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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ME DEIXA MORRER...


Uma pessoa que me conhecia muito bem disse uma vez para meus "outros pais" que quando eu ficava triste eu precisava ir para estar com eles.
Desta vez eu precisava estar com eles, mas para o funeral dele, que vinha sofrendo as sequelas de um derrame sério. Ele, uma pessoa extremamente ativa para os seus oitenta e dois anos vinha sofrendo muito com a dependência total de outras pessoas para tudo.

Eu nunca ouvi dele, porque nunca me disse isso, mas disse para muitas pessoas e muitas vezes que queria morrer. Estava cansado daquilo tudo. Faziam poucos dias que eu tinha pensado nisso e cheguei a pensar que se desse a ele um placebo qualquer dizendo que era aquilo que ele deveria tomar se quisesse morrer, se ele tomaria.

Pensei na situação em que ele se encontrava várias vezes e é outra dessas situações que eu penso insuportáveis, mas ele passou por muitas outras que eu não sei se sobreviveria a elas.

Sempre achei que uma das coisas mais anti-naturais da vida é perder um filho. Sempre imaginamos que devemos ir primeiro que os nossos e ele perdeu uma filha e um filho com um espaço de anos entre um e outro. Anos mais tarde outra filha sofreu um acidente de carro, com outras quatro pessoas, uma delas, o genro, onde apenas ela sobreviveu e quando eu vi o carro, antes de chegar ao hospital, fiquei muito assustado, achando que deveríamos nos preparar para notícias não muito boas.

Há dois anos, no mesmo mês de outubro uma jovem neta querida se suicidou e isso o fez chorar muito pelos cantos. Isso o afetou muito. O derrame veio meses depois e muitas vezes tivemos dúvidas se sobreviveria à doença.
Sobreviveu e depois de meses de internação e com um lado do corpo paralisado, veio para casa e vinha tendo uma recuperação muito lenta, que não sabemos até onde iria. Ele estava cansado daquilo tudo e se tornou um doente muito irritado com aquela dependência dos outros para tudo.

A amizade que começou pelo fato de termos propriedades de fim de semana separadas por um rio e depois com o namoro com uma filha, quando comecei a chamar de pai e mãe, sobreviveu ao fim do curto namoro e transformou-se numa relação de pai e filho que se escolheram e que tinham conversas de amigos.

Perdi um amigo.
Chorei por isso, mas não foi apenas apenas triste que fiquei pelo egoísmo de querer que ele estivesse aqui porque eu ainda precisava dele. Fiquei aliviado porque ele não tem mais que viver a vida de uma forma que não estava suportando mais. Ouvi de várias pessoas que estava cada vez mais frequente ele dizer que queria morrer.

Por causa da situação em que ele se encontrava, pensei muitas vezes sobre ficar dependente dos outros para fazer as coisas mais básicas. Eu não quero isso para mim. Eu não queria isso para ele, mas quis saber a opinião de pessoas que vivem situações parecidas com pais e mães em situações ainda piores porque não conseguem mais interagir com eles de forma nenhuma e não havia um consenso. De alguns ouvi que precisavam deles vivos porque sabiam o quanto tinham sofrido com a morte da mãe, por exemplo.
Cada cabeça é um mundo mesmo.

Olhei para ele, com uma expressão que não tinha nada da angústia que ele havia expressado de alguma forma depois da doença. Parecia muito tranquilo e em paz com todas as coisas.
Eu também vou ficar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ACORDAR PENSANDO QUE É O DIA SEGUINTE

Não tenho conseguido dormir tantas horas seguidas quanto eu gostaria e voltar para a cama para recuperar um pouco durante o dia não funciona muito bem, mas hoje eu voltei para casa, coloquei uma venda nos olhos e dormi profundamente.
Até sonhei.

Quando tenho esses dias seguidos de dormir quando dá para dormir, quando acordo já aconteceu de pensar que já é o dia seguinte. Se eu dormi e acordei, faz sentido pensar que é o dia seguinte.

Uma vez quando eu era um garoto e cheguei tão cansado do colégio que fui dormir e mais tarde acordei pensando que era o dia seguinte e vesti o uniforme do colégio antes de ir tomar o café da manhã, quando todos se preparavam para o jantar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A MELHOR MANEIRA DE RESISTIR A UMA TENTAÇÃO



Dizem que é não vê-la.

