Estava com uma pessoa que pediu uma opinião a respeito de um assunto, para saber o que eu pensava sobre determinada atitude sob o aspecto ético. Como eu respondi com veemência que não era ético, ele não ficou satisfeito com a resposta que dei e tentou argumentar para me convencer do contrário.
Sou a pessoa errada para se fazer determinadas perguntas, se o que a pessoa deseja é o reforço para o que queria fazer e já não lhe parecia muito certo, e não um opinião sincera de quem gosta do que é correto e também da pessoa que pergunta, porque é sempre mais fácil não confrontar e não servir de consciência para ninguém.
Com algumas pessoas, é melhor estar disposto a trata-los como as crianças que são, não vendo o óbvio porque simplesmente não querem ver nada que não gire em torno do proprio umbigo. Há pouco tempo me incomodei muito com a atitude de uma menina, que tratava tudo do que se falava, assim como as pessoas, incluindo as muito mais velhas, como se ela tivesse a única opinião que valesse alguma coisa. Embora eu até pudesse falar alguma coisa, essa aí não me perguntou nada. Ela sabia todas as respostas.
Tenho me questionado usando pontos de vista diferentes do meu porque sei que essa é uma oportunidade de crescimento e eu estou interessado nisso. Estive com uma tia avó, fazendo noventa anos e ela conversando comigo me dizia que pensava em determinados assuntos se questionando aonde ela podia ter errado, para se corrigir, se fosse o caso. Ela, que, nessa altura, poderia se considerar dona de todas as verdades necessárias para a sua vida.
O desrespeito a regras e leis para o benefício próprio tem sido constante quando observamos nosso cotidiano. Muitas pessoas agem como se a vantagem que elas levam fosse mais importante que o prejuízo que elas causam a outros. Não prejudicar aos outros é o que é ético, mesmo quando não tem ninguém olhando.
Não estou falando em lei, porque mesmo quando essa existe, muitos só a obedecem quando tem alguém observando. No transito, por exemplo, andar no acostamento ou entrar na frente de uma fila de carros que aguardam ordenadamente para entrar em algum acesso é constante. A correção dessas atitudes pode acontecer quando se paga por elas, numa multa, por exemplo. A pessoa aprende que se repetir pode pagar por isso. Muitas vezes funciona.
Outras atitudes podem prejudicar muito mais e não tem lei para elas.
Ética não precisa de lei, precisa de consciência.
Um cliente nos chamou a atenção pelo fato de um parceiro de negócios ter dado um cartão de visitas e mencionado que ligasse, se precisasse alguma coisa. Não precisamos fazer nada, o cliente já via ele como antiético e, consequentemente, não confiável, e nos alertava.
Podíamos fazer mais juntos, tinha boas qualidades para o trabalho.
Mas faltou uma essencial.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
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