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terça-feira, 18 de outubro de 2011

MEXENDO COM MEU CORAÇÃO

Não sei qual o fundamento que isso poderia ter. Fazia tempo que eu não tinha contato com  morte e de repente eu vejo até onde não era para ver.
Sexta-feira foi o enterro do pai de uma amiga.
Esse eu nunca havia encontrado.

Domingo eu estava no ar desde a madrugada e a primeira notícia veio cedo e mexeu muito comigo porque não me parece natural que um pai venha a enterrar um filho e é mais devastador quando é uma criança pequena de uma pessoa próxima e de uma forma totalmente inesperada.
A partir dali fiquei fora de prumo.

Duas horas depois veio outro telefonema comunicando a morte de um parceiro de trabalho.

Fui a uma padaria e lá  teve essa coisa que criança tem comigo, de falar comigo. Eu até olhei para a pequenininha que estava no colo da mãe que estava em pé, mas não mexi com ela, então ela mexeu comigo. Estendeu o braço quando eu estava passando, eu parei, ela me mostrou o frufru que tinha na meia, me fez olhar para lugares e quando eu resolvi perguntar o nome dela, ela disse Laura, mas a mãe disse que ela se chamava Olívia. Laura era a prima dela.

Na hora não me toquei, mas depois você vê fantasma até onde não é para ver, e está fazendo um ano da morte de Esther, irmã de Laura.

Ontem vi a notícia da morte do pai de um amigo. Com esse, estive uma vez.
Me senti meio desatento e fiquei quietinho, com a atenção dobrada esses dias. A cabeça não estava no lugar.

E para mostrar que eu estava em dias que precisava de ficar atento, quando eu estava tirando uma dos alimentadores dos pássaros o gancho que prende ele se soltou e a gaiolinha inteira caiu até o térreo. Pensei na sorte que tive dela não cair em cima de uma pessoa ou um carro. Não foi falta de cuidado ou atenção. A argola da parte superior se soltou, mas ainda assim achei que era para prestar mais atenção à tudo.
E prestei.

Outra coisa que me aconteceu foi ter ido ao Shopping Eldorado no domingo com dois carros diferentes e o primeiro tem Sem Parar e o segundo não e eu ter entrado com o segundo atrás de outro carro, sem tirar o ticket do estacionamento. Percebi assim que entrei e para resolver tomou tempo. 

Realmente a cabeça não estava no mesmo lugar do corpo.

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