Sempre me lembro de quando eu estava comendo bem direitinho e indo à academia quase que diariamente, um amigo que sempre que vinha ao Brasil dava vazão à gula, ter comentado quando saímos dum de nossos jantares, que ele não tinha nenhum controle sobre si mesmo e eu me orgulhei do meu. Hoje não posso ter esse mesmo orgulho

Um tia me disse uma vez que depois do almoço ela tinha que comer algo doce. Nem que fosse uma bala. Nunca esqueci daquilo, porque achava que era uma informação importante para agradá-la, mas nunca acho que você tem que comer isso ou aquilo. Mas mesmo que eu não diga que tenho que comer, o tal do docinho está nos meus hábitos e todos os dias tenho que ter a minha dose de açúcar.

De novo a teoria funciona melhor que a prática.

Por esses dias vi essa notícia, acho que no MSN:
"Por isso também resistir a elas dá um trabalho danado, como mostra um estudo realizado pelo California Institute of Technology (Caltech), nos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que a vontade de comer algo e a resistência a essa tentação são controladas por áreas diferentes do cérebro humano.

O resultado é um conflito interno poderoso e um atraso na resposta quando a razão diz que é melhor resistir, evitando mais calorias do que sua dieta permite. "

Estou querendo conseguir que essas duas áreas do cérebro falem uma com a outra.

Vi em reportagem dessa semana que em muitos produtos industrializados há um excesso de sódio, sendo um dos campeões desse excesso o queijo parmesão.
Eu gosto muito de salada e algumas coisas que experimentamos em algum lugar que ficam marcadas. Lembro de uma salada Juliana de uma delicadeza incrível. Tudo cortado muito pequeno e muita variedade nos sabores. Levei a ideia para casa.

Quando eu faço uma salada, com aquela mesma variedade de sabores, além do sal no molho, gosto de colocar parmesão e batata palha extra-fina. O excesso de sódio nesses componentes diminui o benefício que a salada traz.

Está mais do que na hora de conseguir diminuir o sal e açúcar em tudo e resistir à tentação de realçar esses sabores na hora de comer. 

Um dia como o de hoje onde consegui fazer o que eu queria fazer, me faz ter esperanças em mim mesmo.

domingo, 21 de outubro de 2012

PROJETO EM ANDAMENTO

Tenho tido boas intenções em relação a mim mesmo quanto a muitas coisas, mas tenho que admitir que existe uma diferença entre a teoria e a prática.
Preciso de mais prática, a teoria já está ótima!

Não tenho tido a capacidade de manter as rotinas que eu gostaria de manter para muita coisa.


Se eu pudesse escolher duas qualidades para um filho seriam persistência e foco e continuam me faltando as duas.

Para muitas coisas imagino e até começo com muito boa intenção uma rotina que não consigo manter com a regularidade que eu gostaria. Depois não me vejo fazendo algumas coisas da forma como eu me tinha proposto a fazer. Desde as mais simples até as mais importantes.

Acho que sou um projeto em andamento, mas eu gostaria de ver esse projeto mais adiantado do que está antes de chegar a hora que eu não vou mais ter tempo para isso.

SENDO MAL EDUCADO COM A EX


O coquetel comemorando o aniversário de uma amiga esta semana foi oferecido pelo ex-marido, que não estava lá, num lugar que o filho frequenta muito. Achei aquilo bonito. Estou me sentindo ainda longe disso, mas tenho pensado no assunto, o que me coloca mais perto.

Não abraço por abraçar, nem abraço qualquer um.

Abraço com vontade e não tenho pressa de "desabraçar" e toda vez que encontro com minha ex-mulher a trato como se fosse uma estranha. Não sou capaz de abraçá-la nem de tratá-la de uma maneira menos "seca". Depois da separação tivemos más experiências em nossos contatos e por isso, e muito pela minha incapacidade de fazer diferente e pela falta de vontade que as más experiências se repitam, as conversas são o mais breve que seja possível.

Tenho pensado nisso desde que nos encontramos numa festa de aniversário e ao me despedir da cunhada da minha filha, com quem não tenho muito contato, a abracei e me despedi da minha ex-mulher, que estava ao lado dela com um curto tchau.

Não acho que seja muito educado mas talvez eu esteja me curando dessa indelicadeza da minha parte porque, pelo menos, tenho pensado no assunto.

EQUILIBRIO ENTRE TRABALHO E LAZER



Estresse cansa também.

