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sexta-feira, 26 de julho de 2013

NA MINHA IDADE AINDA SOU ENGANADO! - RICARDO ELETRO

Havia chegado a hora de montar casa novamente e eu saí atrás do básico que eu precisava para o apartamento provisório. Geladeira, fogão, microondas e coisas assim. Eu tinha tempo e podia pesquisar e nada melhor do que ir ao shopping onde encontraria várias lojas de eletrodomésticos.

No Hiper, supermercado que pertence hoje ao Walmart encontrei uma geladeira que atendia minhas necessidades, por um preço interessante e fui informado que esperaria ela vir de Recife num prazo máximo de sete dias.

Segui para as outras lojas com aquele modelo em mente e na loja de nome Ricardo Eletro me ofereceram a mesma geladeira, com uma diferença de dez por cento se eu pagasse à vista. O vendedor disse que não tinha em estoque mas que ela chegaria em uma semana. Eu não tinha pressa. Tinha uma viagem marcada e poderia esperar mais que isso.

Estava com outras pessoas e não queria demorar mais ainda. Quando fui ao caixa pagar havia uma diferença pequena no preço mas eu, sem óculos, paguei logo para ir embora e verificar a que se referia quando chegasse em casa.

Havia sido enganado pelo vendedor da Ricardo Eletro pela primeira vez.

Ele havia colocado na minha compra um seguro, válido apenas por um mês e uma indenização de apenas R$ 2.000,00, com direito a um sorteio de alguma coisa.

Ou seja, fui roubado por ele, assim, na maior cara grande.

Quando cheguei em casa e vi aquilo fiquei bem chateado e liguei para o atendimento ao cliente, sem efeito nenhum e no dia seguinte liguei para a gerente da loja do Shopping Petrolina e disse que eu não iria lá atrás daquela diferença pequena, mas que eu me sentia enganado. 

Ela até se ofereceu para devolver a diferença, mas eu achei que não valia o trabalho de voltar lá para isso.
Era uma lição relativamente barata e que deveria me ensinar alguma coisa.

Uns dias depois fui ao Shopping e levei com bom humor o embuste dizendo para uma tia que me acompanhava que ficasse longe do vendedor que havia me enganado. Mais tarde encontrei uma prima na mesma loja, com o mesmo vendedor e falei a mesma coisa pra ela.

Acabei comprando lá um microondas já que a gerente, na intenção de me compensar pela trapaça do vendedor me deu um desconto. Saindo de lá e já que eles não tinham o fogão que eu queria, comprei em outra loja e o vendedor me ofereceu o mesmo microondas que eu havia comprado dez por cento mais barato.

Foi minha boa fé neles novamente...

Eu não pesquisei. Bem ali quase na frente da loja deles, mas mesmo assim me senti enganado pela Ricardo Eletro.

Pela segunda vez.

Mas o pior e mais irritante ainda estava por vir.

Os dias foram se passando sem notícia da entrega. Cada vez que eu passava pelo Shopping, e foram muitas vezes eu entrava na loja para perguntar e sempre ouvia que iam ligar de volta, tanto do gerente, como do vendedor e isso nunca aconteceu. 

A gerente me deu o telefone dela e era assim que eu não tinha resposta. Sempre ficava para o dia seguinte.

Numa das últimas vezes o vendedor me fez esperar muito tempo para ele me dizer que não tinha resposta e que teria me dito que seriam quinze dias úteis de espera. Esse rapaz é capaz de dizer qualquer coisa. A gerente ficou de dar uma resposta que só veio três dias depois dizendo que ainda nem tinham previsão.

Nesse telefonema, já desgastado por todo esse processo para uma coisa simples, vinte dias depois da compra, já disse a ela que cancelasse que eu iria buscar uma empresa que tivesse seriedade ao fazer seus negócios. 

No dia seguinte, na cidade em frente, dei um passeio pelas lojas e comprei a mesma geladeira e mandei entregar na mesma hora por apenas R$ 40,00 a mais do que tinha pago.
Não pagava o aborrecimento que tive. Ontem estive na loja para que fizessem o estorno e isso vai levar uns 15 dias ainda.

Depois da má experiência me surpreendeu que algo que escrevi ontem entrasse hoje para a lista de postagem populares então fui ao Google dar uma pesquisada em "Enganado pela Ricardo Eletro" e a lista de de respostas é grande, com variadas reclamações, muitas delas por não entregarem os produtos, inclusive uma página no Facebook.

