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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

DANDO COICES

Não sei se começou de manhã, e pela minha agenda tinha tudo para ser um dia tranquilo.
Quis sair mais cedo de casa para ir mais devagar, mas acabei saindo com tempo certinho e tive que andar rápido. Eu devia considerar isso uma pressa desnecessária. Devia me programar para sair mais cedo, mas parece que eu não quero desperdiçar um minuto. 
Estou errado.

No meio do dia estava numa rua do Morumbi cujo transito para com a saída de uma escola e enquanto eu esperava na mão certa uma senhora de idade ultrapassou pela contramão a milímetros do meu carro e só não bateu porque o espelho externo dela era mais baixo que o meu. Em seguida ela esperou um pouco e quando iria pela contramão novamente bateu e raspou o parachoque do próximo carro que ela ia ultrapassar. 

Já fiquei aliviado de não ter sido o meu, mas refazendo a frase como um animal irracional: eu estava numa rua do Morumbi quando uma velha cega passou e...

Uma hora mais tarde parei para abastecer e quando estava parando na bomba vi um carro que parecia estar dando uma ré na minha direção e que o motorista não estava me vendo. Buzinei bastante e deu tempo dos frentistas correrem para segurar o carro e diminuir o impacto no parachoque do meu. O sujeito não estava no carro e não tinha puxado o freio de mão.

Fui olhar e tinha trincado a pintura do parachoque e  também mais abaixo nas aletas e quando fui falar com o cidadão que ele veio me dizer que meu carro já estava daquele jeito. Como se eu estivesse querendo tirar vantagem dele. 

Se a atitude dele fosse outra, seguramente a conversa seria outra.

Como ele insistisse naquilo faltou muito muito pouco para que eu, que não procuro e nem acho briga, arranjasse uma. Chegou ao ponto do sujeito me perguntar se eu ia bater nele e eu responder que eu ia sim se não tivesse outro jeito,  porque o sujeito agia como se eu fosse o safado que ele é e insistia que o que havia acontecido não havia sido ali.

Confirmamos com os frentistas que o carro dele havia chegado a bater no meu e olhamos a altura dos danos, e ele ainda insistia, mas acho que o convencimento foi muito mais pela minha atitude mostrando que aquilo não ia terminar com ele se eximindo tratando o assunto como se ele não fosse o causador e eu um mentiroso.

Tenho um amigo que diz que percepção é realidade. Usei desse recurso também sem abrir a boca.
Ele acabou pagando parte do dano ali em dinheiro e acho que foi barato para mim e para ele,
Foi irracional e imbecil da minha parte e se o sujeito não fosse um cagão ele teria vindo pra cima também e eu teria dado vazão a uma tromba dágua para cima dele, com consequências mais caras do que deixar pra lá.

Me tornei uma pessoa tranquila com o passar dos anos e me surpreendo muito negativamente com essas explosões. Quero me manter calmo e consigo fazer isso quase que o tempo todo, mas lembrei de outras situações onde perdi a calma no trânsito.

Numa delas eu me aproximei rápido numa rotatória e uma mulher de meia idade se assustou com aquilo e para me dar uma lição parou o carro na minha frente. Eu nem discuti, passei por trás dela e fui na direção do sinal, quando ela resolveu correr para fazer a mesma coisa de novo, mas fui mais rápido. Aí mesmo no calor do momento lembrei de uma estória que um professor na academia havia contado faziam uns dias e fiz a mesma coisa.

Ele contava da mulher desancando o cara chamando ele disso e daquilo e ele foi ouvindo aquilo tudo sem falar nada, e quando ela acabou ele só falou assim:
- Gorda !!!

Eu baixei o vidro e gritei a mesma coisa com toda força dos pulmões. Supremo insulto para uma mulher. Muito melhor que xingar a ela ou a mãe dela.
Isso não faz parte da pessoa que eu escolhi ser e embora me envergonhe de ter feito e pudesse querer me fazer de perfeito quando estou escrevendo aqui, estou mais comprometido com a honestidade. 

Acho que é a única maneira de mudar um comportamento.

Num mundo como o que vivemos não sabemos quem vai perder o controle e não pensamos no que o estranho que encontramos na rua é capaz de fazer.  
Tem gente que morre assim.
Quem pensa e pesa evita.

Por mais covarde que possa parecer.


excelente amigo....poxa...eu dirijo a pouco mais de 3 anos..sei como são essas coisas, uma vez, dentro do tunel da 9 de julho até me apontaram uma arma por que não dei passagem, pode?? ahaha..no transito não faltam leis,,falta educação!!

Um comentário:

  1. excelente amigo....poxa...eu dirijo a pouco mais de 3 anos..sei como são essas coisas, uma vez, dentro do tunel da 9 de julho até me apontaram uma arma por que não dei passagem, pode?? ahaha..no transito não faltam leis,,falta educação!!

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