Eu tinha duas amigas que iriam cantar na Brooklin Fest e estava indo para lá encontrar um grupo de amigos quando meu telefone tocou com uma solicitação de um cliente que está aqui essas duas semanas. Pedi para dar uma resposta em dez minutos. Nesses casos a minha vontade é sempre dizer sim, mas fazer isso significaria desistir de encontrar os amigos.


Fiquei um pouquinho dividido. O trabalho não tinha muito peso, mas esse senso de responsabilidade é horrível.


Eu só precisava de um empurrãozinho. Tive, então fui para lá e fiquei. Encontrei os amigos, bebi o suficiente, fotografei e depois voltei para casa e dormi por um pouco.

Eu preciso de mais equilíbrio para as minhas coisas. Me dar direitos.

Quando você trabalha para você mesmo e tem responsabilidade você esquece um pouco dos prazeres.

Estou querendo lembrar.

Toda hora que eu penso em fazer alguma coisa penso que não posso ou não devo. E assim a vida está indo. Neste instante estou querendo ir ali e ser feliz por um pouquinho. Pegar um navio por uma semana, coisa que eu nunca fiz, ou tirar um novo passaporte, já que tirei um novo há quatro anos e não usei e passar uma semana nos parques da Flórida.

Continuo gostando disso,

Acho que se eu for, quando eu voltar o mundo ainda vai estar aqui.

sábado, 20 de outubro de 2012

DESEJAR OLHANDO A ESTRELA MAIS BRILHANTE

Uma amiga me contou uma estória que quase me fez chorar.
Em determinado ponto da conversa eu disse a ela que eu estava querendo aprender a desejar e para isso desejar a mesma coisa todos os dias, como um caminho para fazer com que algo acontecesse. Tenho escrito sobre isso.
Acho que desejar a mesma coisa é uma forma de oração.
Ela me contou que foi ensinada a desejar escolhendo uma estrela no céu para direcionar seus pedidos e que agora ela nem queria mais desejar nada, porque quando conseguia, aquilo que tinha desejado tanto não se revelava tão bom quanto ela imaginava.

Outra amiga recente me havia dito que queria contar as estórias dela para alguém que escrevesse e eu gostei demais da idéia e tínhamos ficado de combinar de nos encontrar para isso. Mas, pelo que eu ouvi esta semana, acho que não vai acontecer tão cedo.
Acho que ela estava desejando muito alguma coisa que aconteceu.
Ela agora separada e com dois filhos falava com muita saudade do tempo de colégio e agora está namorando um colega de colégio daquele tempo que ela lembrava como uma época muito feliz na vida dela.
Eu acho que ela desejou muito a mesma coisa.

Mas vamos voltar a minha outra amiga e sua estrela.
Ela desejava da maneira que a haviam ensinado e morava no apartamento certo porque, da janela dela ela via uma estrela muito brilhante, muito devido ao astigmatismo que ela tinha e dos óculos que ela não sabia que precisava.
Ela escolheu aquela estrela para fazer os seus pedidos.
E aquilo que ela desejava muito acabava acontecendo.

Quando ela foi ao oculista, e voltou para casa com os óculos foi, como sempre, desejar olhando sua estrela mais brilhante e descobriu que sua estrela especial era uma torre de emissora de televisão.

Como eu dizia no começo, uma amiga me contou uma estória que quase me fez chorar.
De tanto rir!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

NÃO SOMOS TÃO ESPERTOS



Olhar novamente para o mesmo fato, passado algum tempo, nos dá outro entendimento, principalmente se estamos dispostos a rever nossas explicações para o fato.

Se temos alguma habilidade de expressão, as palavras com que explicamos as situações enganam a nós mesmos e aos outros já que muitas vezes nos explicamos melhor do que entendemos realmente.

Quando olhamos novamente vemos de uma outra forma a mesma coisa e entendemos diferentemente porque estamos dispostos a sentir diferentemente também.

E não nos sentimos tão espertos como pensávamos.


CANSADO DE TUDO, COMO CLARICE...

Num desses dias tive notícia de que algo que estou esperando acontecer não vai ser nem tão bom nem tão rápido como eu desejava.
O primeiro pensamento é para a falta de preocupação dos outros com a nossa pressa de resolver a nossa vida.
Posso pensar em três assuntos, para mim importantes, que não estão dependendo de mim especificamente.
E dias em que estou mais cansado, dá um cansaço de tudo, parecendo que não vou chegar ou que quando chegar será tarde.
Esta semana, de dias loucos, numa tarde, numa conversa com uma amiga ela perguntou como eu estava eu falei da melhor definição de chato que eu ouvi que " é aquela pessoa que você pergunta "como vai" e ele explica. Então, que eu estava bem.
Ela, muito boazinha, disse que chato é quem não tem assunto.

