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domingo, 31 de julho de 2011

HE AIN´T HEAVY, HE´S MY BROTHER - Bill Medley

The road is long
With many a winding turn
That leads us to who knows where
Who knows when
But I'm strong
Strong enough to carry him
He ain't heavy, he's my brother


So on we go
His welfare is of my concern
No burden is he to bear
We'll get there
For I know
He would not encumber me
He ain't heavy, he's my brother


If I'm laden at all
I'm laden with sadness
That everyone's heart
Isn't filled with the gladness
Of love for one another


It's a long, long road
From which there is no return
While we're on the way to there
Why not share
And the load
Doesn't weigh me down at all



He ain't heavy, he's my brother
He's my brother
He ain't heavy,
he's my brother...

MEU IRMÃO NÃO ME PESA

Eu estava preocupado com uma adolescente que tem um irmão com necessidades especiais e que, tive a impressão, que foi um dos fatores de pressão que a irmã dela não aguentou, seria o que isso significaria no futuro na vida dela.

Há um tempo atrás procurei conversar com ela, francamente, sobre o assunto, e lembrar que ela não era mãe dele, mas irmã, e fiquei muito feliz e aliviado porque ela acha que cuidar dele é uma coisa absolutamente natural e que não pesa a ela em nada.
Ainda não havia falado disso, mas me lembra muito a música. Acho que vou postar.

45 MINUTOS - TEATRO COM CACO CIOCLER

Achei que estava na hora de ir ao teatro. Aproveitei para ver "45 minutos" com o Caco Ciocler e tinha muita gente fazendo o mesmo. 

Em tese seria algo sem roteiro, onde um ator tem que entreter o público por um tempo mínimo de 45 minutos e no começo ele diz que vai ser chato, que se alguém quiser ir embora que saísse naquele momento e lamentei depois não ter aproveitado a oportunidade.

Se conseguisse ter me levado a raciocinar sobre a necessidade de estar entretido, pelo menos, como prometia numa sinopse...

Depois de 45 minutos, sem nada me fizesse mudar de idéia, aproveitei para sair no escuro.
Não aguentava mais
Estou valorizando muito meu tempo.
Perdi um pouco dele ontem.

FELIZ NO MEIO DA MULTIDÃO

Fazia tempo que eu estava falando em fazer alguma coisa e ontem era sábado e a Adriana havia falado na Bourbon Fest, no Ibirapuera, mas quando começou a chover e ela desistiu, eu já havia decidido que iria de qualquer maneira.
Começava as três e meia e chegando lá achei que uma cerveja ia bem e tomei umas cinco, e olha que normalmente eu bebo pouco.

Talvez isso tenha contribuído para que ficasse bom. 

Fiquei até umas sete e pouco da noite, no meio das pessoas, num lugar de onde podia ver o palco e não falei com ninguém. E ainda assim foi bom.

Gente que estava ali para aproveitar, um ou outro cheirinho de fumo, aqui e ali, a maioria das pessoas mais jovens e eu num clima de achar tudo bom.

Dali fui até o Centro Cultural, e peguei pelo meio uma apresentação da banda do Thunderbird, da MTV, fazendo uma apresentação com músicas dos filmes do Quentin Tarantino onde se projetavam partes das cenas e cenas deles no show.

Também foi ótimo.

Depois fui ver uma peça com o Caco Ciocler que não fechou tão bem com horas de coisas boas.

Que jeito?
Faz parte. A gente não acerta todas.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

LIVRE E SEM RUMO

Olhando para muita coisa que aconteceu na minha vida como a um mosaico que se formou, penso, ao menos como um exercício mental, se eu, como se fosse um adolescente, poderia escolher fazer qualquer coisa da minha vida. 
Ir para qualquer lugar.

Cada um tem sua vida e eu não me sinto fazendo parte da vida de ninguém. Estou fazendo testes.

Quando eu estava casado a vida fazia sentido em si mesma.  Eu não precisava de outro.
Achava, e porque achava, tinha paixão, até o momento que achei que não tinha, e por achar assim, não tinha mais. 

O mundo é sempre de dentro para fora.

Quando você tem família, você escolhe naturalmente quais são as prioridades e as assume de bom grado. Com nossa separação ela ficou na casa, ficou com a família que era dela e depois de um tempo é como se eu não existisse para os filhos dela que criamos juntos e se for completamente honesto, minha filha, também não entendeu nenhum dos meus recentes recados.

Nunca recebi um telefonema deles mas entendo que a empatia seja totalmente dirigida à mãe. Acho que também esperavam que fosse passageiro e não foi, mas ela também esperou que tudo fosse nos termos dela até o limite. E também não teve nenhuma daquelas atenções que poderia ter feito diferença.

