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quarta-feira, 3 de julho de 2024

UM ENCONTRO VERGONHOSO

 


Tem estórias na vida da gente das quais a gente ri mas fica com vergonha de contar para todas as pessoas. Acho que estou ficando sem vergonha.

Há muitos anos era uma questão de discrição da minha parte, tinha um certo cuidado porque as pessoas podiam conhecer os personagens da estória, mas hoje faz tanto tempo que a qualquer um só resta ver o que teve de engraçado no acontecido.

Eu tinha uns dezesseis anos e ia passar muitos fins de semana numa fazenda que a família tinha perto do Rio. Comecei a gostar tanto daquilo que passei a ir mesmo que ninguém fosse.

Nunca entendi o motivo da cidadezinha, que ainda era um distrito de Petrópolis, ter tantas meninas excepcionalmente bonitas e, naquele momento eu era interessante para uma parte delas. Passou a ser um outro atrativo.

A vontade de ir era tanta que quando ninguém da família ia eu, menor, sem carro  e sem carteira de motorista, pegava um ônibus para a rodoviária do Rio, de lá um ônibus para Petrópolis, de lá outro ônibus que parava em tudo quanto é lugar para a vila da fazenda e ainda caminhava quatro quilômetros à pé até chegar na fazenda. Chegando lá eu andava à cavalo e de charrete.

Eu tinha um tio avô que tomava conta da fazenda e ele e a mulher tinham um lugar para ficar na cidade quando não queriam voltar para a fazenda, Esse lugar que tinha um quarto, um banheiro e uma cozinha ficava numa parte de uma casa antiga enorme que foi dividida e eles colocaram esse lugar à minha disposição para quando eu quisesse.

Entre outros inquilinos, no segundo andar dessa casa morava uma família que tinha uma filha com talvez um ano a mais que eu e durante o dia rolou uma conversa com muito interesse meu e dela e marcamos de nos encontrar à noite. Fui para a fazenda e voltei para a cidade para dormir esperando a hora de estar com ela.

Quando chegou a noite ela bateu na minha porta e disse que não ia dar certo por algum motivo mas a tensão sexual tanto da minha parte quanto da dela era tanta que começamos a nos beijar já ali na porta, ela entrou e a começou uma brincadeira que recomeçava em seguida a cada orgasmo. 

Nós éramos adolescentes cheios de tesão e enorme disposição física. Mesmo com tantas vezes ainda não tinha sido suficiente quando a mãe dela, que eu não conhecia, bateu na porta.

Tenso.

Ela se vestiu, tomou uma chamada ali na minha frente e subiu com a mãe. 

O pai que tinha um taxi, estava trabalhando. Foi da reação dele que eu fiquei com medo. Imaginei que com ele ia ser um encontro dramático.

Rapidamente peguei minhas coisas, coloquei um edredon nas costas e fui caminhando para a fazenda preocupadíssimo, olhando para trás a cada instante, achando que algum momento o pai dela viria tirar satisfações comigo.

Logo as luzes da cidade ficaram mais longe e a estrada sem iluminação. Um pouco adiante eu vi uma pessoa acocorada na beira da estrada, descansando e me acocorei ao lado dele e comecei a conversar, bastante agitado. 

Ao mesmo tempo  eu olhava buscando os faróis do carro do pai dela que, naquele instante eu tinha certeza, viria atrás de mim. Eu estava muito preocupado mas consegui conversar com meu novo amigo e descobrir que ele trabalhava na fazenda e bebia tanto que ganhou o apelido de Isqueiro.

Ele achou estranho eu me acocorar ali do lado dele ali no escuro mas conversou comigo que não falei uma palavra a respeito do que tinha acontecido.

Daqui à pouco ele arrancou um matinho e limpou a bunda.

...

Pois é... Ele não estava descansando. E eu estava com tanto medo que não tinha percebido.

Cheguei à fazenda que não tinha energia elétrica e fui direto acordar o tio avô para contar o acontecido e ele me tranquilizou muito dizendo que eu não me preocupasse que o pai dela não viria. 

E não veio.