Tem um texto de Clarice Lispector, que não me identifico com ele todo, mas gosto de dois pedacinhos, que aqui vão:


Mas o pior é o súbito cansaço de tudo. Parece uma fartura, parece que já se teve tudo e não se quer mais nada. Cansaço dos Beatles. E cansaço também daqueles que não são. Cansaço inclusive de minha liberdade íntima que foi tão duramente conquistada.
...
Simplesmente não a quero. Vou dormir porque não estou suportando este meu mundo hoje, cheio de coisas inúteis.

Clarice Lispector

CHEIRO CHARUTO NÃO AGRADA TODO MUNDO!



Ontem fui ao aniversário de uma amiga num café especializado em charutos aqui e esse foi o detalhe ruim da coisa. Um monte de gente fumando dentro de um lugar fechado, para mim, hoje só é suportável quando há algum motivo para isso e nunca será por minha escolha.
Estávamos numa área fechada para aquele coquetel, e no começo ninguém estava fumando, mas com o passar do tempo os fumantes do nosso grupo começaram a ficar totalmente à vontade para fumar e nos defumar, inclusive charuto, mesmo alguns que víamos que não fazem isso nunca.

Foi acontecendo devagar e me mostrou como devemos prestar atenção que algo que não gostamos pode vir se insinuando até vermos que está acontecendo numa intensidade que não imaginávamos quando começou.


Não fui o único a me incomodar com aquilo. 
No final da noite uma amiga estava me contando toda a logística que o cheiro impregnado nela e nas roupas iria exigir antes de ir dormir. E uma terceira se juntou a nós.

Algumas vezes, somos educados, mas na maior parte das vezes somos parciais.
Somos mais tolerante com nossos amigos
Mas estou ficando velho.
Preciso de muito tempo para poder aguentar uma outra dessas.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O LIVRO DOS ITENS DO PACIENTE ESTEVÃO



Uma das dúvidas que eu tenho quando penso que vai chegar o momento onde, mesmo que eu não faça isso, vou poder pensar na conveniência de mudar daqui para fazer alguma coisa diferente, é se o lugar tem dessas coisas que passaram a ser necessárias para mim.
Teatro, música e dança.
Eu sou um consumidor disso. Se passo, mesmo que pouco tempo, sem ver, começo a sentir falta. Não sei como seria estar em algum lugar onde não tivesse. Seguramente eu me adaptaria, mas sei que me faria falta.

Haviam duas peças que eu vinha pensando em ir e hoje, depois de ter passado o sábado quietinho me recuperando da sexta achei que era o dia que eu podia ir ver essa peça que tem cinco horas de duração e apenas vinte minutos de intervalo.

Eu nunca tenho a expectativa de que uma peça que dura cinco horas, vá me agradar durante as cinco horas. Para mim é certo que algum momento eles vão perder a mão. Não foi diferente hoje, embora boa parte do tempo eu tenha gostado.

Fevereiro deste ano assisti a Banda Hamlet que é formada por vários atores que pertencem a diferentes coletivos de teatro. Semana passada fui a uma Leitura Dramática da Lucienne Guedes Fahrer e hoje, nessa peça, encontrei dois outros membros da Banda. Um atuando e outra, acho que foi vê-lo.

Toda peça tem no texto alguma coisa que me chama a atenção.
Às vezes é uma situação, outras é apenas uma frase que naquele momento serve para mim.
Na peça " O Livro dos Itens do Paciente Estevão" foi o Danilo Grangheia, quem teve o texto que ficou em mim.

Na peça o personagem contava que quando criança demorou muito tempo para falar e que a primeira que disse alguma coisa foi quando viu o mar e um navio pela primeira vez.
A frase foi:

"- Eu quero barco!"

Contava então que a família  ficou muito alvoroçada com o fato dele ter finalmente dito alguma coisa e no dia seguinte levaram ele para um passeio marítimo de um dia e que depois de um tempo navegando ele disse a segunda frase de sua vida:


"Chega de barco!"


E completava o texto, dizendo que é nisso a vida se resume:


"Eu quero barco!" e

"Chega de barco!

E não é que o resumo da vida é exatamente esse?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

HO´OPONOPONO




Ho’oponopono significa simplesmente “acertar o passo” ou “corrigir o erro”.

