Total de visualizações de página

Mostrando postagens com marcador AUTO-ESTIMA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador AUTO-ESTIMA. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de julho de 2012

ASSOMBRANDO JÚLIA - O ESPELHO DA NEFELIBATA

Fui assistir ontem Assombrando Julia, de Alan Ayckbourn, que trata do suicídio de Júlia, uma menina prodígio em música que se suicida aos dezenove anos, sem que as pessoas em torno dela pudessem perceber o que estava para acontecer.

Quando li a sinopse tive as minhas dúvidas se realmente ia querer ver, porque iria me fazer pensar novamente no suicídio da minha sobrinha aos dezessete anos, com as semelhanças do brilhantismo da Júlia de Ayckbourn e da tentativa que todos fizemos de entender o motivo e de nos perguntar o que mais poderíamos ter ter feito para que aquilo não acontecesse.

Ela morava numa cidade pequena para a cabeça que ela tinha. Ela era muito maior que aquilo, mas isso não foi nenhum impedimento para que ela tivesse o mundo inteiro dentro dela e demonstrasse um talento enorme para escrever inclusive escrevendo estórias em dois blogs que captaram muitos leitores, sem que ela tivesse feito qualquer esforço para que isso acontecesse e que desde sua morte não foram mais atualizados em relação aos comentários.

Hoje lemos seu último blog nas entrelinhas e vi o espelho dessa situação em Assombrando Júlia e aprendi também a respeito disso outro dia desses ouvindo um podcast do Plínio de Souza onde ele falava das intenções positivas por trás de uma atitude aparentemente negativa, inclusive do suicídio.

Na última vez em que estivemos juntos fizemos uma longa caminhada conversando e além de lermos o blog um do outro, onde eu por algumas vezes fiz comentários para estimulá-la, uma semana antes dela se suicidar nos comunicamos por email onde não havia nenhuma pista do que poderia vir a acontecer.
Se tiver vontade vá ler Registros da Nefelibata, e O Menino que esquecia o Passado.

Eu também me perguntei o que mais poderia ter feito e não achei uma resposta.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

AMOR OBSESSIVO - PASSADO, PRESENTE E FUTURO.

Ontem conversava com uma amiga e contava de outra que, já bem madura, encontrou uma pessoa que nunca tinha tido uma chance com ela quando ela era jovem e por fim casaram até que a morte dela os separou.
Ela então me contou pela primeira vez a respeito do amor que ela imagina como sendo o amor da sua vida.  Ouvi a estória toda e não me convenci disso. Acho que pode não ser, e que, quando tiverem a chance de ficarem juntos, existir a possibilidade de que ela descubra isso. É engraçado como nesses casos algumas pessoas, querendo arranjar desculpas para o que o outro fez ou deixou de fazer, assumem culpas que não são suas.

Mas ao mesmo tempo, como pode ser, sugeri que ela se jogasse para ver no que é que dava. Ela me disse que queria fazer mais duas semanas de academia, antes disso. Depois deu o momento profissional que vive como uma razão para que isso espere mais um pouco. Ou seja, ela até parece ter medo de que não dê certo e que, ao concluir isso, ela perca essa esperança em algo que a mantém sem que esse aspecto importante da vida se torne um incômodo. O amor da vida já foi escolhido e se tornará real em algum momento futuro.

Uma outra pessoa, cujo ex-marido, virou uma obsessão para ela, querendo convencer a mim e a si mesma, da validade disso, me disse que um amor tão grande não acaba assim de repente.
Eu disse que não.
Nós vamos matando aos poucos.
Essa está vivendo no passado.

Um outro amigo tem uma fixação por uma pessoa que quando morde é bem forte, depois assopra e alimenta essa fixação. Por tudo que ouvi a respeito, e não apenas dele, ela não é uma pessoa boa. Passa da conta. Deve ser doença. Mas, nesse caso, quem é mais doente? Depois de todas as coisas pelas quais ele passou com ela, qualquer um que tivesse vergonha na cara já teria tomado a atitude de cair fora, por mais que isso custasse.

Mas em Molambo, entre outras coisas, a letra diz: "eu sei que vocês vão dizer que é tudo mentira, que não pode ser, depois de tudo que ela me fez eu jamais poderia aceitá-la outra vez..."

Sou um bom ouvinte, mas não quero ouvir as mesmas coisas, das mesmas pessoas, o tempo todo. Quando escuto alguém espero que, pelo menos, aquilo sirva para que a pessoa organize as coisas dentro dela mesma e que venha a tentar ou a falar algo diferente. Quando eu conto as minhas estórias sei que vão ser os questionamentos que vão me fazer ver um outro ângulo. Mas tem gente que quando a platéia cansa do que está ouvindo eles procuram outras pessoas que queiram ver o mesmo espetáculo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

PRONTO PARA SER

Um dia desses, com amigos, numa determinada situação onde me atribuíam mais bala do que eu tenho na agulha, me senti tentado a perguntar na hora se a pessoa sabia qual era a minha realidade, e me segurei apenas porque achei que não era um momento adequado. Naquele instante poderia até soar deselegante.
Parece que eu quero dizer tudo em todos os aspectos e ser livre.
Livre para ser quem eu sou.

Estou procurando falar e fazer coisas que sejam coerentes com isso.

Estou pronto para ser.
Querendo ser aquilo que eu sou, nem mais, nem menos.
Me perdi dos papéis que me davam identidade no passado e agora quero escolher novamente os meu papéis. Embora como os outros me percebem seja uma questão deles, eu mesmo quero que me perceber como realmente eu sou. Algumas vezes me confundi com as possibilidades do futuro e aquilo que eu era no passado.

Ser o que eu sou, aceitando ao mesmo tempo todo o brilho possível e todas as minhas limitações.

"Volver a sentir profundo, como un niño frente a Dios."  (Volver a los 17)