Depois, passou do limite.

O meu trabalho para mim faz sentido.  Sinto que faço diferença, que sou valorizado e gosto do que faço, tenho prazer nisso e gosto de pensar que meu trabalho é fazer a vida das pessoas mais fácil, mas de vez em quando tenho dito que vou ali ser feliz por um pouquinho. Com isso vejo que só o trabalho não dá sentido a tudo.

Sei de algumas coisas básicas a meu respeito e uma delas é que eu gosto de gente. Uma alternativa provavelmente tinha que ser algo onde eu me sentisse fazendo o bem a alguém.

Fico pensando que quando na sua vida você toma como missão cuidar de alguém, você adia ou esquece aquilo que poderia querer. Será que você estaria esquecendo da sua própria vida?

MELHOR SER UM BOM SOLTEIRO

As vezes um pedaço de alguma coisa me serve.

Um dia desses vi um pedaço de uma entrevista, que alguém me lembrou que foi do Pedro Bial, onde ele dizia que já havia sido casado, mas que estava se tornando um marido cada vez pior, então que hoje ele preferia ser um bom solteiro.

Acho que fui um bom marido, mas algumas das pessoas amigas com quem conversei, quando me separei, com muita empatia, queriam fazer de mim uma coisa maravilhosa em oposição ao monstro que devia ser minha ex mulher. Mas eu tinha consciência da inconsciência delas e minha dos meus defeitos e limitações.

Sei que tenho coisas boas, mas sei que não tenho apenas coisas boas. Acho que talvez tenha sido esse o motivo porque não prossegui com a terapia. Eu queria trabalhar minhas arestas, ver onde eu tinha errado e não saber aonde eu tinha acertado. 
Também sempre soube das muitas qualidades que a minha ex tinha, e esse crédito elas, incluindo a terapeuta, não queriam dar.

Mesmo falando bem, é lógico que passei a ver algo como um defeito que se tornou incontornável para que continuássemos juntos.

A amiga que indicou me disse que a terapeuta provavelmente achava que nenhum de nós dois precisava de terapia, que não tínhamos problemas. Eu sentia que precisava e por fim a terapia foi no blog e nesses últimos tempos isso deu uma arrancada, porque consegui ver um conjunto nisso tudo e me senti pronto para olhar não apenas para o que seria bonitinho e arrumadinho de se ver, mas aquilo que não é, que é onde importa, já que é isso que traz as mudanças das quais preciso.

Mesmo com toda solidão e sofrimento que isso me custou, com os arranhões à auto-estima, a falta de chão que isso gerou, esse tempo serviu para que eu mergulhasse em mim mesmo e me conhecesse de uma forma mais profunda do que jamais me conheci. 
Mesmo sabendo que fazer isso seria uma forma de me defender, estou procurando não posar de bacana, mas saber das minhas limitações e ser quem eu sou, em todos os aspectos.

Existiam aspectos que eu ignorava, mas ignorar, agora, tornou-se impossível. Depois de me conscientizar do que é minha vida, do que posso mudar, saber o que não posso e saber quem eu sou,  vou é procurar estar com pessoas que me aceitem com o que isso tem de bom e de ruim.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

NINGUEM SABE O QUE SE PASSA NA CABEÇA DO OUTRO

Nada como olhar para os acontecimentos depois de passado algum tempo.

Conseguimos ver de uma forma que não conseguíamos ver antes, muitas vezes de uma maneira mais completa e levando em conta os possíveis pensamentos de outras pessoas.

Homens são reativos e não reflexivos, e, com isso a vida é simples mas o universo feminino é muito mais vasto do que sequer imaginamos.

No caso da minha separação eu sinceramente acreditava que tudo estava muito bem, mas lembro de uma amiga que contava que entre ela achar que estava tudo bem e a separação dela, não passou um mês.

Havíamos aprendido a conviver com o outro e chegado num ponto de entendimento onde ficou difícil para qualquer um que nos conhecia acreditar que iríamos um dia nos separar. Nem eu acreditava, mas estávamos numa situação onde não dava mais para voltar para trás. 
Acho que me tornei condescendente e chegamos a uma situação onde eu resolvi não ser, e mesmo quando cogitei de conversar a respeito do que havia acontecido, ela achou que não precisava, que estava resolvido. Talvez pensasse que eu estava pronto para ser condescendente novamente.
E eu não estava, talvez nunca mais viesse a estar.

Homens, quando zangados com alguma coisa precisam de um tempo.
Ela não quis respeitar o meu. 
Deu no que deu. 

Me fez pensar em várias coisas que eu não achava que precisava pensar. A separação nos dá esse tempo e, depois de passada a raiva, também conseguimos ver onde possivelmente estávamos errando também.

