Minhas visitas gostam da música que toca na minha casa.
Escutam coisas que conhecem e muita coisa que não conheciam mas passam a gostar.
Muitas não tiveram oportunidade de viver o cantar junto, fosse na casa de alguém, junto a uma fogueira ou num bar.
Houve uma que, na cama, cantava junto as coisas que ela conhecia. E eu gostava daquilo.
Muita gente, inclusive eu, achou que montar uma pousada era muito interessante, trabalhar recebendo gente, que foi uma coisa que aprendi a gostar. Receber bem.
Uma outra ideia, na qual tive uma experiência muito limitada, era um bar ou um restaurante. Mas isso não passou de um devaneio.
Seria delicioso fazer isso sem preocupação com se manter disso.
Hoje se eu fosse fazer qualquer coisa seria apenas por prazer.
Vou voltar a uma ideia de um maluco que eu sempre achei muito sedutora. O João, num boteco vagabundo, perto de Itaipava, no qual só fui uma vez.
Ele só abria quando queria e a amiga que me levou lá disse que não pedisse para colocar nenhuma música.
Ele só colocava a música que ele queria ouvir.
Meu bar ideal seria como se fosse minha casa. Meu bar seria como o do João. Só tocaria aquilo de que eu gosto e quisesse escutar naquele dia.
O direito a palpites seria limitado ao que estivesse tocando naquele dia. Essas seriam as regras da casa.
Ao entrar no bar, o tipo de música proposta para aquele dia já estaria tocando, e assim o tempo todo, mesmo que não fosse ao vivo.
Um cantinho, um violão...
Às vezes é tudo que a gente quer. Se não tiver aquele amor,
ao menos tenha a canção, ou várias delas.
Música, é terapia, é remédio. Um repertório para se cantar junto faz
ainda melhor efeito.
Juntar pessoas que gostam de música e que vão se sentir bem num ambiente todo voltado para isso, onde vão ser tão bem recebidas que ninguém vai se preocupar se está indo sozinho.
Seria um lugar para o meu prazer e para quem fosse aproveitar de acordo com essa premissa.
Elegantemente despojado, proporcionando a sensação de aconchego.
O repertório, quando não fosse instrumental, seria de músicas conhecidas, do tipo que as pessoas
gostam de cantar. Nada autoral ou pouco conhecido.
Pois é...
Sonhar não custa nada.
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