Num desses sites dizia Ricardo Eletro Nunca Mais.

Para mim também. Nunca mais.

Eu achava que por ser uma rede era uma empresa confiável. O pior é que algum momento as pessoas nem tem tempo nem disposição para lutar contra esse tipo de comerciante.

Mas, como sempre, ainda estou aprendendo.

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ATUALIZANDO-  HOJE É DIA 26 DE NOVEMBRO DE 2013

Agora veio o primeiro resultado desses dois processos!

Abri on-line o extrato do American Express e está lá um crédito no valor da compra feita na Ricardo Eletro no dia 4 de julho de 2013.

Já liguei para o Amex que disse que a solicitação de devolução do dinheiro foi feita dia 20 de novembro.

Faltam apenas 6 dias para a audiência de conciliação e isso já é resultado dela. 

Os juros e a correção monetária solicitados do valor pago à vista em julho são irrelevantes mas os danos morais não.


O que esses sujeitos me irritaram e as quantas vezes que fui à loja deles no Shopping para que a gerente deles tentasse me enganar na maior desfaçatez dizendo que a responsabilidade era do American Express e o tempo que ainda acreditando nas promessas mentirosas deles fiquei morando sem o mínimo conforto que é ter uma geladeira tem um outro valor que espero que seja de um montante que os faça pensar antes de continuar fazendo o mesmo com outros clientes. 


ATUALIZANDO O QUE ESCREVI - HOJE É 2 DE DEZEMBRO DE 2013

Hoje tive a audiência de conciliação, onde uma funcionária da Ricardo Eletro além de insistir na mentira de que a culpa do acontecido é da American Express fez uma proposta de acordo por danos morais de R$ 800,00, antes oferecendo R$ 300,00 e R$ 500,00. Não aceitei porque quero que um juiz avalie o que eu passei com eles até desistir e tomar o caminho da justiça. A conciliadora não marcou a audiência mas previniu que pode tomar alguns meses para que isso aconteça.


Não importa o tempo que leve, atitudes como as deles devem ser penalizadas de forma exemplar para que eles revejam a maneira de lidar com o cliente, a parte mais fraca. Demorei muito a procurar esse caminho para me defender, e agora, mesmo levando muito mais tempo, não vou permitir que eles me tratem como se trata um moleque mais uma vez.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

FALA MUITO E FAZ POUCO

Observar aquilo que me chama a atenção nos outros me traz de volta a mim mesmo.

É muito fácil criticar os outros e difícil tomar uma atitude para mudar a nós mesmos. 
Ver nos outros me ajuda a ver em mim mesmo. 

Perceber um problema e falar dele é completamente diferente de efetivamente fazer alguma coisa para mudar a situação.
Muitas pessoas falam muito e fazem muito pouco.

Quem fala muito e faz pouco, cansa. 
Quem tem um discurso bonito e coerente, mas que não é efetivo, também. 

Ultimamente tenho tentado ajudar uma pessoa que fala muito bem mas não faz nada. 

Tomei para mim algo que diz que quando você não gosta das atitudes de alguém possivelmente é porque aquela pessoa tem alguma coisa que você não gosta em você mesmo. 
Estou tentando ver aonde eu me encaixo nisso.

Tudo é novidade e ainda não estou adaptado ao meu novo habitat mas já dei essas desculpas a mim mesmo por muito tempo.

domingo, 14 de julho de 2013

TAMBÉM GOSTO DE FICAR SÓ



Acabei de falar ao telefone com uma prima que também mora só e ela me dizia que nesses dois últimos dias tem sentido a solidão que eu sentia de vez em quando em São Paulo. 

Tudo tem o seu ponto de equilíbrio.

Um dos fatores que me fez pensar numa mudança foi a proximidade da família, mas isso também me gerava uma preocupação com o envolvimento demasiado.  Proximidade demais sempre cria a possibilidade de interferência demais e eu poderia me sentir tentado a resolver problemas que não são meus. Sempre fui muito apegado à grande família de tios e primos, mas sempre morei longe, então os encontros sempre foram agradáveis e muito calorosos. 

Não tenho tido tempo para estar só e eu gosto da minha companhia. Também acho que os outros merecem uma folga de mim. 

Depois de muitos dias esses são os primeiros três que tenho a oportunidade para isso.
Eu nem sabia, mas estava sentindo falta.