Eu me sentia muito bem casado, mas naquele ponto comecei a sentir algo que passei a achar insuportável.

Devia ter aprendido a ler os sinais, as doenças, o ficar na televisão e eu querendo ir brincar, até eu ficar exausto e ir dormir. Mesmo depois de vinte e cinco anos juntos eu ainda sentia atração pela mesma mulher. Já ouvi muitas vezes e estou quase convencido que isso é raro, mas não resolvia.

Em nome da mais absoluta verdade, confesso que gostava quando havia numa situação qualquer um clima de flerte para saber que não estava jogado fora, mas eu não tinha dúvidas que estava casado e nunca tive muita vontade de passar disso.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

ONDE MINHA VONTADE ME LEVAR - Toquinho

Composição: Toquinho / Azeitona
Hoje eu vou rir, me descuidar.
Não vou fingir nem me enganar.
Hoje eu só quero ir
Onde a minha vontade me levar.
Eu vou.

Quem quiser vir, é só chegar.
Sem reprimir nem controlar.
Hoje eu só quero ir
Onde a minha vontade me levar.

Se alguém vier me interromper,
Depois quiser me maltratar.
Não vou querer me desculpar,
Não vou ceder nem vou calar.


Hoje vou rir, desabafar,
Desprevenir, desacatar.
Hoje eu só quero ir
Onde a minha vontade me levar.
Eu vou, eu vou, eu vou...

terça-feira, 26 de julho de 2011

JULIANA, EU CONTINUO ACREDITANDO NO AMOR E NA PAIXÃO

Juli,

Está chegando a hora e não estou vendo muitas possibilidades de ir ao seu casamento. Tanto quanto você gostaria que eu fosse, eu também gostaria de ir.

Seria um momento de celebrar o amor em dobro, já que, além de ser um casamento, que já é a celebração do amor, um casamento na família é sempre uma oportunidade para estarmos juntos, o que eu gosto demais e tem sido algo do que eu tenho tido pouco, e assim, celebrar esse amor que sentimos uns pelos outros.

Costumo dizer que, pelo menos para mim, quando dois primos da nossa família estão juntos, se aparece uma mulher linda, ela é um acréscimo a algo que já está bom.

Num livro pouco conhecido, Saint Exupéry fala do ser ferido por um rosto, mesmo que aquele rosto não seja para você. Acho que muitas vezes, nesse momento que você é ferido é o instante em que se criam as paixões. Você não sabe nada a respeito da outra pessoa, mas você gosta do que vê e gostaria de ter para você.

O amor é mais lento.
Exige mais.
Você conhece as imperfeições do que você julgava perfeito, compreende e aceita, e continua achando bom. A paixão sozinha não resiste a isso. 
Conhecer e respeitar a individualidade do outro não é algo muito fácil. Temos uma tendência a pensar que nossa maneira é a mais correta e que o outro deve se adaptar.

Desejo a você que a paixão sempre exista e que vocês se adaptem um ao outro e que sempre descubram um meio termo, onde nenhum dos dois sinta que está se perdendo, e que, quando as mudanças, que são naturais, vierem, vocês aprendam algo novo que continue trazendo a satisfação que vocês esperam desse casamento.

domingo, 24 de julho de 2011

CANTAR JUNTO

Um dia desses a Marcinha perguntou se eu não queria cantar me dando o microfone.
Não eu não queria.
Não quero cantar  sozinho, eu só queria cantar com eles.
A música me dá um prazer imenso.
Alguns deles são profissionais  e foi a música que nos uniu.

Há pouco tempo li as seguintes informações interessantes num artigo:
Dizia que cantar induz a um estado de prazer.
Reduz o nível de cortisol, que é o hormônio do estresse e também que escutar musicas prazerosas está relacionado a liberação de serotonina, que é o neuropeptídio da alegria, do prazer.
A sensação de prazer é aumentada pelo efeito sociopsicológico de fazer música como parte de um grupo.

Também falava das sessões de kirtan - vocalizações de mantras em grupo com instrumentos, feitas pelos hindus. São vistas como um ato de doação - fazer bem ao próximo por meio do canto.
Ao cantar em grupo as pessoas fazem bem a si mesmas e, espalhando essa harmonia pelo universo, beneficiam outros seres, dizia uma professora de canto, nesse mesmo artigo.

A mim mesmo, faz um bem enorme.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

LIÇÕES DOS C.E.O

Pela natureza do meu trabalho acabo lidando com frequência com o principal executivo de muitas empresas, muitas vezes a pessoa a quem o presidente da empresa aqui no Brasil se reporta.
Mês passado tive o prazer de estar novamente com uma das pessoas de maior elegância nas atitudes que conheci em toda minha vida.
Aprendi muito com eles, mas uma das principais lições foi a da simplicidade.
Eles são as pessoas mais simples que eu conheço e que menos querem se impor.