De acordo com os antigos havaianos, o erro provém de pensamentos contaminados por memórias dolorosas advindas do passado. Ho'oponopono oferece uma forma de liberar a energia desses pensamentos dolorosos, ou erros, os quais causam desequilíbrio e enfermidades.

No desenrolar do processo Ho'oponopono,  as três partes do eu,  são a chave para a Auto-identidade. Essas três partes, presentes em cada molécula da realidade, são chamadas de:
Unihipili (criança/subconsciente),
Uhane (mãe/ consciente) e
Aumakua (pai/superconsciente).

Quando esta “família interna” encontra-se alinhada, a pessoa está em sintonia com a Divindade, acontece o equilíbrio e a vida começa a fluir. Assim, Ho'oponopono auxilia na restauração do equilíbrio, primeiramente no individuo e depois em toda a criação.

O problema ocorre quando nossos pensamentos estão impregnados de memórias dolorosas a respeito de pessoas, lugares ou coisas.
Quando você faz Ho'oponopono, o que acontece é que a Divindade pega os pensamentos dolorosos e os neutraliza ou os purifica. Não se trata de neutralizar ou purificar a pessoa, o lugar ou a coisa. O que fica neutralizada é a energia que está associada a pessoa, lugar ou coisa. Portanto, o primeiro estágio de Ho'oponopono é a purificação da energia.
Então, eis que algo maravilhoso acontece. A energia não é apenas neutralizada; ela é também liberada, e tudo fica limpo. Os budistas chamam de Vazio. O último passo é permitir que a Divindade entre e preencha o vazio com luz.

Para fazer Ho'oponopono, você não precisa saber qual é propriamente o problema ou o erro. Você só tem que se dar conta de que está tendo um problema, seja ele físico, mental, emocional ou qualquer outro. Tão logo você o perceba, é sua responsabilidade começar imediatamente a limpeza, dizendo: “Sinto muito. Perdoe-me, por favor.”

Ao fazer o Ho’oponopono você pede a Deus, a Divindade, para limpar, purificar a origem destes problemas, que são as recordações, as memórias se repetindo em sua Mente Subconsciente. Você assim neutraliza a energia que você associa à determinada pessoa, lugar ou coisa. No processo esta energia é libertada e transmutada em pura luz pela Divindade. E dentro de você o espaço liberado é preenchido pela luz da Divindade. Então, no Ho’oponopono não há culpa, não é necessário reviver sofrimento, não importa saber o porquê do problema, de quem é a culpa, ou sua origem. A sua responsabilidade está em não permitir que o padrão se repita, gerando mais problemas, perpetuando a condição de sofrimento. Isso porque o ser humano só pode viver de duas maneiras: uma, pela programação adquirida, memórias se repetindo, a outra pelas inspirações, que são divinas.
“Divino Criador, pai, mãe, filho em Um...
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofendemos, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão...
Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz...
Assim está feito.”

Faça esta oração em relação a qualquer problema com qualquer pessoa; ao se fazer o apelo ao Divino Criador estamos nos dirigindo à divindade que existe dentro de todas as pessoas, que é a extensão do Divino Criador.

Só é necessário isso.

Consiste em curar e perdoar primeiramente você, porque somos espelhos do mundo, o mundo reflete nossos pensamentos e ações, as pessoas refletem nossos pensamentos, ações, emoções e comportamentos.
Devemos também sempre nos lembrar que o perdão é um processo, não é um fim em si mesmo. Estamos sempre precisando perdoar algo, seja em nós mesmos, nos outros, nos eventos ou nas instituições. Portanto, tenha em mente que hoje é um bom dia para perdoar.
Falando assim, parece estranho, mas se você desejar melhorar a sua vida, você deve curar-se e perdoar-se. Se você deseja curar ou perdoar alguém, mesmo um criminoso mentalmente doente, você faz curando a si mesmo.
É tão simples!
Nada está do lado de fora, mas dentro de você, da sua mente.
Para todos e para cada um de vocês: Sinto muito, eu te amo!
Não importa que tipo de problema existe,

Parte de uma entrevista no site Ho´oponoopono

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CONSTELAÇÕES FAMILIARES

A maior parte desse texto foi tirada do site do Instituto Bert Hellinger.

Bert Hellinger desenvolveu a idéia de que nos problemas, dificuldades e doenças as pessoas poderiam estar revivendo as já vivenciadas por seus antepassados.
Propôs uma “consciência de clã” e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar.

