Parei no sinal e o homem de meia idade, gordo, com aqueles sacos alvejados pendurados no braço chegou do lado da janela fechada e fez um comentário a respeito de algo que estava em cima do banco ao meu lado. Eu ouvi, mas ele pediu para abaixar a janela para dizer, com um sorriso, o que eu já tinha ouvido.
Abaixei e estava dando por encerrada a conversa, quando ele veio com uma conversinha mole falando que um outro dia quando estivesse passando por ali que ele podia vender aqueles panos por dez reais.
Ele havia conseguido que baixasse o vidro.
Começou uma conversa falando de outra coisa.
Depois tentou vender o peixe dele.
O cara era um vendedor! Dos bons!
Aí eu disse para ele que eu não precisava daquilo não, mas que ia levar por causa daquela conversa mole dele.
Não preciso mesmo. Já dei um deles quando, no elevador, encontrei um casal de vizinhos velhinhos a quem contei a estória.
Mas um cara desses merece que eu compre, nem que seja para dar depois.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
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