No dia seguinte ele voltou da cidade contando que tinha sido  um dentista que também era inquilino na casa que tinha contado para a mãe dela que a tinha visto entrando no meu quarto, e contou também que ela tinha dito para o fofoqueiro que tinha brincado até acabar todo leitinho. Não exatamente com essas palavras.

domingo, 30 de setembro de 2012

A FILHOTINHA E O TRAVESSEIRO

A filhotinha devia ter menos de dois anos e estava viajando sozinha comigo quando chegamos na casa de uns tios. Encontramos lá Helena, tia dos meu primos que também estava por lá passando uns dias e a filhotinha ficou enlouquecida quando descobriu que Helena tinha um travesseirinho pequeno, de cetim azul, feito por ela para tornar as viagens mais confortáveis e do qual ela iria precisar na viagem de volta.

Ela descobriu na hora que precisava de um travesseiro como aquele e começou a pedir e ia e voltava entre Helena e eu com aquela estória de que queria o travesseiro.

Foi quando eu disse para ela propor comprar o travesseiro de Helena que, para acabar com aquela coisa, resolveu dizer um valor alto talvez pensando que eu fosse dizer que era muito caro para a filhotinha e com isso ela deixasse Helena em paz.
É difícil fazer o paralelo com os dias de hoje, mas seria como cinquenta dólares hoje.

Quando a pequenininha veio me dizer o preço, na mesma hora eu abri a carteira e dei o dinheiro a ela que foi com ele na mão para dar a Helena, que pensou que seria inútil resistir, e entregou o travesseiro e  o dinheiro para uma criaturinha persistente e extremamente satisfeita.

sábado, 29 de setembro de 2012

UMA SAÍDA HONROSA PARA UM PRIMEIRO ENCONTRO CHATO


Hoje fiz uma visita a minha tia Zita e pedi para ouvir novamente a estória de quando conheceu meu tio Marcos, com quem viria a se casar.

Tia Noheme e meu tio Manoel, irmão dele, tinham uma vizinha, Marina Costallat que sempre que ia fazer uma festa tinha o cuidado de convidar pessoas de forma a fazer com que a conversa fluísse com todos os presentes. Por exemplo, se convidava um médico procurava convidar outro médico para que eles tivessem com quem conversar. O convite aos dois tinha a intenção clara de que eles podiam vir a achar interessante se conhecerem melhor.

Tio Marcos, um estrategista por natureza, procurou se prevenir para a possibilidade de achar aquilo chato. Logo que chegou disse que tinha vindo para conhecê-la mas que ele tinha um compromisso para um tempo depois, então não poderia ficar muito tempo, marcando uma determinada hora para sair.

Quando chegou a hora marcada ele já estava achando a conversa muito interessante e ela lembrou a ele que estava na hora dele ir embora, mas ele disse que na verdade o compromisso era para uma hora mais tarde então ele poderia ficar mais um pouco.

Uma hora mais tarde ela lembrou a ele que estava na hora dele ir embora, mas ele quis ficar mais. Foi quando ela, já sabendo que podia provocá-lo e que o compromisso dele em seguida tinha sido uma armação dele, disse a ele que ela não gostava de pessoas que não respeitavam muito seus horários e compromissos.

Bom, o resultado desse encontro é que os dois casaram e assim permaneceram até que a morte os separou.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

QUANDO NÃO TER CIÚMES

Eu estava com meus tios numa festa e meu tio, uma pessoa muito popular, estava gracejando com uma jovem bonita, que estava rindo muito das suas gracinhas, quando perguntei a minha tia se aquilo incomodava a ela de alguma forma.

 Naquela curta resposta ela me me deu uma das melhores lições a respeito de relacionamentos que tive na minha vida:

- Não, meu filho.
Seu tio é como um cachorro correndo atrás de um carro.
Ele não quer pegar o carro.
Só quer latir um pouco.

FORA DO BRASIL ACHANDO QUE NINGUÉM ESTAVA VENDO...

Ela ouvira muita coisa a respeito dos bares de Cancun.
Ir a um bar na sua cidade onde se bebesse daquela maneira, sequer passaria pela sua cabeça, mas ela estava em Cancun, num bar animadíssimo cercada por uma multidão de gente bonita, alegre e principalmente totalmente desconhecida, bebendo, rindo e se divertindo.

Ela começou a beber também e estava começando a se sentir muito animada, muito feliz, livre dos cuidados que tinha quando ia em algum lugar na sua cidade e ficou interessada em entrar na brincadeira que era caminhar numa passarela, que começava dentro do bar, dava uma volta pela parte externa  e entrava novamente no bar, enquanto derramavam bebida na sua garganta e a multidão enlouquecida estimulava de todas as formas a pessoa que estava fazendo aquilo.


