Algumas vezes o entendimento é uma questão de interpretação e as vezes uma interpretação pode ser tão ou mais interessante do que a intenção original.
Isso acontece muito em música e poesia. Uma delas que dá nisso é a poesia de Fernando Pessoa transformada em música, cantada por Caetano.
Navegar é preciso, viver não é preciso.
Duas interpretações são muito interessantes.
Navegar é necessário, viver não é necessário ou;
Navegar é exato, viver não tem exatidão, não tem maneira correta.
Independentemente da interpretação, é extremamente interessante e agradável aos ouvidos e ao pensamento.
Talvez essa seja a coisa interessante da arte. Cada um sente da forma que entende ou deseja. Mas acho que essa é a beleza da coisa, quando alguma coisa faz você sentir algo que nem sequer foi a intenção original do autor.
O que um fala e o que o outro ouve podem ser coisas completamente diferentes.
Percebemos bem isso quando ouvimos a estória de como foi feita uma música e até então entendíamos aquilo de uma maneira completamente diferente. Mas o que importa? O que importa realmente é o prazer que aquilo te dá. O que é o máximo para um não diz nada para outro.
Hoje eu estava com uma produtora teatral e embora concordássemos a respeito de um ator conhecido que fez algo recentemente que eu odiei ter ido e eles dizerem que acham ele chato e pouco carismático, tínhamos opiniões completamente contrárias em relação à Candida, que para mim foi uma das melhores coisas que eu vi ano passado e eles não gostaram.
Continuo pensando a mesma coisa: arte boa é aquela que você gosta.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
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