As pessoas são diferentes.
Seria bom se a gente só encontrasse as pessoas boas. Eu até que não posso reclamar. Meu saldo nesse aspecto é muito bom.
A dona do meu apartamento novo é uma senhora de noventa anos e até então eu vinha lidando com a secretária da filha e a própria filha, que é uma pessoa que já ocupou um cargo público, e que, quando me ligou a primeira coisa que fez foi me dar seu telefone de casa e seu celular.
Na quinta-feira a secretária, que já conheci e que é uma pessoa ótima, falou que ia me mandar o contrato e eu disse que se mandasse até determinado horário eu assinava e mandava de volta na mesma hora. Quando mais tarde o porteiro me interfonou informando que alguém tinha trazido o contrato eu disse que já descia e assinava para ele poder levar de volta.
Quando eu cheguei lá embaixo vi que além do motorista tinha uma senhora no banco de trás. Peguei o contrato, fui até a portaria para ter uma mesa para assinar e voltei ao carro onde nos conhecemos. Era a mãe, com seus noventa nos que estava ali. Quando a partir de agora eu falar a palavra adorável eu quero falar de uma pessoa como ela e mais não precisa ser dito. Realmente adorável. Foi muito, muito bom encontrá-la e aquilo mexeu comigo.
Ela me contou que já morou nesse apartamento e que eu iria ser muito feliz aqui porque este tinha sido um dos lugares onde ela foi mais feliz.
Contei que estava trocando o piso e ela sabia que a filha estava pagando por isso, porque ela dizia, preocupada, que era uma coisa cara. Falei que quando arrumasse tudo que eu queria gostaria de convidá-la para tomar um café e ela disse que queria que eu fosse tomar um café com ela na casa dela, mas que quando viesse aqui ela traria um bolo.
Tudo o que eu fizer aqui vou fazer com prazer e quanto a ser feliz aqui, não tenho a menor preocupação.
Já estou sendo.
domingo, 2 de outubro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário