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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA

Gustavo meu primo é mais novo que eu seis anos e eu lembrei de duas outras estórias dele.

Lembro de quando ele devia ter uns cinco ou seis anos passamos umas férias em Fortaleza e um dia ele teimava que não queria dormir e insistia que não ia mesmo até chegar à mais completa exaustão e dormir em pé encostado num batente da sala.


Doutra vez eu tinha levado um amigo para a fazenda, quando Gustavo já tinha uns dez anos, e toda vez que íamos fazer alguma coisa aparecia um empecilho;  não nesse cavalo, porque esse é meu, não com essa sela porque essa sela é minha.

Quando fomos a São José, fomos na funerária que era onde além de vender caixões de defunto, também se vendiam fogos de artifício e compramos um punhado de cabeções-de-nego. Estávamos estourando uns na frente da casa, na fazenda, quando ele acabou jogando um que estourou embaixo do carro que estava estacionado bem em frente.

Tio Marcos, pai dele, deu um tremendo esporro e mandou parar com aquilo imediatamente e foi o que fizemos.


Costumávamos ir jantar na outra casa e quando estávamos indo para lá o Gustavo já estava saindo  muito alegremente. O Carlos Alberto que fumava, falou para que eu esperasse e deixou uma cabeça-de-nego enfiada num cigarro aceso do lado de fora da casa.


Entramos e estávamos na mesa quando ouvimos o estouro. Tio Marcos chamou o Gustavo e deu outro esporro e quando ele quis se justificar dizendo que não tinha sido ele, mandou ele para cama imediatamente, porque além de tudo ele era mentiroso já que ele era o único que estava lá fora.


Deixei que se passassem anos antes que eu contasse para ele o que aconteceu naquela noite.

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