Não precisam provar nada a ninguém.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O REVEILLON SEM NADA A COMEMORAR

Era a tarde do último dia do ano e estaríamos somente os dois por mais um Reveillon. Telefonei e perguntei se gostaria de passar a virada em algum restaurante e ela disse que não, que já havíamos feito isso e não seria bom, já que não conhecíamos ninguém. Que seria melhor se deixássemos para almoçar no dia primeiro em algum lugar interessante.

Sugeriu que eu passasse em algum lugar e levasse algo para que comessemos em casa. Achei perfeito. Logo em seguida ela me ligou dizendo que era melhor que fizéssemos um prato de verão e que para isso eu não precisava passar em lugar nenhum porque tínhamos tudo que precisávamos em casa. O prato de verão fez um dia parte do cardápio do La Mole, no Rio, e era feito com frios e frutas.
Achei melhor ainda.

Cheguei em casa no fim da tarde e a encontrei na varanda. Sentei e começamos a conversar.
Foi quando veio pela primeira vez uma idéia com a qual concordávamos em relação ao que fazer com a casa. Ela disse:
- Aposto que tem muita gente que pagaria para estar num lugar como esse.
Concordei.
Ela prosseguiu:
- Nós deveríamos construir uma casa menor para nós aqui, no mesmo terreno e começar a usar essa casa para eventos.
Novamente concordei, mas acrescentei:
- Eu gostaria de pensar em todas as possibilidades para a casa.
Ela imediatamente disse que não, que tínhamos que ser aquela idéia e pronto.

Retruquei dizendo que eu não estava dizendo que iríamos fazer isto ou aquilo, mas que eu gostaria de pensar em todas as possibilidades, das quais eu vinha falando há anos.
Como ela respondeu que não havia nada para pensar. Que era aquilo e pronto.

Foi quando eu disse:
- Acho melhor a gente calar a boca ou vamos acabar estragando o Reveillon.
E ela respondeu exatamente com estas palavras:
- Já está arruinado.

Seis da tarde, do dia 31 e a situação era aquela. Não havia mais o que falar naquele instante e me calei.

Acreditei que aquilo ia passar, que havia ainda tempo e quando fosse mais perto da meia-noite, aquilo estaria solucionado. Ela foi se deitar em um dos quartos embaixo, onde costumava tomar banho e não fiquei extremamente preocupado  porque achei que aquilo era momentâneo, mas estragava o dia.
Quando vi chegar perto das onze e ela continuar lá, resolvi ir passar a virada na Avenida Paulista

Fui e passei o Reveillon, sozinho, cercado de estranhos. Naquele momento me prometi que seria o último Reveillon que passaríamos somente os dois. Precisávamos de mais gente para tornar aquilo um pouco mais animado.
Achava que quando voltasse para casa ele já estaria no nosso quarto e que depois, naturalmente, resolveríamos a situação.

Quando cheguei em casa ela ainda dormia noutro quarto.
Foi quando tomei uma decisão.

Tranquei a porta do quarto.

O MOTIVO

Há um milhão de anos houve um tempo em que quando brigávamos o mais zangado ia dormir noutro quarto. É o que pode acontecer numa casa com cinco suites. 

Um dia, cansado daquilo, numa reconciliação, fiz algo que nunca fiz:  dei um ultimato.
Disse que não seria daquela vez porque eu não havia avisado, mas que da próxima vez que ela descesse para dormir noutro quarto, que ela não precisava mais subir.
Foi definitivo para que aprendêssemos a lidar com as brigas de uma outra forma.
Resolvemos muitos dos nossos problemas, porque algum momento nos encontrávamos no meio da cama.

PENSAMENTOS DIVERGENTES

Mesmo sabendo que não ia ter uma complementação de aposentadoria, nunca me preocupei muito com isso, porque via a casa e o terreno como um futuro negócio e a consequente renda.
Fazer isso e como fazer foi algo com que nunca concordamos.
Ela dizia que não tínhamos o dinheiro necessário e eu argumentava que o próprio imóvel seria a garantia para o financiamento de qualquer coisa que resolvêssemos fazer lá.
Com isso nunca fizemos nada, já que eu achava que para fazer deveríamos concordar.

Finalmente, quando concordamos com alguma coisa, foi exatamente o começo do fim.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DESCONSTRUINDO A VIDA

Quando digo que estou fazendo testes, estou checando o que eu estou fazendo aqui. Onde e quando sou necessário.
Tenho me questionado a respeito do sentido da minha rotina de vida. Ela está pedindo outro.

