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domingo, 25 de fevereiro de 2018

AS NOSSAS ROSAS E A LIÇÃO DO PEQUENO PRÍNCIPE

Assim o príncipezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.

Não soube compreender coisa alguma! 

Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras.

Ela me perfumava e me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. 
São tão contraditórias as flores! 

Mas eu era jovem demais para saber amar . 

SER EDUCADO OU SER FELIZ ?



(Um texto de 2012 que tinha ficado em rascunho)

Hoje eu tinha uma festa numa cidade próxima, aniversário de um amigo do grupo que tenho frequentado. Começava no almoço, e tinha combinado que iria sózinho, já que meu hóspede disse que não queria ir, mas havia me deixado livre para ir. Acabei não indo porque me senti obrigado a ficar com meu amigo e fazer um programão de índio, já que ele disse algum momento desta manhã que ainda não tínhamos ido ao teatro ou coisa assim.


Ele chegou na quarta, fui buscá-lo, fomos almoçar e ficamos conversando desde uma da tarde hora até as nove da noite. Conversando significa ele falando e eu ouvindo quase que o tempo todo. Quinta eu trabalhei mas estive com ele no meio do dia e fui deixá-lo no metrô e sexta passei parte da manhã ao telefone comprando ingressos para ele, para coisas que eu não queria ver, até porque já havia escolhido o que ia fazer no fim de semana, e almoçamos aqui perto.


Mas lá fomos, 25 de Março e depois ele queria ir a Praça Benedito Calixto e almoçar lá onde sugeri o Consulado Mineiro, pensando no Capim Santo.


Depois de três horas na região da 25, e não é a primeira vez que faço isso com ele, fomos para Pinheiros e no caminho sugeri até outro restaurante, mas ele queria ir a Benedito Calixto, então fomos e quando chegamos chovia. No Consulado Mineiro muita gente e ele já queria desistir na porta, mas como teríamos preferencia para ter uma mesa, ficamos por um tempo esperando e ele não quis ir andar na feirinha da praça, que tinha uma cobertura plástica entre as barracas para evitar a chuva, até ele sugerir que fôssemos embora. Fomos, mas não antes que ele desse um pequeno esfrega na funcionária do restaurante por não ter arranjado logo a mesa.


Não gosto dessas coisas.

Me incomodam. Deixei ele lá falando e fui esperar lá fora.
Acho que você pode dizer tudo que precisa dizer, sem subir o tom. E detesto barracos, mesmo que sejam barraquinhos, principalmente quando não há necessidade deles. Ano passado uma moça andou me escrevendo umas coisas, sem que houvesse nada entre nós e uma das coisas que ela escreveu é que também sentia falta dos banzés que não haviam acontecido.
Ela não tem idéia como aquilo me assustou, mais do que qualquer outra coisa. Não gosto de banzés, odeio confusão e gosto mesmo é das boazinhas

No meu casamento cheguei ao ponto onde preferia as conversas que pudessem chegar a algum lugar e procurava evitar discussões desnecessárias. E saía de perto quando ouvia algo que não ia levar a nada de bom. Não sei se ela também sentia falta dos banzés, mas eu não sinto e não quero.


Já fui explosivo, muito diferente do que sou hoje. Acho que foi uma evolução. Sem deixar de me colocar, acho que consigo mais com suavidade. Ainda posso perder o controle, mas isso é cada vez mais raro. E me incomodo se me lembro de algum episódio onde me faltou elegância.


Acho que não consegui esconder o incômodo e além de estar ficando tarde aquilo me esgotou tanto que acabei desistindo da festa que implicava também em hora e meia de carro. Quando meu amigo percebeu que eu não tinha ido veio conversar e já que provocou o assunto acabei falando sobre o que ontem havia pensado, mas não falado.


Normalmente o que aconteceria seria eu ficar calado, segurar a onda e exercitar a paciência e pensando que não é frequente ele estar aqui. Nunca teria falado nada, mas achei ótima a conversa porque pude me colocar calmamente e falar de tudo que me incomodou. Da última vez que veio havia feito apenas um rápido comentário a respeito do cansaço com a filhotinha. Talvez duma próxima eu não precise sentir esse cansaço e faça apenas o que não me incomode tanto.


A única coisa que não teve conserto é que eu teria ficado contente de ter ido ficar com os outros amigos. Eles estavam dizendo agorinha que estavam sentindo minha falta.

A educação falou mais alto, mas, por mais delicadezas das quais eu tenha sido alvo por parte desse amigo, eu preferia ter dado mais atenção à felicidade.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

VIAJAR PARA SER FELIZ

Foi num filme.
Um dos dois de um casal mais velho falava:
- Nós éramos muito jovens. Ainda não sabíamos que para ser feliz era necessário viajar.