Finalmente tomou coragem e foi.

Me contou que era grotesco, mas que nem ligou.
Colocavam um pano no queixo das pessoas para que elas não encharcassem a roupa de bebida e quando completou a volta já estava se sentindo linda, eufórica, no meio daquelas pessoas lindas também, e principalmente totalmente desconhecidas, quando escutou:

- Doutora?


E reconheceu ao lado dela, um aluno do curso de direito, querendo a confirmação se era mesmo a sua séria professora.


Me contou que o pilequinho gostoso começou a passar ali, na hora!

sexta-feira, 27 de julho de 2012

ESTÓRIAS DO TIO CANDINHO 4 - O JEGUE ATROPELADO


Adalberto, nosso primo, é filho de nossa prima Yvone e de José Clementino havia ido com uma pick-up F-75 ao interior e naquela viagem acabou por atropelar um jumento, deixando o animal vivo, mas machucado e a notícia chegou a Remanso, na Bahia onde eles e tio Candinho moravam.

José Clementino era muito nervoso e não reagia muito bem a nenhuma situação de estresse. O resultado é que Yvone fazia tudo para evitar qualquer situação que o aborrecesse. Quando aquilo veio aos ouvidos de tio Candinho, sabendo que José Clementino tinha ido naquele dia para Salvador e que iria demorar uns três dias para voltar ele viu ali uma ótima oportunidade para divertimento às custas dela. Arranjou um pedaço de papel de embrulhar pão, lambuzou com um pouco de manteiga e escreveu uma carta para José Clementino, que sabia que ia ser lida por Yvone, como se fosse o dono do jumento atropelado. Colocou  a carta num envelope e amarrou com um barbante. Arranjou um menininho com um chapeúzinho de palha e mandou entregar na casa de José Clementino.

Para desfrutar da coisa desde o começo, deixou passar uns cinco minutos e apareceu na casa de Yvone com a desculpa de que queria um alicate emprestado. E para não rir quando Yvone fazia os comentários primeiro de pena, depois da exploração quando viu o monte de zeros, virava a carta para o outro lado para chegar mais perto da luz.

 Dizia a carta entregue à Yvone:

Taboa, 3 de março de 1970
Seu José Clementino


adeus
saudação


Sábado da sumana passada passando um rapaz que diz que é  fió seu pegou um jumento meu. 
O mesmo está passando muito mau (sic) com o encontro das alcatra muito inchado. 
Mais nóis só tem esse bichinho e é pra apanha dágua pra desmancha da farinha.
Nóis tem pelejado muito cum remédio de raiz de pau mas o bichinho não melhorou nada.
Istro dia o cumpadi Melquiade enjeitou pelo dele 6000000000 (um monte de zeros, que só eram para significar um número grande) e nem era famoso como o meu.
Se nois arranjar um passo (passe) num caminhão nóis vai levar ele aí pra vosmicês dar uns remédio de farmácia.
Nois é agregado de seu Agraro


seu criado


Antonio Pereira

A  brincadeira durou uns dois dias até a véspera da volta de José Clementino, porque Tio Candinho tomou as providências de avisar na casa de seu Agrário, para que confirmassem que tinham um agregado de nome Antonio Pereira, de avisar seu Ramos que entendia muito de animais e a quem Yvone iria procurar no dia seguinte para que ele arranjasse um jumento tão famoso quanto aquele para repor o jegue atropelado.



A única pessoa que ele esqueceu de avisar, Yvone se encarregou. Ela foi até a agência do misto (Isso era uma mistura de Caminhão e ônibus que circulava pelo interior de alguns estados, inclusive na Bahia, onde se passou o fato) e pediu para avisar ao motorista que se houvesse alguém querendo colocar no misto um jumento machucado para trazer para Remanso, que avisasse que não precisava não que ela já estava providenciando um tão famoso quanto aquele para mandar para ele.

A brincadeira só terminou na véspera da volta de José Clementino, quando Yvone ainda rezava para que o problema fosse resolvido antes da chegada dele.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

VELHA TOLA !!!