Estou desconstruindo minha vida para remontar novamente.
Estou livre para ir em qualquer direção. Depois de desmontar pode fazer todo o sentido usar alguns dos mesmos blocos, até na mesma posição que estavam.

A liberdade e a falta de rotina que tenho aqui, não sei se teria em outro lugar, mas tenho começado a olhar para isso com a mente aberta. Pensar em outras possibilidades, no mínimo é um exercício de quebra de paradigmas.

Ninguém é obrigado a nada, mas nos surpreendemos quando alguém age de uma maneira inesperada, e algumas vezes os julgamos irresponsáveis. 
Quando somos formados da maneira que eu fui, pensamos que é da nossa obrigação fazer isso e aquilo também. No fim, cai naquela estória de vir para esta vida à trabalho ou à passeio.

Eu sei que eu vim à trabalho e é muito complicado mudar isso para pensar que também vim à passeio.

Na minha opinião, cumpri todos papéis a que me propus. E cumpri de bom grado. Fazia sentido para mim. Marido, pai, trabalhador entre outros. Posso até não ter sido, mas penso que fui responsável, trabalhador, apaixonado e dedicado. Dei, dentro das minhas imperfeições, aquilo que eu pude.
Agora, quero escolher novas obrigações e prioridades.

A VIDA SEMPRE FOI SIMPLES PARA MIM

Nunca fui muito de complicar, mas ela também foi boa.
Nunca tive desse tipo de problemas que por mais que você queira tornar a vida simples ela não é. 
Não sei se teria competência para isso.

Olhar com simplicidade torna os problemas menores e já encontrei pessoas que tinham uma tendência a dramatizar tudo e com isso o que acontecia ganhava volume e se tornava grande.

Talvez isso seja uma tendência masculina, essa de dar soluções quando os problemas surgiam ao invés de ficar falando sobre eles.

OLHANDO A MIM MESMO

Talvez eu esteja me repetindo, mas não importa.
Existe uma grande diferença entre homens e mulheres.
Homens são reativos.
Mulheres são reflexivas.

Nesse últimos anos foi que aprendi e me tornar reflexivo e voltar a ter aquela sensibilidade da adolescência e da juventude adulta.Encontrando a mim mesmo a aprendendo a dar importância ao que eu penso e sinto e me despindo de papéis que eu havia assumido de bom grado,  para assumir outros, que estão mais de acordo com meu momento presente.

Soltando os meus bichos através da música alta, do blog e do aprender a reagir às coisas que não me servem ou não me agradam e me tornar a mesma pessoa tanto interna como externamente.

Estou pronto.

PORQUE ESCREVER



Quando comecei a escrever aqui era uma maneira de não estar sozinho. Comecei falando das coisas que estava vendo. Teatro, cinema dança. Sem nenhuma intenção de ser um crítico mas apenas de falar do que eu gostava ou não,  já que eu ia a tantas coisas e quando comentava as pessoas pediam opiniões. Naquele ponto eu queria que as pessoas lessem o blog.

Depois eu comecei a falar das minhas coisas de uma maneira que nem mesmo eu via o quadro completo. Era o que eu sentia na hora. E veio aquela coisa da Sônia me dizer que ia levar dois anos para eu colocar o pé no chão após a separação e eu achar que não, já que eu estava falando do assunto.

Nesse ponto minha prima Viviane, com uma intenção boa, mas completamente equivocada e se dando a um direito que ela não tinha comentou com minha ex que eu estava escrevendo o blog e deu o endereço.

Ali me deu um bloqueio e parei de escrever. Eu não queria escrever para que ela lesse e comentei o assunto de forma discreta, perguntando se o homem havia parado de pensar. Depois voltei, até na esperança que ela tivesse deixado isso de lado.


Mas, entre falar de algum problema e resolver o assunto tem um grande abismo. Podemos passar a vida inteira falando a respeito de alguma coisa que nos incomoda e não realmente resolver ela nunca, embora até possamos estar dando a impressão de estar trabalhando aquilo. E me apareceu aquela passagem do Paulo Coelho, onde a pessoa falava que já havia passado por aquilo tantas vezes e ele dizia que sim, passou, mas que não ultrapassou.


Eu também tinha a esperança de que um dia tudo se resolveria, quase que como por mágica. Um dia eu acordaria e a vida estaria resolvida. Acho que isso só acontece na morte. Mas permanecia uma vontade de organizar a vida.


Venho me sentindo chegar mais perto disso tudo. Organizar a vida e ultrapassar determinadas coisas.


Mas o blog se tornou uma terapia e na terapia acho que só conseguimos seguir adiante quando falamos de algumas coisas. No meu caso, ainda tem um outro aspecto. Eu preciso escrever sobre o assunto. Posso ter falado mil vezes sobre ele mas parece que só vou conseguir deixar de lado, depois que escrever. Aí fica a impressão de que não preciso falar mais sobre ele.