As Constelações são uma forma de terapia, que lembra o psicodrama,  onde pessoas estranhas, convocadas a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela e o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

Hellinger descobriu a existência de uma consciência grupal comum que atua sobre um grupo bem delimitado de pessoas de cada grupo familiar.
Suas percepções abriram também as portas para aquilo que as vezes permite a solução entre tais desordens, através de um amor mais amplo, consciente, que ultrapassa os limites restritos da consciência pessoal.
É nesse âmbito que se desenvolvem as constelações familiares, buscando restaurar a harmonia entre as ordens do amor dentro de cada grupo familiar.
Isso torna então muitas vezes compreensível o comportamento de cada membro familiar, bem como encontra uma saída para a expressão de seu amor.

ABUSO DE PODER - JORGE ARAGÃO




Eu disse a você que eu tinha um amor
Quem foi que mandou você me desejar
Também adorei o que você gostou
A gente podia até continuar
Mas só que você só me quer pra você
E só com você eu não posso ficar
Porque minha outra metade na certa vai me procurar
Pois esse amor fez história no meu coração
De mansinho foi ganhando chão
Um tesouro de não se perder
E vem você com esse corpo quente de vulcão
Com esse beijo, doce tentação
Com esse abuso de poder
Você não pode me crucificar
E por favor, não me faça escolher
Que eu tenho um medo danado de te perder


Para ouvir no YouTube:  http://www.youtube.com/watch?v=KI4bwqXjLD8

UM NOVO AMOR

Hoje eu ouvi uma moça dizer que já não era mais criança e que não colocava expectativas e que não queria mais se apaixonar. Eu disse que a teoria da paixão ainda me parece muito atraente, mas que eu não me sinto pronto para assumir nenhum compromisso.

Na verdade eu quero passar longe de confusão e ainda não aprendi a ser irresponsável com os sentimentos dos outros e menos ainda com os meus.


Tava na hora de aprender.

Não dizem que enquanto não aparece a pessoa certa a gente de diverte com as erradas?

Acho que nas duas afirmações estamos enganados e talvez fosse conversa para boi dormir.

É difícil acreditar que uma mulher que não crie expectativa, nem que seja apenas do telefonema do dia seguinte e também que alguém esteja livre de se apaixonar. É só dar a chance para alguém que fale ao coração.

E acho que todos nós queremos, não importa a idade, que alguém nos fale ao coração.


Enquanto isso, ela diz que preza muito a amizade e eu penso que se é para brincar é bom continuar levando a caixinha de lápis de cor.


Se sabe brincar, desce para o Play.

domingo, 7 de outubro de 2012

TODO MUNDO PRECISA DE CARINHO


Na sexta-feira longa, o que eu fiz para me distrair me salvou da frustração de não estar fazendo o que devia. Havia ido a um show de uma amiga que acabou não sendo o que costuma ser, muito devido a ela dividir o palco com alguém que, na nossa opinião, não ajudou. Dali fui a convite de duas amigas, que também estavam lá, para outra festa na mesma cobertura que eu tinha ido há umas duas semanas e além de chegar em casa muito tarde não fui dormir imediatamente. A festa também não foi igual a outra.

Nada foi mesmo, mas eu estou fora de prumo.

Encontrei no face o recado de um amigo músico pedindo para ligar para ele.
Por um acaso, na sexta encontrei e almocei com a namorada dele, que me havia falado dum Workshop de Improvisação em guitarra que ele iria fazer no sábado à tarde e eu havia até pensado em ir, mas quando falei com ele perto do meio dia a intenção virou obrigação.

Voltei de lá cansado e passei pelo super já com a intenção de ficar quietinho em casa, mas quando estava esperando o portão da garagem abrir alguém me acenou e eu vi que era minha vizinha, muito paciente com minha música e eu perguntei que estava fazendo. Como era nada fomos tomar o café para o qual a outra vizinha tinha me convidado e batemos um ótimo papo.

Me contou do fim do namoro de três anos e de outras coisas, mas me disse que faziam minutos que tinha comentado que quando eu tinha convidado porque ia ter música ao vivo aqui em casa ela não tinha vindo e que eu nunca mais tinha convidado e aí eu apareço e convido para o café. E que tinha sido assim também no dia que a encontrei no elevador e dado uns docinhos, que não tinham destino certo quando saí de casa. Me falou que várias coisas tinham dado errado naqueles dias e nada parecia que ia dar certo, e que eu não tinha idéia de como aquilo havia melhorado o dia dela.

