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sexta-feira, 29 de julho de 2011

MELHOR SER UM BOM SOLTEIRO

As vezes um pedaço de alguma coisa me serve.

Um dia desses vi um pedaço de uma entrevista, que alguém me lembrou que foi do Pedro Bial, onde ele dizia que já havia sido casado, mas que estava se tornando um marido cada vez pior, então que hoje ele preferia ser um bom solteiro.

Acho que fui um bom marido, mas algumas das pessoas amigas com quem conversei, quando me separei, com muita empatia, queriam fazer de mim uma coisa maravilhosa em oposição ao monstro que devia ser minha ex mulher. Mas eu tinha consciência da inconsciência delas e minha dos meus defeitos e limitações.

Sei que tenho coisas boas, mas sei que não tenho apenas coisas boas. Acho que talvez tenha sido esse o motivo porque não prossegui com a terapia. Eu queria trabalhar minhas arestas, ver onde eu tinha errado e não saber aonde eu tinha acertado. 
Também sempre soube das muitas qualidades que a minha ex tinha, e esse crédito elas, incluindo a terapeuta, não queriam dar.

Mesmo falando bem, é lógico que passei a ver algo como um defeito que se tornou incontornável para que continuássemos juntos.

A amiga que indicou me disse que a terapeuta provavelmente achava que nenhum de nós dois precisava de terapia, que não tínhamos problemas. Eu sentia que precisava e por fim a terapia foi no blog e nesses últimos tempos isso deu uma arrancada, porque consegui ver um conjunto nisso tudo e me senti pronto para olhar não apenas para o que seria bonitinho e arrumadinho de se ver, mas aquilo que não é, que é onde importa, já que é isso que traz as mudanças das quais preciso.

Mesmo com toda solidão e sofrimento que isso me custou, com os arranhões à auto-estima, a falta de chão que isso gerou, esse tempo serviu para que eu mergulhasse em mim mesmo e me conhecesse de uma forma mais profunda do que jamais me conheci. 
Mesmo sabendo que fazer isso seria uma forma de me defender, estou procurando não posar de bacana, mas saber das minhas limitações e ser quem eu sou, em todos os aspectos.

Existiam aspectos que eu ignorava, mas ignorar, agora, tornou-se impossível. Depois de me conscientizar do que é minha vida, do que posso mudar, saber o que não posso e saber quem eu sou,  vou é procurar estar com pessoas que me aceitem com o que isso tem de bom e de ruim.

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