estava passando ali em oito meses.

Lembrei do dia que estava na fila do caixa com o livro O Mundo em Infográficos quando um rapaz me perguntou se era mesmo o último. Eu disse que era, mas que se ele quisesse eu não me incomodaria de ceder para ele. Cedi e umas semanas depois encontrei na mesma loja o meu exemplar também em oferta. Parece que era para eu ter o meu.


O que aconteceu comigo foram coisas pequenas feitas por pessoas que eu não conhecia e que tornaram minha vida mais agradável e que vão fazer com que eu continue a fazer as pequenas coisas para que a vida das pessoas com que tenho contato seja melhor, mesmo que eu não as conheça.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

UMA PROFESSORA INESQUECÍVEL

Minha filha diz que eu não esqueço disso. 
Hoje eu lembrei novamente, mas faz muito, muito tempo.
Ela estava nos primeiros anos de escola e houve uma reunião de pais e eu estava lá quando a professora dela me disse:
- Essa menina é linda! e emendou:
- Essa menina é a cara do pai!
Posso esquecer?

E lembrei de uma estória que eu conto como se tivesse presenciado, do pai que também foi a uma reunião no colégio do filho pequeno e levou o filho para ver a professora do ano anterior. 

Há de se dizer que a professora era um sonho de tão bonita e chegando na sala o pai disse a ela que o filho tinha falado que não podia ir a reunião de pais sem ver a professora do ano passado.
Foi quando o filho puxou o pai pela calça e disse:

- Ô pai, quem disse isso foi você!