terça-feira, 29 de novembro de 2011
A FELICIDADE COM UMA FOTO
Lembro de quando estávamos namorando dela ver umas fotos que eu tinha tirado de uma amiga, numa época que nem juntos estávamos, e ter mencionado isso de alguma forma. Talvez até estivesse numa carta. Era uma amiga bonita e ela ciumava do cuidado com que as fotos tinham sido tiradas.
Eu tinha outras fotos bonitas, feitas por puro prazer, com máquinas que nem boas eram, mas essas são daquelas coisas das quais a gente abre mão, quando não fazem parte da nossa profissão, em favor de um bom relacionamento.
De certa forma esqueci um pouco do quanto eu gostava disso.
Tenho lembrado.
Gosto de fotografar muitas vezes a mesma pessoa, na mesma situação, porque um segundo faz a diferença entre fotos que parecem quase iguais. E elimino muita coisa porque quero a foto que, mais do que eu, a pessoa goste.
Meu prazer está muito na felicidade da pessoa com a própria foto. Ela se acha bonita ali.
O boteco do Bexiga é arrendado apenas no domingo. Eles são professores. No outro fim de semana eu fui para lá e tirei umas fotos de umas pessoas que poderiam ser personagens, mas também tirei uma fotografia da esposa de um deles.
Essa não fazia parte das fotos "engraçadas" e eu fiz uma ampliação grande em papel. A parede roxa deu um ótimo fundo roxo. Eu achei que tinha ficado uma bonita foto. Nesse domingo eu dei uma passada lá só para levar a foto como um presente. Ela não estava então dei para o marido dela, que quando viu a foto ficou muito contente e me abraçou muito.
Sexta-feira eu havia feito outras fotos para dar de presente, até como um agradecimento e o resultado foi o mesmo nessa segunda. E sábado tirei outras na casa de uma amiga e lembrei que a Gabi disse uma vez que cada vez que eu fotografo eu escolho uma musa. Acho que eu não escolho. Eu fotografo e olho o que fotografei e vejo que aquela pessoa rende e aí fotografo mais e mais. E foi o que aconteceu.
Mas quem ficou feliz fui eu.
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