Há aquelas figuras para crianças juntarem os pontos seguindo os números e no fim conseguem ver uma figura que não viam antes de ligar os pontinhos e eu me sinto como numa delas. Pronto para juntar os pontinhos e ver a figura formada. Ver o quadro completo.


Eu dizia: "Deixa eu falar".

Me sinto pronto para falar de tudo e me sinto capaz de fazer isso de onde eu estou. Não quero fazer isso num novo blog, porque na verdade embora eu não vá ser indelicado com ninguém eu estou sem me importar com parecer perfeito ou que minha vida assim o pareça, porque eu estou pronto para ser. Eu sou.

Comecei me colocando com pessoas com quem não me importo muito, mas vejo que chegou a hora de realmente passar a vida à limpo. Me colocando com as pessoas de quem gosto também.


Essa é a minha verdade.


Embora eu reconheça a existência de outras verdades, que não a minha, é dessa que eu preciso para seguir adiante.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A TRISTEZA NO OLHAR

Minha avó dizia que eu tinha o olhar triste. Talvez eu não quisesse acreditar nisso, porque sempre quis acreditar que eu era uma pessoa alegre. Os olhos dizem tudo e olhando uma fotografia minha eu vi uma tristeza no olhar num momento que eu achava que estava alegre.

SER DONO DO PRÓPRIO NARIZ

Quando saí de um emprego público, a rotina acabou na minha vida e continuo pensando que se tivesse continuado lá, por mais do que os quase quinze anos que passei lá, aquilo teria me matado ou me deixado doente. 
Ter seu próprio negócio é o sonho de muitos mas envolve mais do que a parte boa e exige muito foco, até para se conscientizar dos momentos que exigem mais esforço para que as coisas aconteçam.
Às vezes também é útil a consciência de que poderia estar ganhando muito mais se estivesse trabalhando para alguém. São escolhas que fazemos. Tem aspectos bons e outros ruins, como tudo nessa vida.
Um dia posso trabalhar muito e outro posso trabalhar nada. Se eu não trabalho não ganho.
Não há férias pagas, não há décimo terceiro, plano de saúde subsidiado e nenhuma conta paga que não seja por mim.
Se tem a parte boa?
Tem.
Mas essa todo mundo conhece.

NÃO SOU TÃO BACANA COMO VOCÊ ACHA

Não tenho muito espaço.
Vivo num apartamento com área menor que meu quarto numa casa que ainda é parte minha, mas onde não vivo mais. Até agora não chegamos a lugar nenhum.

Cada um pode reclamar de algo. Ela da manutenção que exige uma casa grande. Eu, do fato de estar pagando aluguel e vivendo num apartamento pequeno.

Me sinto independente, mas ainda sinto determinadas pancadas.
Esta semana minha filha se propôs a trazer umas caixas de coisas minhas para que eu visse o que eu queria e eu achei a ideia extremamente razoável, assim como autorizei dar fim em algumas coisas que ela mencionou ao telefone, mas chamei a atenção para o fato de não ter espaço; então que me trouxesse coisas que ela achasse que depois de olhar eu fosse querer jogar fora.

Estou me desapegando de coisas. Preciso de cada vez menos.
Mas ainda estou vivo e ainda sinto.

Quando ela trouxe vieram coisas que não vou jogar fora, mas para qual não tenho espaço, assim como propôs trazer quadros com fotografias que eu não pretendo colocar nesse apartamento em que vivo e cujo contrato de aluguel vence em alguns meses.
Acho que ela não está com muito tempo nem com muita paciência.

Esse apartamento tem piso branco e paredes brancas. Nenhum quadro, nada pendurado. Foi uma espécie de limpeza. Porém sei que a vida segue e eu não estou mais nela e disse que podiam tirar da parede as fotografias e embalar com cuidado.

É como se agora tivessem uma grande pressa de tirar tudo que é meu de uma casa da qual não posso abrir mão da minha parte, mesmo tendo a vontade de fazer, se pudesse. Até resolvermos esse assunto da casa e sendo ela tão grande penso ser razoável ter umas coisas minhas lá, guardadas em algum lugar.

Faz pouco tempo jantei na casa da minha filha. Meu genro me disse que eu devia aparecer mais e eu respondi que iria mais se fosse convidado. Posso contar nos dedos as vezes que fizemos algo juntos nesses últimos anos e algumas delas porque fui encontrar com ela para almoçar no sábado, num horário e local conveniente para ela. Achava que a responsabilidade era minha.