Adriana me contou essa.
A pequenininha estava perto quando a mãe encontrou com uma amiga da avó que, na conversa foi informada da morte dela. E ela, de uma inconveniência total, perguntou para a pequena se a avó tinha ido para o céu.
Ela respondeu:
- Não, quem foi para o céu foi a tia Clarice, que foi de avião para a Alemanha.
A vovó morreu.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

BRINCADEIRA SEM GRAÇA

Na Copa de 2010 em dois jogos fiquei muito sem graça.
Um deles, no final de junho, Brasil e Portugal, fui assistir com dois clientes, um americano e um português, num restaurante na Vila Olímpia. O português levou uma bandeira de Portugal que colocou na mesa.
Estávamos certos de que seria engraçado.

Não foi.
Deu empate 0 x 0.

Dia 2 de julho, quando o Brasil ia jogar com a Holanda, eu estava certo que o Brasil ia ganhar e comprei uma camiseta laranja da Holanda com a bandeira e os leões com a bola, porque achei que ia ser engraçado usar depois do jogo.

O Brasil perdeu 2x 1.
Não usei.

Perdeu a graça.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

CRIAR HÁBITOS É EDUCAR

Li um texto interessantíssimo de Bacon sobre hábitos, onde dizia que eles são o principal determinante da vida das pessoas, e algo que eu nunca havia pensado dessa maneira, mas depois de ler, fica quase óbvio:

CRIAR UM HÁBITO É ÉDUCAR!

Até quando educamos um animal, fazemos com que eles criem hábitos.
Quando precisamos mudar determinados hábitos devemos considerar que necessitamos de uma reeducação.

Minha vida está girando em torno de mudar alguns dos meus hábitos, mas estou me educando e educar leva tempo.

Quando o hábito está arraigado, sequer pensamos quando fazemos.
Mudar, muito tem a ver com a determinação de persistir.

Eugène Delacroix falava de Distração da seguinte forma:
O termo vem de distrahere: desligar de, arrancar a.
uma expressão de sentido negativo, que traduz a primeira operação a fazer para obter um prazer qualquer: extirpar-se do estádio de tédio ou de sofrimento em que nos encontramos. Assim, «vou-me» distrair quer dizer: vou tirar do meu cérebro a ideia do mal presente, vou esquecer, se puder, a minha dor de maneira a, ainda por cima, ir gozar. Todos os homens precisam de se distrair e gostariam de se sentir assim continuamente.

Tive tempo até para não fazer no dia que bateu uma falta de vontade, nos dias em que eu queria tirar do meu cérebro a idéia do mal presente e esquecer a minha dor e voltar àquilo num dos dias seguintes, quando já me sentia novamente com coragem e vontade.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

EU NEM LEMBRAVA QUE GOSTAVA DE GIN

Lembro de quando eu era garoto eu gostava de gin-tônica.
Fazia um milhão de anos que eu não tomava um.
Ontem eu estava no Bar des Art e antes de automáticamente pedir uma cerveja, que normalmente é o que eu bebo, me dei um tempo para pensar e lembrei que estou indo tão bem, com a barriguinha da qual eu estava começando a reclamar começando a ir embora, que decidi pedir um.
Como é  bom escolher algo para comer que depois pensamos que era exatamente aquilo que queríamos.
Descobri que isso também é bom com beber.
Vou voltar a beber gin.
Nem lembrava como eu gostei um dia.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

COMO ESCOLHER O MELHOR TABLET

Dá uma espiada no que esse tablet faz. Não precisa nem tradução! A demonstração feita no filme é auto-explicativa: http://www.youtube.com/watch?v=GSq7D6aX4dI

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA

Gustavo meu primo é mais novo que eu seis anos e eu lembrei de duas outras estórias dele.

Lembro de quando ele devia ter uns cinco ou seis anos passamos umas férias em Fortaleza e um dia ele teimava que não queria dormir e insistia que não ia mesmo até chegar à mais completa exaustão e dormir em pé encostado num batente da sala.


Doutra vez eu tinha levado um amigo para a fazenda, quando Gustavo já tinha uns dez anos, e toda vez que íamos fazer alguma coisa aparecia um empecilho;  não nesse cavalo, porque esse é meu, não com essa sela porque essa sela é minha.

Quando fomos a São José, fomos na funerária que era onde além de vender caixões de defunto, também se vendiam fogos de artifício e compramos um punhado de cabeções-de-nego. Estávamos estourando uns na frente da casa, na fazenda, quando ele acabou jogando um que estourou embaixo do carro que estava estacionado bem em frente.

Tio Marcos, pai dele, deu um tremendo esporro e mandou parar com aquilo imediatamente e foi o que fizemos.