NÃO DIGA QUE E PARA O MEU BEM !!!

Conversar com alguém a respeito de atitudes dessa pessoa é sempre complexo.
Nunca sabemos como a pessoa vai receber.  O ideal para todos nós, mesmo quando o comentário vem como uma crítica seria ver nisso uma oportunidade para melhorarmos a nós mesmos.

Fugimos dessa situações.

Evitamos situações desagradáveis.
É desagradável saber que não somos perfeitos como imaginávamos ou que os "defeitinhos" que temos e reconhecemos são percebidos como algo maior pelos outros. 
Também não queremos que alguém fique chateado conosco. Preferimos, muitas vezes, nos chatear sem falar nada com algo que a pessoa parece incapaz de ver ou mudar mesmo com o risco de deixarmos um comportamento que incomoda se repetir até perdermos a paciência e falar dele de uma maneira inadequada. A objetividade, conveniente nesses casos, é difícil de atingir. A conversa fica muito emocional ou, ainda pior; já que não é assunto para ter com o principal interessado, podemos nos sentir tentados a tê-lo com outras pessoas.

A maneira como se recebe esses comentários depende muito daquilo que quem recebe julga que seja a motivação de quem está fazendo o comentário. Ninguém gosta de apenas estar sendo julgado. Nem dos nossos pais gostávamos de ouvir que "era para o nosso próprio bem".


Espera-se que os adultos sejam independentes e que uma pessoa da minha idade não esteja mais mais disposta a ouvir mais nada, mas, pelo contrário, eu estou mais disposto a ouvir tudo, pesar para ver se eu concordo e adotar algo benéfico que não veio de mim. Tenho pensado e fico surpreso com o que ainda tenho para mudar. 

Mas é para o meu próprio bem.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

UM HOMEM DE VOZ TRANQUILA

Um amigo de um primo comentou que gostava da minha maneira de falar porque eu era o homem da voz tranquila. É uma pessoa que me conhece pouco, mas recentemente passei várias situações onde essa tranquilidade foi útil.

Um cliente importante observou que em todas as situações onde uma pessoa que estava ao meu lado se agitava muito e falava muito alto, eu gesticulava calmamente sinalizando para que ele parasse de falar e eu resolvia o assunto com tranquilidade, conseguindo tudo que precisávamos.

Recentemente fui apenas acompanhar umas pessoas que foram fazer uma visita a uma pessoa que tinha alguns problemas a resolver com eles e acabei me tornando o negociador com quem aquela pessoa quer falar.

Fui resolver um assunto financeiro de uma empresa em um fornecedor que em  três casos comprovados havia recebido e cobrava novamente a mesma duplicata. Eu disse tudo que precisava ser dito, inclusive solicitar a devolução do que foi pago a mais acrescido dos mesmos juros que eles cobravam num caso de atraso.
Ao fim da conversa a gerente que acompanhou a conversa me agradeceu por me ter colocado de uma forma que ela julgou muito educada.
Não imagino outra forma de lidar com o assunto que trouxesse melhores resultados.

Não vejo mais por que ser diferente disso.
Sempre consegui melhores resultados quando me mantive calmo. E me arrependo muito de quando fiquei nervoso, perdi a calma ou fui indelicado.
Na faculdade meu grande amigo Manolo comentando uma situação disse assim: "você, com esse seu jeito de padre..."

Esses dois últimos meses estive com uma pessoa que tem sido grosseira com os profissionais que iam lá trabalhar para ele e sempre quer as coisas para aquele instante. Quando me envolvi com o projeto e passei a interagir com ele usei o meu tom de voz habitual, mesmo quando havia uma discussão ou uma agitação por parte dele.
Um dia, numa discussão ele disse que sabia que ele era grosseiro de vez em quando e eu calmamente concordei com ele dizendo que todos querem respeito e ser bem tratados, porque ouvi algumas estórias dele desrespeitando esses profissionais e acho especialmente importante esse respeito com os mais humildes.

Eu não fiz a afirmação.
Eu concordei e reforcei a afirmação dele mesmo. Era algo que era bom se fosse dito e aquela foi uma oportunidade perfeita por mais chateado ou arrependido que ele tenha ficado de ter tocado nesse particular e me dado a chance de reforçar o que ele mesmo havia dito.
Eu poderia ter ficado quieto, em nome da conveniência, mas achei que dar aquele feedback a ele, mesmo que ele ficasse aborrecido poderia trazer algum bem aos ambientes onde ele circula e mais respeito aos profissionais que mandamos para trabalhar para ele.

