Ontem conversava com uma amiga e contava de outra que, já bem madura, encontrou uma pessoa que nunca tinha tido uma chance com ela quando ela era jovem e por fim casaram até que a morte dela os separou.
Ela então me contou pela primeira vez a respeito do amor que ela imagina como sendo o amor da sua vida. Ouvi a estória toda e não me convenci disso. Acho que pode não ser, e que, quando tiverem a chance de ficarem juntos, existir a possibilidade de que ela descubra isso. É engraçado como nesses casos algumas pessoas, querendo arranjar desculpas para o que o outro fez ou deixou de fazer, assumem culpas que não são suas.
Mas ao mesmo tempo, como pode ser, sugeri que ela se jogasse para ver no que é que dava. Ela me disse que queria fazer mais duas semanas de academia, antes disso. Depois deu o momento profissional que vive como uma razão para que isso espere mais um pouco. Ou seja, ela até parece ter medo de que não dê certo e que, ao concluir isso, ela perca essa esperança em algo que a mantém sem que esse aspecto importante da vida se torne um incômodo. O amor da vida já foi escolhido e se tornará real em algum momento futuro.
Uma outra pessoa, cujo ex-marido, virou uma obsessão para ela, querendo convencer a mim e a si mesma, da validade disso, me disse que um amor tão grande não acaba assim de repente.
Eu disse que não.
Nós vamos matando aos poucos.
Essa está vivendo no passado.
Um outro amigo tem uma fixação por uma pessoa que quando morde é bem forte, depois assopra e alimenta essa fixação. Por tudo que ouvi a respeito, e não apenas dele, ela não é uma pessoa boa. Passa da conta. Deve ser doença. Mas, nesse caso, quem é mais doente? Depois de todas as coisas pelas quais ele passou com ela, qualquer um que tivesse vergonha na cara já teria tomado a atitude de cair fora, por mais que isso custasse.
Mas em Molambo, entre outras coisas, a letra diz: "eu sei que vocês vão dizer que é tudo mentira, que não pode ser, depois de tudo que ela me fez eu jamais poderia aceitá-la outra vez..."
Sou um bom ouvinte, mas não quero ouvir as mesmas coisas, das mesmas pessoas, o tempo todo. Quando escuto alguém espero que, pelo menos, aquilo sirva para que a pessoa organize as coisas dentro dela mesma e que venha a tentar ou a falar algo diferente. Quando eu conto as minhas estórias sei que vão ser os questionamentos que vão me fazer ver um outro ângulo. Mas tem gente que quando a platéia cansa do que está ouvindo eles procuram outras pessoas que queiram ver o mesmo espetáculo.
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