Costumávamos ir jantar na outra casa e quando estávamos indo para lá o Gustavo já estava saindo  muito alegremente. O Carlos Alberto que fumava, falou para que eu esperasse e deixou uma cabeça-de-nego enfiada num cigarro aceso do lado de fora da casa.


Entramos e estávamos na mesa quando ouvimos o estouro. Tio Marcos chamou o Gustavo e deu outro esporro e quando ele quis se justificar dizendo que não tinha sido ele, mandou ele para cama imediatamente, porque além de tudo ele era mentiroso já que ele era o único que estava lá fora.


Deixei que se passassem anos antes que eu contasse para ele o que aconteceu naquela noite.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

UMA ANALOGIA ENGRAÇADA

Estou lendo um livro sobre as mudanças sociológicas nos relacionamento afetivos das pessoas, mas um certo momento a autora comenta que as mulheres podem preferir uma noite com as amigas a uma noite com um homem pouco conhecido e faz a analogia se referindo ao mercado financeiro:

"Uma noite com as amigas traz recompensas líquidas e certas, enquanto uma noite com um homem que mal conhece pode ser uma perda total. Amizade é um título, mas um relacionamento amoroso é um capital especulativo."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O CACHORRO MAIS ESPERTO QUE VOCÊ



Ouvi a estória de uma mulher que percebeu que o marido fazia a maior festa para o cachorro deles quando chegava em casa e com ela não era tão efusivo, mas observando bem ela percebeu que o cachorro ia recebê-lo na porta de casa na maior alegria todos os dias.
Ela resolveu mudar o jogo e quando o marido estava para chegar trancou o cachorro no banheiro foi recebê-lo na porta e depois comentou:
- Não é tão mal. Tapinhas na cabeça e festinha na orelha.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CADA DOIDO COM SUA MANIA

Meus primos contam que no interior da Bahia apareceram uns chineses vendendo tênis e quase que não falam português. Vem oferecem os tênis, por, sei lá, só para dar um número, R$ 100,00, e o pessoal lá que já gosta de uma brincadeira, oferece R$ 250,00 por dois pares e o chinesinho não aceita.

Perto de um supermercado onde gosto de ir para comprar frutas tem uma mulher que vive na rua e me chama atenção porque ela está sempre sentada e olhando uma revista ou outra, com o maior interesse. Quando eu estava indo para o supermercado ela me pediu uma moeda e eu não tinha, mas disse a ela que iria arranjar.

Quando eu voltei quis dar para ela uma nota de dois reais, mas ela não quis e falou alguma coisa que eu entendi como não querer dinheiro em papel, e aí eu já tinha uma moeda de um real.

Dei para ela e ela muito contente aceitou.

E nem chinesa ela é.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AINDA FAZENDO GRAÇA

Não foi dessa vez, mas já foi depois do derrame.
Meu "pai" falava a respeito de uma estradinha que vai para um lugar a beira do Rio Preto, que chamamos de Prainha e dizia que ela naquele momento não estava boa e que não dava nem para manobrar nem chegar até lá então tiveram que voltar sem poder virar o carro.

Ao fazer o comentário achei muito engraçado que ele fizesse questão de esclarecer:
"Sem nenhuma conotação sexual, mas a sua mãe é muito boa de ré."
Achei o máximo que ele me viesse com uma dessas.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

DONA COISINHA E ELA SABIA QUEM ERA

Meu pai e meus tios trabalhavam juntos.
Meu tio Manoel, que era o patriarca da família, tinha uma secretária chamada Maria dos Remédios que além de dar um jeito em tudo e ajudar todos eles era duma sintonia com o que ele eles estavam fazendo e pensando que a tornava capaz de fazer coisas excepcionais.

Vou dar um exemplo, que se passou com meu pai, que sem lembrar do nome da pessoa com quem queria falar, lhe pediu para que ligasse para "Dona Coisinha".
E ela ligou.

Para a pessoa certa.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESTÓRIAS DO TIO CANDINHO 3 - ISAMAR NÃO VOLTA

Isamar era quase que da família e também foi quase que uma outra mãe para meus primos. Ela era do Bem Bom, um povoado próximo,  estudava e passava o tempo de escola com meus tios e nas férias ia ficar com seus pais. No dia previsto para ela voltar ela, o ônibus veio, mas ela não.

