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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A MOÇA DA TV

Quando olhamos atentamente uma pessoa bonita, de quem não somos amigos, sem ficar constrangidos, normalmente é porque essa pessoa deveria mesmo ser o centro das atenções. Atores, cantores, apresentadores e aí se incluem as de telejornal.

Fomos ensinados que é feio ficar encarando, porque algumas vezes pode parecer uma provocação.
Se ficamos, corremos o risco de ficarmos encantados.

Sempre deixei que acontecesse esse encantamento que me dá o prazer estético, tanto pessoalmente como numa tela ou numa fotografia, sem sonhar ou fantasiar com a pessoa.
Beleza me comove.

O engraçado quando isso acontece de longe é o ciúme que isso provocar, mesmo quando um encontro com aquela pessoa parece ser uma coisa improvável.

Eu achava bonita aquela moça do jornal da tarde.
E prestava atenção nela, porque tinha prazer em vê-la.
Devia ser um pouco evidente e devia incomodar porque um dia ouvi a pessoa com quem eu estava dizer que quem vê cara não vê o resto porque ela havia encontrado com aquela moça no ginecologista e que tinha ouvido dela um comentário que a respeito de alguma doencinha ruim que ela havia pego. 

Achei o encontro possível, mas improvável e vi a graça que o ciúme demonstrado daquela forma podia ter.

De uma outra vez uma amiga minha famosa estava dando uma entrevista e falou muito bem do marido. Vendo aquilo eu comentei como eu achava bonito ela falar dele daquela maneira, porque quem via aquilo não imaginaria que eles não dormem juntos. Ela na mesma hora me perguntou chateada se aquilo não era uma coisa muito pessoal para ela me contar.

Era.

E eu fui muito burro em fazer o comentário.

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