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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

UM CASO DE AMOR COM A EMPREGADA

Aconteceram tantos carinhos nesses dois últimos dias e eu estava escrevendo sobre eles quando me veio uma notícia que não é nada boa para uma pessoa que gosta de coisas permanentes.
Minha empregada, que me havia falado dessa possibilidade na última vez que veio, me ligou agora para dizer que não vai poder vir mais.

Como até hoje ela não havia falado nada, e amanhã seria o dia que ela viria eu estava pensando que estava tudo certo e que eu não precisava me preocupar com isso, por enquanto.

A casa está arrumada, e até não está tão suja aos olhos de um homem, mas tem roupa lavada que esperava por ela para passar, e quando ela saía daqui era uma sensação de que estava tudo tão limpinho e arrumado que esse negócio de achar uma pessoa nova, quando eu já estou tão acostumado com ela, que foi a única nesses últimos anos, me deixa incomodado.

Ela tem uma vida que não é nada fácil, tem um emprego fixo e gasta horas por dia para ir e voltar do trabalho e vinha para mim um sábado a cada quinze dias e nunca tinha pressa de ir embora. Eu tinha um profundo agradecimento por ela ainda ter essa disponibilidade para mim. Mais de uma vez ela estava tão cansada que dormiu e passou do ponto de ônibus onde deveria descer para vir para minha casa, tendo que ir até Pinheiros para poder voltar.

Ela foi um achado da minha filhotinha e eu estava feliz com isso.

Ela terminou a ligação como se termina uma relação de amor que não dá mais, dizendo que eu era uma pessoa boa e que logo iria achar alguém.

E eu ali querendo dizer:
" - Não como você, Lourdes.
Eu não sabia antes, mas eu sei agora.
Fica.
Eu te amo!"

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