Tenho sim.
Não é só quando parece que nada está dando certo que não tem nada melhor que um carinho.
Não importa muito de onde ele venha.
As vezes é apenas ir a algum lugar onde te conhecem e te tratam bem.
E é nesse instante, que a gente nem sabia que precisava tanto, que algo pequeno se torna grande.

E como é necessário e bom para mim também, aquele carinho, aquele abraço ou aquele cuidado.
Tão necessário quanto comer.

Então,
Senhor,
dá-me hoje também,
o carinho nosso de cada dia.

RECEITA PARA SER FELIZ


Lembro da frase, não me lembro do filme:
"Éramos muito jovens. Não sabíamos que para ser feliz era necessário viajar."
Estou cansado, queria viajar, queria férias e não me sinto no direito embora até pudesse. É um senso de responsabilidade horrível, ao mesmo tempo que estou sendo irresponsável e muito desmotivado.
Ainda bem que não é todo dia.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

UMA PESSOA SEMPRE INTERESSANTE

Minha tia Zita está com oitenta e dois anos. Cada vez que eu a encontro é uma alegria e ela sempre tem alguma coisa para me dizer sobre algo que antes eu não havia ouvido falar e que depois vira uma febre.

Foi ela quem me falou sobre Constelações Familiares de Bert Hellinger e agora me falou de um processo de cura criado pela tribo havaiana, dos Kahunas. O método chama-se: Ho´oponopono.

Eu tenho muito prazer nessas conversas porque sempre me trazem algo novo e, além de novo, interessante.
Para não deixar no ar, depois posto alguma coisinha básica sobre os dois assuntos.

Não é fácil ter o que dizer o tempo todo.

Ouvimos todos os dias na televisão ou no rádio, pessoas que tem espaço nesses meios não conseguirem manter a bola quicando o tempo todo. E quanta bobagem que a gente ouve.

Estou meio cansado de tudo e tenho tido dias muito bestas nesta semana e estou sem conseguir reagir a isso. Eu, que tenho a ambição de não ligar, deixei que a televisão tomasse conta de mim. Hoje quando tomava café da manhã liguei a televisão e vi um pouco do programa da Fátima Bernardes.

Essa é uma que não consegue manter a bola quicando e mesmo com o socorro que tem de pessoas mais articuladas do que ela, para fazer perguntas pertinentes e inteligentes, e outras intervenções   faz com que queiramos mudar de canal, mesmo que o assunto seja interessante, quando a bola volta para ela.
Se ela não melhorar, não vejo futuro para esse programa.

Pensei nisso porque há algumas semanas vi uma moça no jornal do SBT manhã que conseguia fazer o contrário. Fazia comentários pertinentes e não se repetia ou falava frases vazias apenas para preencher o tempo. O nome dela é Neila Medeiros e veio do SBT Brasília. Não sei se veio para ficar. Nessa mesma semana tenho ouvido de vez em quando umas intervenções na Bandeirantes de  um programa chamado Saca-Rolha, que pretende ser engraçado, mas que eu acho que não achou o ponto certo.  Quando estou ouvindo a Bandeirantes fico com a impressão que eles me fizeram desperdiçar meu tempo ouvindo aquilo.


Tia Zita é dessas pessoas interessantes e que sempre tem o que dizer.

Prefiro ouvi-la.
Preciso arranjar a oportunidade para passar mais tempo com ela.

CONVITE PARA O CAFÉ

Uma das minhas vizinha é uma graça e comparada comigo é uma menina.
Disse uma vez que gostava da minha música.
Nos encontramos acho que não mais que duas vezes, como aliás, é comum aqui no meu prédio. Eu quase nunca encontro ninguém, mas esses encontros, quando acontecem, tem sido agradáveis.

Um dia resolvi perguntar dela e no dia seguinte a encontrei no elevador.

Disse que estava com saudades e perguntei se ela tem ficado muito sozinha e ela respondeu que médio e me disse para tocar a campainha para tomar um café com ela.

Cadê que eu toquei?


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

QUE SE DANEM OS OUTROS!


Muitas vezes no trânsito vemos cenas que não são apenas uma demonstração do desrespeito a lei e da certeza da impunidade, mas também uma tremenda mostra de falta de educação, quando uma pessoa parece se julgar mais importante do que outras pessoas.
Nessas últimas duas semanas vi duas cenas que me chamaram mais a atenção.