Minha tia Luciola preocupada telefonou e comentou o fato com tio Candinho, que viu ali uma ótima oportunidade para lhe pregar uma peça. A irmã dele, Tia Cleó tinha vindo visitar minha avó e antes de ir embora passou pela loja onde estava tio Candinho, que lhe pediu para para ser sua cúmplice, escrevendo uma carta para minha tia, como se fosse do pai da Isamar,dizendo básicamente que Isamar não voltaria para estudar em Remanso, o que foi feito ali mesmo, com as instruções dele.

Na carta "o pai" dizia que Isamar não iria voltar para estudar porque havia chegado na cidade deles uma sobrinha do Dr. Adolfo, que era boa professora então que ela estudaria por lá mesmo no Bem Bom.  Que não pensasse que era por nada não, e por aí a coisa ia.

Ele mandou entregar a carta para minha tia na casa dele e logo em seguida já chegou meu primo Carlos Amâncio chorando na loja por conta da novidade. Tio Candinho acalmou ele, contando a verdade, enquanto minha tia ligava para contar da carta recebida para minha avó. Minha avó que gostava muito de uma brincadeira, conhecendo bem o filho dela, teve pena e logo perguntou à nora:
- Minha filha, isso não é coisa do teu marido?
Mas Luciola tinha certeza que não e sofreu o dia inteiro com aquilo e quando soube se sentiu como uma patinha. Resolveu que deveria haver algo para mostrar que ele também era capaz de cair num trote e buscou a oportunidade.

Tio Candinho havia comprado uma propriedade de um amigo chamado Pedro Leobino. Essa propriedade veio a ser inundada pelo lago formado pela represa de Sobradinho e essa inundação gerou uma indenização paga pela CHESF ao atual proprietário, que era ele. Ali estava a chance para a peça.

Ela escreveu uma carta para tio Candinho como se fosse o Pedro Leobino, dizendo que correu a notícia que ele fora bem indenizado e que tendo isso em vista ele tinha chegado à conclusão que havia vendido o sitiozinho muito barato. Tio Candinho recebeu a carta e acreditou que o remetente havia sido o Pedro e passou o dia inteiro meio chateado com o assunto, de vez em quando voltando a ele, quando encontrava com quem conversar, inclusive minha tia que havia providenciado a entrega da carta na loja.

Terminado o dia ele foi tomar uma cerveja com alguém que trabalhava no banco que ficava em frente à loja e novamente comentou o assunto, tirando do bolso a carta para mostrar ao amigo, mas no momento que abriu a carta percebeu algo que não havia notado antes; a curvinha da letra "c". E na hora pensou: -Eu conheço esse "c"; reconhecendo a caligrafia da própria mulher e também que havia caído na brincadeira.

Mas, como ele mesmo diz, trote merece contra-trote e já arquitetou o que faria.

Chegou em casa e minha tia perguntou como havia sido o dia e ele disse:
- Sabe quem apareceu hoje na loja? E já respondeu: - Pedro Leobino.
Ela quis saber o que aconteceu e ele contou.
-Ele não falou nada. Só ficou sentado ali em frente à minha carteira, sem falar nada, só me olhando. (É, pra fazer graça ele fala da mesa dele como se estivesse na escola).
- E aí Candinho, o que é que você fez? Perguntou ela curiosa.
E ele:
- O que é que eu podia fazer? Peguei o talão de cheques e fiz um cheque e entreguei para ele.
Foi quando ela ficou desesperada com o resultado da brincadeira:
- Fui eu que escrevi a carta Candinho!!!  Fui eu!!!

Para algumas coisas, como pregar uma boa peça, é bom ter um profissional.
Ele é.
Ela não.

terça-feira, 5 de julho de 2011

MINHA VIZINHA QUER AGASALHAR MEU PASSARINHO

Certas coisas contadas de maneira torta ficam bem feias, mas engraçadas.

Cheguei em casa hoje e o interfone tocou.
Era um dos porteiros dizendo que uma moça veio até aqui e disse que morava em frente e via na minha varanda a gaiola e que ela ficava lá pendurada, mesmo nos dias frios, e que se eu não me ofendesse ela gostaria de providenciar uma capa para a gaiola.

Perguntei a ele se ela era muito velha e ele disse que não.
Perguntei se era bonita, ele disse que era.
Perguntei se deixou o telefone. Deixou.

Não tenho gaiola fechada e os muitos passarinhos vem e vão aqui pela comida grátis.
Será que não dá para ver isso, ou ela é melhor do que eu na arte de fazer contato?