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sábado, 25 de agosto de 2012

OS BEM INTENCIONADOS - A PEÇA

Fui, feliz de estar fazendo algo que eu já gostaria de ter feito.
Chamei alguns amigos e um foi comigo.
Ele cruzou os braços durante o espetáculo, assim como o fez a bonita loirinha que estava ao meu lado. Os dois se entendiaram pela falta de texto. Depois da peça reclamou dizendo que é cartesiano e que gostaria de uma narrativa que tivesse começo, meio e fim.

Quando percebi a falta de texto e a reação deles, relaxei e pensei que tinha ido para me divertir.
Não iria esperar texto. E me diverti.
Eu havia falado da gênese dos personagens que haviam sido levados às ruas pelos atores para fazer laboratório e falei do ótimo texto de apresentação da diretora Grace Passô no programa. Minha companheira de mesa me disse que nunca lê. Quer ser surpreendida.
Dessa vez fez falta.

Para falar a verdade de vez em quando, e não só ali, faz falta. Eu também não gosto da arte que precisa ser explicada.
Uma frase daria o fio que ligaria todas as coisas. Uma introdução dizendo:  "Integrantes de um conjunto musical formado de pessoas comuns, com outras profissões, revelam a fragilidade humana de personagens que veem na arte um caminho para a fama."

Sentados à volta de mesinhas redondas, como as de um bar, onde se passava a peça, encontramos para beliscar, azeitonas e amendoins fresquinhos. Durante o espetáculo tomamos cerveja geladinha servida pelo atores. A música ao vivo era ótima e a platéia, embora provavelmente não tenha sido a melhor que eles tiveram, era receptiva.

Achei que havia reconhecido numa das mesas um ator fantástico, Ésio Magalhães e quando confirmei que era ele, o ator que interagia conosco na nossa mesa, no momento que seria o do imperceptível intervalo,  me disse para ir lá falar com ele e eu fui, porque foi daquelas atuações que você não esquece, ao lado da atriz Andrea Macera, que naquela peça me tirou para dançar.  Foi quando escrevi pela primeira vez no blog.

Valeu ter ido.
Precisava de explicação.
Mas não era muita.

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