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sexta-feira, 22 de junho de 2012

COBRAR AOS OUTROS

Tenho uma certa dificuldade para cobrar os outros e venho tentando corrigir isso.

Talvez seja porque imagino que cada um sabe de suas obrigações e deveria tratá-las como trato as minhas. Muitas vezes tratei alguns assuntos com paciência excessiva, mas cheguei à conclusão de que estou errado ao fazer isso, porque se eu mesmo não mostro que quero resolver logo o que me interessa, porque outros tratariam como prioridade?

Entre outras coisas, isso também acontece em relação a dinheiro.

A partir do momento que resolvi mudar de atitude algumas coisas começaram a acontecer.

O fechamento de uma delas hoje foi emblemático.

Tenho um cliente com quem normalmente tenho vários valores a receber e como quando me pagam não dizem exatamente o que estão pagando, muitas vezes faço uma adivinhação do que recebi pela soma de valores que tenho em aberto. Isso fez com que percebesse que tinha uma nota em aberto passados alguns meses da remessa dela, depois de reconciliar um relatório de pagamentos efetuados solicitado a eles. E o valor, para mim, não era irrelevante.


De lá para cá vinha tratando disso sem muita pressa, sem pensar que a pessoa que estava cuidando disso tinha muitas outras coisas para fazer e se não fosse prioridade para mim, não seria para ela também. Como a nota foi extraviada internamente foi um processo demorado até porque em relação a essa nota deveriam haver duas autorizações de pagamento do exterior. E a primeira delas estava levando muito tempo. De uns meses para cá, ainda que delicadamente, tenho cobrado isso com mais frequência, até que hoje, recebi. Já fazia um ano.


Passou a ter o significado de que quando cuido das minhas pendências, elas são resolvidas, e isso tem acontecido com umas que não me preocupavam,  porque não eram prioridades, mas estavam aí, se eternizando. Até mesmo algumas delas, como a venda da van blindada, que não tinha data marcada, porque precisava que aparecesse o comprador certo para ela, que é raro, aconteceram recentemente, como se fossem um sinal.

Quando a gente quer, vê sinais em tudo.

Outras aconteceram porque eu fiz alguma coisa para que acontecessem.

Alguém já disse que você só deve deixar para amanhã as coisas que quer morrer sem ter feito.

Lembro de uma vez que um amigo se referiu a si mesmo falando que não tinha muito controle sobre si mesmo. Na hora pensei que eu tinha mais, mas já cheguei à conclusão que muitas vezes estamos errados em relação ao que acreditamos em relação a nós mesmos. Por exemplo, eu acho que sou organizado, mas devo admitir que sou meio organizado.


Menos do que eu imaginava que sou.

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