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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ADULTOS NÃO FUNCIONAIS

Me assusta às vezes ver como as pessoas se enxergam, ou até poderia dizer de outra maneira;
Me assusta às vezes ver que as pessoas não vêem quem são e o que estão fazendo.
Estou apavorado com a quantidade de adultos que conheço que não são capazes de ser responsáveis por si mesmos. São crianças em corpos de adultos.

O que provocou pensar nisso novamente hoje foi conversar com um desses, que tem o pai pagando a pensão de seus filhos, mora num apartamento do pai, onde além de não pagar aluguel, não paga nem condomínio ou imposto e ainda me dizia como se estivesse fazendo algo importante que paga as contas do apartamento, que nesse caso são apenas luz e gás e internet. Ele não está passando por nenhum problema que exigisse isso, nem está se esforçando para sair disso. Simplesmente acostumou.
E o pai dele tem oitenta e três anos e, pelo que eu sei, não tem folga financeira.

As pessoas não se enxergam.

Uma outra que não tem um emprego ou um trabalho consistente há anos,  e vive por conta da mãe de oitenta anos, comentava a respeito dum investimento que um conhecido havia feito numa festa, dizendo que não havia dado resultado financeiro e falava que deveriam pensar nela para algo como aquilo, porque tinha mais experiência em eventos que o parceiro que convenceu a pessoa a investir naquela tentativa.
Ela não tem nenhuma experiência nisso. Só na cabeça dela.

Tenho acompanhado o caso de vários outros jovens adultos que não estão fazendo nada para se tornarem independentes. Tenho a impressão que não conseguem lidar com a realidade da sobrevivência e vivem numa realidade paralela. Também penso que isso acontece porque alguém toma para si as responsabilidades que poderiam fazê-los crescer. Se fossem obrigados pela necessidade a fazer algo para sobreviver, tenho certeza que fariam.

Não sei se isso me incomodou mais agora porque estou encarando todas as minhas realidades, mas como sempre, olhando para o que vejo errado nos outros eu procuro me ver naquilo também e fico me perguntando, mais uma vez, se eu estou conseguindo me enxergar.

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