Cheguei cedo para meu voo no aeroporto do Rio e a atendente perguntou se eu queria ir num outro voo que saía em vinte minutos. Eu disse que sim e subi para a sala de embarque. Como tinha feito umas fotos no voo de vinda resolvi fazer outras do voo de volta, começando do saguão e da paisagem que cerca o Santos Dumont.
Quando foi iniciado o embarque flagrei uma cena que eu gostaria de ter fotografado mas não consegui, porque foi rápido e não deu tempo. A moça que aparece na foto estava conferindo se estava tudo em ordem com a aparência dela e levantou o espelhinho na altura do rosto para se olhar. Quando eu quis fotografar ela já havia pousado o espelho no balcão e embora ainda continuasse os preparativos o que eu tinha visto já não era o mesmo, mas eu me diverti com aquilo e naquele instante ela se virou e me viu um pouco atrás dela. Quando entrei comentei com ela que eu havia perdido aquela cena.
Fui um dos últimos a entrar no avião e ainda tentava fotografar uma outra cena na qual normalmente não prestamos atenção, do lado de fora do avião, quando desceram dois outros funcionários da empresa que também se divertiram com a coisa e me disseram que se eu quisesse que eu podia subir e fazer a foto, que daria tempo.
É claro que eu subi e disse a ela o que eu havia perdido. Ela comentou que não seria igual porque não seria um flagrante, mas uma pose, mas tentou repetir o gesto, enquanto eu, do lado de fora, procurava o mesmo ângulo através do vidro.
Ela tinha razão.
Não foi a mesma cena.
O espelho estava mais baixo, mas eu tinha voltado não pelo flagrante, mas pela boa vontade e pelo bom humor de todos eles.
terça-feira, 2 de outubro de 2012
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