Deixei de levar à sério uma amiga porque algumas das coisas que ela falava comigo não tinham uma sequência até nos encontrarmos de novo, quando parecia que as coisas recomeçavam de onde tinham parado e um amigo comum me veio com uma frase que me ajudou muito a entender a situação. Não gosto de frases que definem pessoas, mas ouvi ali uma que fazia sentido.
"- Ela não sabe abandonar o personagem".
Os dois são artistas e aquilo era perfeito para definir o que me incomodava na nossa amizade, já que gosto de coerência na sequência. Até um fim ou um recomeço tem coerência, mas não tem coerência algo que parece capítulo de novela, que recomeça de onde parou, criando um suspense do algo para acontecer, sem que nada tenha acontecido até então.
A notoriedade do momento de exposição, mesmo que não seja um literalmente num palco, favorece um encantamento que provoca situações onde as pessoas do público se sentem de alguma forma seduzidas e reagem a isso. Por outro lado também existem os que estão em evidência e ficam deslumbrados com esse encantamento e não sabem quando parar de representar.
Cabe aos dois lados da platéia aprender a separar a pessoa do personagem.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário