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terça-feira, 2 de outubro de 2012

A DESCOBERTA DAS AMÉRICAS

Tinha sido um fim de semana movimentado.
Dormi tarde na quinta e acordei mais cedo na sexta porque não havia feito uma mala. Cheguei perto do meio dia no Rio e de tarde fui ao Itanhangá visitar uma amiga e quando voltei fui com minha prima bater papo num boteco, dos vários que tem com mesa na calçada na Voluntários da Pátria, quase na Praia de Botafogo.

É incrível como, dependendo do contexto, um programa aparentemente sem charme fica perfeito.
Esses bares da Voluntários estão com mesinhas na calçada num trecho cheio de outros bares, com muito transito, muita gente, muito barulho e quase dá para sentir a poluição se acomodando por cima da gente.
E ainda assim foi ótimo.
Gosto da companhia da minha prima, gosto de ver as pessoas, mesmo as que não conheço e gostei da cerveja que estava estupidamente gelada, mesmo não sendo a Original, que só tinha no bar ao lado e da pizza com um bilhão de calorias.

Sábado, foi igualmente movimentado, e ainda fui até as três da manhã acordado, escolhendo e postando as fotos que havia feito no aniversário da minha sobrinha naquela noite, e no domingo tivemos um almoço longo com a família e alguns amigos da minha irmã.

Minha irmã havia dito que eu iria gostar muito e que deveríamos ir ao teatro para ver A Descoberta das Américas, e fui no escuro. Eu estava cansado e com um empurrãozinho qualquer noutra direção eu teria desistido e ido ao cinema perto de casa, mas o empurrãozinho foi na direção do teatro.

Enquanto esperávamos na fila da bilheteria tive a oportunidade de ler alguma coisa publicada na imprensa. A peça é de Dário Fo, de quem eu havia visto antes Mistero Buffo, que não me havia encantado, mas tive uma daquelas surpresas, de quando descubro uma outra linguagem, como foi quando recentemente fui ver Gemelos.

É um monólogo narrativo e o que mais encanta é a capacidade do ator de usando apenas o corpo nos fazer ver o cenário que não existe. Disse a mesma coisa quando falei de Flicts, porque é a mesma forma de atuação, e o ator Julio Adrião está envolvido com as duas.
Me parece uma outra maneira de fazer teatro. Aquela atuação intensa ajuda muito a nossa imaginação a formar a imagem do que não está sendo visto. Em alguns momentos, as mesmas imagens, noutras situações,  foram repetidas.
Valeu a pena, mas talvez eu aproveitasse mais se estivesse menos cansado.

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