Há uns dias atrás chamei uma amiga de louca porque ela me disse que preferia que o ex marido a trocasse por um homem do que por outra mulher. Ela explicou o raciocínio. Ser trocada por outra mulher seria uma comparação muito mais danosa para ela.
Foi na mesma hora que chamei ela de doida, mas estávamos numa festa e um outro homem que estava perto ouviu a argumentação e deu apoio ao raciocínio dela.
No nosso encontro anterior uma amiga dela contava da própria separação onde se incomodava porque foi trocada por uma mulher que ela considerava com menos qualidades que ela mesma. Na verdade, acho parcial a colocação, porque não conheço o ex-marido e não sei nada a respeito do caso a não ser o que ela me conta, mas sei que o ex teria uma outra explicação e visão do que aconteceu. Um outro ponto de vista.
Ontem eu conversava com uma outra amiga num bar e quando dizia que aquele raciocínio tinha sido surpreendente para mim, ela me disse que concordava com o pensamento da outra, que já havia pensado isso a respeito do próprio marido e olha que essa eu já conheço melhor e tem, em alguns aspectos, uma postura conservadora.
Ser trocado por outra pessoa sempre é devastador para quem é deixado para trás. Tem sempre uma coisa é comum: demora muito para passar e às vezes não passa. Quando ouço alguma estória de vida, acho que faz parte da minha terapia em grupo e alguém desse imenso grupo que é composto por todas as pessoas com quem converso sempre é capaz de me surpreender e fazer com que eu tome consciência que existem outras formas de pensar.
Em toda questão que envolve mais de uma pessoa há sempre mais de um ponto de vista. Existe mais de uma verdade. Existe a verdade de cada um. O que cada um vê é diferente e por isso cada um tenta convencer outras pessoas com argumentos e pontos de vistas próprios.
Dependendo do grau de intimidade e empatia um ou outro consegue nos convencer a ficar apaixonados e convencidos pelo seu ponto de vista, as vezes até por ter uma maneira convicente de apresentá-lo, mas para termos uma mínima noção da realidade, devemos procurar ter o nosso próprio julgamento.
Um dia conversando com o filho de uma amiga ele contava que levou um tempo para ele ter consciência que o padrastro tinha uma habilidade verbal maior que a dele e que ele teve que ficar mais crítico para não se deixar convencer por ótimas argumentações, mas que não representavam o que ele mesmo acreditava
Outras formas de pensar.
Acho que é isso que torna gente uma coisa tão interessante para mim.
(A charge acima é da Maitena)
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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