Tornou-se impossível conversar. Na maior parte do tempo eu a evitava. Quando tentamos conversar eu queria discutir o assunto, e, a mim, parecia que ela achava que não precisava falar do que havia motivado a briga e que ia ser fácil resolver.
Fazia um bom tempo que quando começávamos uma discussão que não ia levar a nada, eu me calava. Acho que ela acostumou com isso e achou que fosse ser igual. Mas não dessa vez.
Sendo assim, depois de um tempo nós dois em casa, em quartos separados, ela me mandou um e-mail fazendo um mea culpa, reconhecendo sua falta de atenção em vários aspectos.
Li aquilo muitas vezes, e pensei em tudo que ela dizia e respondi com um e-mail de sete páginas também abordando cada ponto do que ela dizia, concordando e dando a minha visão.
A partir da briga que tivemos comecei a pensar em muitas coisas que eu nem sequer estava pensando antes. Boa parte delas não estava me incomodando tanto antes, mas a partir dali passou a incomodar. Talvez eu estivesse acomodado e condescendente. Não consegui mais ficar, nem uma coisa nem outra.
Eu fiquei cheio de mágoas e cheguei à conclusão que não estava tão bom quanto eu imaginava e que se eu, que nunca tinha sido de fazer ameaças, naquele momento não respeitasse o que havia falado eu iria perder o respeito por mim mesmo. Resolver o problema passava por resolver aquele assunto especificamente.
Num próximo e-mail ela dizia que havia visto que eu chegara à uma conclusão e que nesse caso não havia mais nada a fazer, ao qual eu respondi dizendo que queria saber que contas ela precisava que eu pagasse, e ela, liquidando o assunto praticamente respondeu: nenhuma.
Ela não precisava de mim para mais nada.
Eu não tinha nenhuma razão para permanecer em casa.
domingo, 7 de agosto de 2011
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