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domingo, 5 de abril de 2009

COMO A ACADEMIA TEM ME SALVO DE MIM MESMO



Para quem pensa que academia tem muita pegação, tenho tido uma experiência diferente nesse aspecto.
Não sei se é o horário com o qual me habituei, que, quando posso, é perto do meio do dia, ou o fato da minha academia, nesse horário, concentrar menos garotada.
Eu gosto muito de gente, e, se já era um pouco, depois que fiquei sozinho, a academia virou uma segunda casa.

E essa coisa xameguenta que sou eu, que gosta de abraçar, de beijar e de ficar alisando, tendo isso tudo agora meio que desperdiçado, tem que achar onde dar pelo menos um pouco de vazão a isso.

Alguém me disse que eu tenho muito mais amigas que amigos, mas gostar tanto das mulheres é o melhor que me traz o meu lado feminino. Gosto de tudo nelas, gosto da forma, do cheiro, da textura, me dá prazer vê-las e gosto de conversar com elas

Depois de tanto tempo que passei casado, não sei flertar, não consigo ver o óbvio, me tornei especialista em uma só mulher e passei mais de um ano sem sentir falta de coisas que eu pensava que eram absolutamente básicas e quase diárias.

Agora, já sei que chegou a hora de desconstruir para construir de novo. Pela primeira vez na minha vida achei que seria interessante fazer terapia.



Da solidão tiro a morte.
Tiro a sorte
e o novo.
Sinto muito.
Me sinto muito.
abr 1975

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