Lembro de várias situações pelas quais passei nas quais perdi a calma.
Me arrependo de quase todas.
Existem conversas em que parece que você não está sendo ouvido. Chega um ponto onde você sabe que não vai chegar a lugar nenhum porque é impossível derrotar um ignorante num discussão.

Mas, por mais estúpida que seja a argumentação da outra parte manter a postura se não ajudar a resolver o assunto com aquela pessoa vai ajudar a resolver com a próxima pessoa a se envolver no problema. Resta sempre a alternativa de buscar o entendimento através de uma terceira pessoa.

Nesses e nos outros casos, acho útil me ter tornado um homem de voz tranquila.


domingo, 7 de julho de 2013

SENDO PAI NOVAMENTE


Minha filha diz que teve uma infância maravilhosa. Hoje ela casada, ainda não tem um filho dela por opção. Diz que vai esperar mais um pouco para isso e eu acho isso uma ótima decisão. Um filho muda sua vida e suas prioridades. Acho que ainda dá tempo para que, antes de um filho, eles tenham outras prioridades.

Me entendo muito bem com as crianças. Nos comunicamos bem, mas nesses últimos anos, eu não estava convivendo com nenhuma diariamente. 

Agora estou e não apenas com os "nossos" mas também com os amigos deles.

Estar com eles, brincar, inventar estórias, contar algo que eles acham graça e às vezes ensinar alguma coisa ou dar colo e estímulo tem sido muito bom. Gostei de ser pai e agora é quase como ser pai novamente.

TRUQUE DE MESTRE


Fui ao cinema.
Esqueci onde estava de tão envolvido que fiquei com o filme e com a sala de cinema no shopping que poderia estar em qualquer grande cidade.
Filme movimentado e inteligente.
Vale a pena!

sábado, 6 de julho de 2013

JOAQUIM, TEREZA E A JUMENTA - BUTECO DEVASSA

Diziam no cartaz que era um tributo a Chico Buarque de Hollanda. Liguei para perguntar e me disseram que depois da peça iriam ter músicas de Chico Buarque. Achei que eu poderia ter a sensação de que tinha algo parecido com o Roda Viva em São Paulo.

Acreditei, mas não era para ter acreditado.

É a segunda vez que vou a uma peça no interior da Bahia e a impressão que eu tenho é de que horário marcado é uma coisa que não se leva à sério aqui.

Da primeira vez no Centro Cultural João Gilberto, enquanto haviam pessoas para comprar ingressos eles mantiveram o público que já estava no teatro esperando e isso durou mais de uma hora.

Ontem foram mais do que duas horas do horário marcado esperando os músicos.

Acho bom que existe isso aqui mas confesso que eu esperava mais. Vou ter que rever minhas expectativas.

No caso do que vi, palavras demais.
Eu acho que você diz mais com menos.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O PRAZER DE FAZER ALGO BEM FEITO

Como previsto,  viajei para fazer um trabalho em São Paulo, Belo Horizonte e  Rio. Meu trabalho era com o CEO de uma empresa conhecida mundialmente e eu já havia estado com ele em uma outra ocasião.

Além de estar sendo bem remunerado, existiam outros motivos para ir, entre eles o sentimento agradável de acharem que eu poderia ser útil e a segurança de que meu trabalho poderia justificar essa escolha, principalmente quando eu não estava tão à mão como quando morava em São Paulo.

Nesses anos todos estive com muitos CEOs de grandes empresas e uma visita dessas às filiais no Brasil deixa muito preocupados as pessoas envolvidas por ser uma ocasião excepcional, mas é algo que, para mim, aconteceu com muita frequência.

Eu reconheço a posição e a fama dessas pessoas e sei me manter calado, mas sempre tive o privilégio de ser levado a  interagir com eles além daquilo do que seria mera cortesia e dessa vez não foi diferente.

Eu estava tomando café da manhã, quando ele chegou e veio conversar comigo e perguntou se podia tomar o café comigo. Tivemos uma conversa agradável que cobriu não apenas aquilo que ele havia observado nas situações do dia anterior, mas se tornou uma conversa mais pessoal.

Já de volta à nova rotina, recebi o feedback ouvindo de um email enviado pela matriz dizendo que o trabalho todo tinha sido excepcional. 

Fiz minha parte e sinto muito prazer por conta disso.