Não sou tão bonzinho que não ligue para essas coisas.
Não sou tão bacana que possa agora não passar a ver de uma forma diferente a vida e não me colocar como prioridade.
Finalmente!
Mas me sinto com em Mal Secreto. Sou grandinho.

A vida não é tão perfeita e eu menos ainda e, a meu ver, ela não está muito consciente que estou pensando que a nossa relação tem girado muito em torno dela. Ela tem pensado que é dona da razão em tudo e isso está me incomodando também. Gostaria que ela aprendesse que não é, em menos tempo do que me tomou para aprender isso.

Mas lembro que alguém dizia que quanto mais nos tornamos tolerantes, menos toleramos os intolerantes.

Outro dia desses eu ouvi uma entrevista de um especialista em ouvido e ele falava dos recursos existentes hoje para a recuperação da audição, e disse algo que me chamou muito a atenção para outros aspectos que não o físico: passar a ouvir era uma coisa, transformar o que ouvia em informação era outra e essa era a diferença entre ouvir e compreender.
Espero que ela alcance a diferença entre ler e entender o que estou dizendo e o que sinto à respeito, antes de achar que o que o importante e "certo" é o que ela pensa e sente.

Por incrível que pareça eu sinto coisas diferentes do que ela pensa.
Um dia desses eu disse a ela que eu estava fazendo testes. Não dei detalhes. Nem ela me perguntou.


Um dia desses estava com uma amiga que disse que ficar bem sozinho tinha suas coisas boas, mas que quando precisasse de companhia, que ligasse para ela. As vezes é tudo o que você precisa.


" E tudo mais jogo num verso, 
intitulado Mal Secreto.

domingo, 10 de julho de 2011

EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES

Todos se pensam e pensam as relações que tem baseados no que conhecem até então. Quando queremos alguém queremos ser nós mesmos, mas buscamos ser aquilo que julgamos que o outro quer. 

O equilíbrio está em não fazer nada que contrarie seus princípios ou as coisas que você julga importantes para você. Não mudar aquilo que você não quer mudar.

Li um artigo a respeito de relacionamento que dizia que não há nada de mal em realçar as sua qualidades quando está interessado em alguém, como se fosse uma propaganda. Só acho que vale o cuidado para não fazer uma propaganda enganosa, fazendo de conta ser alguém que você não é.
Nunca quis fingir ser quem eu não sou.  Lembrei da música do Chico que dizia "vou fingindo que sou rico pra você gostar de mim. Não vai acontecer comigo.

Qual a hora da honestidade, porque as pessoas criam imagens e papéis para mim e eu apenas quero desempenhar aqueles que escolhi?
Tenho que agir como quem eu sou. Não quero enganar ninguém.

E se quem eu for não interessar a quem me interessa.
Ora, bolas!
Não era para mim.

ABANDONANDO LIVROS NA RUA

Uma manhã dessas eu estava perto da FAAP e depois de tomar um café percebi uma livraria em frente.
Entrei lá à toa, sem nenhuma intenção e depois de ver a muito interessante papelaria de importados, notei uma prateleira de livros em oferta.
Nunca fiz isso antes, mas saí de lá com 22 livros, sem muito critério na escolha deles.

Quando estava lá pensei que lendo um livro de 400 páginas me sobraram apenas sete dum resumo que gosto de fazer, mas que nestas 7 haviam conceitos que achei extremamente interessantes, se cada um dos livros me trouxesse uma ideia interessante, já teria valido a pena.
Mas no momento que comprava já comentei que depois de ler eu iria abandonar esses livros para que outras pessoas os lessem.

Não tive muito tempo para nada nessas últimas semanas, mas hoje terminei de ler mais um e quando estava entrando no elevador, abandonei o primeiro em cima do carrinho de compras.

Espero que alguém faça bom proveito.
E que o passe adiante.

sábado, 9 de julho de 2011

JOGO DO CONTENTE - ATITUDES POLLYANA

Já fui de me irritar mais com o imprevisto.
Hoje aprendi a não me incomodar tanto e até ver o lado bom do que parece ruim, como Pollyana a orfã, personagem da escritora Eleanor Porter que sempre encontrava coisas boas nas coisas ruins que lhe aconteciam.
Eu estava saindo de casa, liguei o carro e havia um carro na frente do meu na garagem e eu tinha que esperar o porteiro, e ao invés de esperar quietinho dentro do meu carro saí e, ao sair, esbarrei na trava da porta e percebi que o carro estava trancado, funcionando quando quis entrar novamente.
Era perto de meia-noite e a chave de casa também estava no chaveiro do carro.
O resultado é que tive que chamar um chaveiro que optei por abrir a porta do apartamento onde eu tinha uma duplicata do carro.
Paguei mais caro pelo horário de atendimento.

