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sexta-feira, 29 de julho de 2011

LIVRE E SEM RUMO

Olhando para muita coisa que aconteceu na minha vida como a um mosaico que se formou, penso, ao menos como um exercício mental, se eu, como se fosse um adolescente, poderia escolher fazer qualquer coisa da minha vida. 
Ir para qualquer lugar.

Cada um tem sua vida e eu não me sinto fazendo parte da vida de ninguém. Estou fazendo testes.

Quando eu estava casado a vida fazia sentido em si mesma.  Eu não precisava de outro.
Achava, e porque achava, tinha paixão, até o momento que achei que não tinha, e por achar assim, não tinha mais. 

O mundo é sempre de dentro para fora.

Quando você tem família, você escolhe naturalmente quais são as prioridades e as assume de bom grado. Com nossa separação ela ficou na casa, ficou com a família que era dela e depois de um tempo é como se eu não existisse para os filhos dela que criamos juntos e se for completamente honesto, minha filha, também não entendeu nenhum dos meus recentes recados.

Nunca recebi um telefonema deles mas entendo que a empatia seja totalmente dirigida à mãe. Acho que também esperavam que fosse passageiro e não foi, mas ela também esperou que tudo fosse nos termos dela até o limite. E também não teve nenhuma daquelas atenções que poderia ter feito diferença.

Depois, passou do limite.

O meu trabalho para mim faz sentido.  Sinto que faço diferença, que sou valorizado e gosto do que faço, tenho prazer nisso e gosto de pensar que meu trabalho é fazer a vida das pessoas mais fácil, mas de vez em quando tenho dito que vou ali ser feliz por um pouquinho. Com isso vejo que só o trabalho não dá sentido a tudo.

Sei de algumas coisas básicas a meu respeito e uma delas é que eu gosto de gente. Uma alternativa provavelmente tinha que ser algo onde eu me sentisse fazendo o bem a alguém.

Fico pensando que quando na sua vida você toma como missão cuidar de alguém, você adia ou esquece aquilo que poderia querer. Será que você estaria esquecendo da sua própria vida?

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