Uma delas, saindo do Bar des Art, encontrei um certo trânsito pesado na rua, que descobri em seguida era causado por uma fila de carros na pista da esquerda da rua, que esperavam para ser entregues aos manobristas num Buffet. Foi quando uma Mercedes saiu da esquerda sem sinalizar, entrou na minha frente, na pista da direita, cortou toda a fila e entrou na frente de todos eles. Será que é porque naquela festa existiam convidados de primeira e de segunda classe?

A outra que também foi emblemática, foi no Rio.
Para quem não sabe a Figueiredo Magalhães é uma rua de várias pistas em Copacabana, perpendicular à praia. Agora, do lado esquerdo tem uma ciclovia ocupando a primeira pista. Eu vi o sujeito chegar, parar o carro a direita da ciclovia, na segunda pista, ligar o pisca-alerta e ir ao Bob´s, como se fosse a coisa mais natural do mundo parar o carro no meio da rua enquanto vai comprar um sanduíche.

UM PAÍS CARENTE DE HERÓIS


Por um simples acaso e disponibilidade de tempo, vi  hoje o voto da Ministra Rosa Weber na ação que julga a mesada que o Partido dos Trabalhadores dava a políticos de outros partidos para que votassem com o governo, fazendo com que nós pagássemos por isso.

Quando o julgamento finalmente começou a maioria da população brasileira não acreditava que isso fosse dar em nada e para nossa grande surpresa isso não está acontecendo.

Num crime, só deixa traços quem quer ser pego e tivemos um Governo que se julgava inatingível por fazer tudo e à vista do óbvio usar quase sempre a estratégia de negar à exaustão.

Lamentavelmente somos um país que não tem muitos heróis e muito me surpreende quando uma Suprema Corte se torna berço de heróis ou de vilões. Daqueles que entendem os anseios do povo e se modernizam na aplicação da lei para que essa alcance os que se julgavam inalcançáveis e dos que dizem que não vêem o que todos estão vendo.

O Rei está nu.

Estou feliz que o Brasil não esteja, como na Argentina, com uma Suprema Corte em sua maioria comprometida com o atual Governo e que isso signifique que eu possa dizer que figuras que eu nem me preocupava em reconhecer, como o Ministro Joaquim Barbosa, se tornam nossos heróis.

Hoje, a Ministra  Rosa Weber, para mim, se tornou outra heroína.

BABY, IT´S COLD OUTSIDE

Uma maravilhosa gravação disso foi feita por Rod Stewart e Dolly Parton. Para apenas ouvir no Youtube:   http://www.youtube.com/watch?v=9frFggnz4P0

Vai curtir mais ainda quem já passou pela situação de ter um ótimo encontro e os beijos e abraços intermináveis começarem, com muita participação de parte a parte e ela ficar extremamente dividida entre querer ficar e ter que ir, por algum motivo.
Algumas vezes a compreensão do motivo vem depois.

Baby, It's Cold Outside


I really can't stay - Baby it's cold outside
I've got to go away - Baby it's cold outside
This evening has been - Been hoping that you'd drop in
So very nice - I'll hold your hands, they're cold as ice
My mother will start to worry - Beautiful, what's your hurry
My father will be pacing the floor - Listen to the fireplace roar
So really I'd better scurry - Beautiful, please don't hurry
well Maybe just one drink more - Put some music on while I pour

The neighbors might think - Baby, it's bad out there
Say, what's in this drink - No cabs to be had out there
I wish I knew how - Your eyes are like starlight now
To break this spell - I'll take your hat, your hair looks swell
I ought to say no, no, no, sir - Mind if I move a little closer
At least I'm gonna say that I tried - What's the sense in hurting my pride
I really can't stay - Baby don't hold out
Baby it's cold outside

I simply must go - Baby, it's cold outside
The answer is no - Ooh baby, it's cold outside
This welcome has been - I'm lucky that you dropped in
So nice and warm -- Look out the window at that storm
My sister will be suspicious - Man, your lips look so delicious
My brother will be there at the door - Waves upon a tropical shore
My maiden aunt's mind is vicious - Gosh your lips look delicious
Well maybe just a half a drink more - Never such a blizzard before

I've got to go home - Oh, baby, you'll freeze out there
Say, lend me your coat - It's up to your knees out there
You've really been grand - Your eyes are like starlight now
But don't you see - How can you do this thing to me
There's bound to be talk tomorrow - Making my life long sorrow
At least there will be plenty implied - If you caught pneumonia and died
I really can't stay - Get over that old out
Baby it's cold outside

quarta-feira, 3 de outubro de 2012