Mas vi a beleza da solução.

Primeiro meu porteiro tinha o telefone de um chaveiro que se propunha a atender 24 horas por dia. Depois ele estava em casa e disponível e veio rápido embora não morasse perto e, pelo horário não teve trânsito. Abriu a minha porta rapidamente, sem danificar nada e se cobrou mais caro foi pelo horário e pela expertise.

A gente não acerta todas.
Quando erra é bom que a solução seja satisfatória.
Foi.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

FACEBOOK

Um dia desses no Facebook apareceu uma sugestão de amizade dizendo que tinhamos dois amigos em comum. É uma pessoa muito conhecida com quem convivi bastante e de quem gosto das atitudes que presenciei. Acho que é bom carater. Aceitei a sugestão.
Mais tarde vi que tem no Facebook 5000 amigos.
Ninguém tem 5000 amigos, mas isso é na minha opinião. Ele não usa o Facebook para contatar pessoas, usa para divulgação. E, pela maneira de escrever, parece que é ele mesmo falando.
O Facebook é uma rede social, com milhões de pessoas onde cada um leva ele da forma como imagina e não precisa ser aquilo que eu quero que ele seja.
Basta que seja aquilo que eu quero para mim.

Comentário:
Olá, sabe...eu não tenho Face, nem orkut nem twitter..sou uma daquelas "retardadas tecnologicas" ahaha...não acho que as pessoas devam se dividir em grupos sociais do tipo, eu gosto de lady gaga, ou eu não gosto de molho de tomate...isso implica em coisas mais sérias...do tipo não gosto de gays ou eu gosto do Hitler...sei la...o que era uma rede social virou mesmo uma rede de divulgação...e segregação...os que se encaixam em uma determinada se unem, os que não se separam....mas o que quis dizer é que concordo com vc!!


Por Bipolar a Luciana em FACEBOOK em 07/07/11

Uma Vela na Varanda disse...


Luciana, Eu nunca curti nenhuma das outras redes embora até tivesse uma inscrição no Orkut, mas comecei com o Facebook porque um amigo me disse que nossos amigos estavam combinando os encontros por lá. Entrei no Facebook e hoje estou colocando ele sob medida para mim. Há vida inteligente no Facebook, mas é necessário que você faça uma seleção rigorosa de acordo com os seus próprios parâmetros. Recomendo. Tenha. Você vai aproveitar.

terça-feira, 5 de julho de 2011

MINHA VIZINHA QUER AGASALHAR MEU PASSARINHO

Certas coisas contadas de maneira torta ficam bem feias, mas engraçadas.

Cheguei em casa hoje e o interfone tocou.
Era um dos porteiros dizendo que uma moça veio até aqui e disse que morava em frente e via na minha varanda a gaiola e que ela ficava lá pendurada, mesmo nos dias frios, e que se eu não me ofendesse ela gostaria de providenciar uma capa para a gaiola.

Perguntei a ele se ela era muito velha e ele disse que não.
Perguntei se era bonita, ele disse que era.
Perguntei se deixou o telefone. Deixou.

Não tenho gaiola fechada e os muitos passarinhos vem e vão aqui pela comida grátis.
Será que não dá para ver isso, ou ela é melhor do que eu na arte de fazer contato?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

UMA SINCERIDADE QUE DÓI

Tenho um cliente e amigo que disse uma vez que eu tinha uma tremenda vantagem no meu trabalho que era a de eu não precisar trabalhar para quem eu não gosto.
É verdade e eu gosto muito disso, mas eu gosto muito de gente e nesses anos todos me lembro de três pessoas com quem aconteceu isso.

Selecionei tudo  na minha vida e nunca fui muito político com pessoas que não confio ou aprecio.

Hoje isso veio à tona porque eu estava no café do supermercado, trabalhando de lá, como costumo fazer de vez em quando e um senhor que costumava e agora voltou a frequentar o lugar veio fazer uma brincadeira comigo e eu não dei a menor atenção para ver se ele ia entendia e ia embora.

Entendeu, parece.

Além de outras coisas que sei a respeito dele, não gosto da forma pouco educada e respeitosa como ele trata as moças que trabalham lá. Não é uma pessoa que eu queira perto de mim.
Tenho mantido meu Facebook com poucas pessoas e acabei de excluir duas dessas pessoas que acho que não tem nada a ver comigo, assim como não estou adicionando pessoas a quem não conheço pelo menos um pouco. 

O Face, como as outras coisas da minha vida vai ser um lugar reservado para pessoas que eu conheço e gosto. Estou me jogando um pouco aqui e isso não é para todos.
As vezes, me pergunto se eu deveria ser menos sincero, mas não me sinto capaz disso.