Juli,
Está chegando a hora e não estou vendo muitas possibilidades de ir ao seu casamento. Tanto quanto você gostaria que eu fosse, eu também gostaria de ir.
Seria um momento de celebrar o amor em dobro, já que, além de ser um casamento, que já é a celebração do amor, um casamento na família é sempre uma oportunidade para estarmos juntos, o que eu gosto demais e tem sido algo do que eu tenho tido pouco, e assim, celebrar esse amor que sentimos uns pelos outros.
Costumo dizer que, pelo menos para mim, quando dois primos da nossa família estão juntos, se aparece uma mulher linda, ela é um acréscimo a algo que já está bom.
Num livro pouco conhecido, Saint Exupéry fala do ser ferido por um rosto, mesmo que aquele rosto não seja para você. Acho que muitas vezes, nesse momento que você é ferido é o instante em que se criam as paixões. Você não sabe nada a respeito da outra pessoa, mas você gosta do que vê e gostaria de ter para você.
O amor é mais lento.
Exige mais.
Você conhece as imperfeições do que você julgava perfeito, compreende e aceita, e continua achando bom. A paixão sozinha não resiste a isso.
Conhecer e respeitar a individualidade do outro não é algo muito fácil. Temos uma tendência a pensar que nossa maneira é a mais correta e que o outro deve se adaptar.
Desejo a você que a paixão sempre exista e que vocês se adaptem um ao outro e que sempre descubram um meio termo, onde nenhum dos dois sinta que está se perdendo, e que, quando as mudanças, que são naturais, vierem, vocês aprendam algo novo que continue trazendo a satisfação que vocês esperam desse casamento.
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