Posso falar de algo que me incomoda várias vezes, mas se eu não escrevo a coisa não passa.
Escrever realmente tem sido uma terapia.
No sábado havia uma festa na casa de uma amiga, e quando a tarde chegou, veio um sentimento de que eu precisava sentar e escrever. Antes mesmo da Lourdes ir embora, sentei na varanda e escrevi e depois de deixá-la no ponto voltei e escrevi mais, e estava tão relaxado que achei que era um momento para um gin. Me senti até tentado a ficar mais um pouco e escrever mais porque era um momento que as coisas estavam brotando, mas fui à festa e também foi ótimo ter ido.
Nem sempre nossas estórias são lindas, nem só aconteceram coisas bacanas conosco, mas acho que como uma proteção ao ego, algumas vezes enxergamos e contamos as coisas de forma que nos deixem bem e outras vezes aceitamos as versões que nos fazem maiores.
Ou não contamos.
Talvez até porque sejam coisas que gostaríamos de esquecer.
Essa semana liguei para uma pessoa que tem me ligado e passado muito tempo comigo ao telefone, e está presa a uma situação que hoje é passado. Achei que precisava dizer a ela que estava na hora de lembrar das coisas que não foram boas também, e não foram poucas, para que conseguisse ver alguma coisa positiva na sua situação atual.
Tenho sempre procurado ver o espelho.
As dificuldades dos outros tem me servido para que eu perceba melhor as minhas.
E quando contar minhas estórias quero ter uma visão menos complacente.
Existem alguns assuntos sobre os quais comecei a escrever, mas não concluí. Acho que isso demonstra que ainda não elaborei tudo que quero a respeito deles e lidar com essas coisas tem me parecido ser a chave para muitas outras.
Como eu já disse, estou me sentindo pronto.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
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