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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

SEM PODER DESLIGAR O CELULAR

Nesses dias loucos que tenho tido, tive um deles que foi o mais louco.

Dormia entre uma e três horas e voltava a trabalhar entre as várias coisas que estavam acontecendo.Posso estar em qualquer lugar, na rua, meu escritório é o celular. Para que possa ser assim eu tenho que estar disponível, então não tem essa estória de "vou desligar o celular". Quem quer falar comigo num horário normal, espera que eu atenda.

Muitas vezes eu não tive um dia normal. Enquanto os outros dormiam eu trabalhava, mas outros clientes não precisam e não querem saber disso e se estão preferindo telefonar ao invés de mandar um e-mail é porque querem antecipar alguma coisa mais urgente ou muito importante. 
Eu vou atender.

Quando nesse dia eu tive um espaço de 5 horas inteirinhas durante o dia, voltei para casa, fechei as cortinas, coloquei uma venda dessas que se coloca para evitar a claridade e deitei. Lá pelas as tantas toca o telefone e eu acordo para ouvir de alguém "que queria falar com o responsável pela linha ou pela casa" e quando a pessoa não sabe com quem quer falar  eu já sei que é alguém com quem eu não quero falar.

Hoje, nesses casos, aparentemente inevitáveis, ligam para oferecer de tudo e aí eu digo: 
 - Desculpe, mas se você não sabe o nome da pessoa com quem quer falar, eu tenho certeza que não quero falar com você. Muito obrigado e desligo.

Se a pessoa sabe meu nome, e identifico logo o produto que quer vender pelo nome da empresa, já digo logo:
- Olha, muito obrigado pelo telefonema, mas seja o que for que você tem para me oferecer, não estou interessado. E desligo.

Esse pessoal é treinado para tentar manter você na linha para ouvi-los, mas já que não posso evitar que invadam a minha privacidade me ligando, sem que eu tenha solicitado, eu tenho me treinado para liquidar a ligação no menor tempo possível.

Pode até não ser muito delicado, mas também não acho que seja educado invadir a casa de alguém usando o telefone, para tomar o tempo de uma pessoa que não dispõe dele nem para as coisas que gostaria de fazer.

Não tenho nenhuma vontade de deixar estranhos decidirem com o que vou gastar o pouco tempo que tenho.

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