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domingo, 13 de fevereiro de 2011

PORQUE EU FALO BEM DELA

Há uns dois anos, conversando com uma amiga, também separada, ela disse que gostaria muito que o ex-marido dela falasse dela como eu falava da minha ex-mulher.
Esta semana saí com minha filha para jantar onde estavam alguns conhecidos e depois que minha filha foi embora fiquei e acabamos conversando sobre eu, no casamento da minha filha, ter apresentado minha ex mulher a um parceiro de negócios com quem ela muitas vezes falou, mas nunca encontrou pessoalmente, como a mulher com quem eu tinha planejado passar o resto da minha vida. Usando o verbo no passado.
Ela muito elegantemente retrucou que não sabia porque eu falava isso, porque não tinha passado, porque não quis.

Da nossa conversa, esses conhecidos, e me desculpem se sou tão criterioso para chamar alguém de amigo, já que nos conhecemos há pouco tempo, quiseram deduzir que ainda não havia passado. Que ainda tinha uma volta.
Nossas filhas, quando nos separamos, inicialmente por um motivo sem importância, argumentavam que como não havia acontecido nada grave, e que, segundo as palavras de uma delas, algo que pudéssemos dizer um para o outro:  -"Não quero mais olhar na sua cara", podia ser que não fosse por aquela época, mas ainda nos viam juntos no futuro.

Um outro amigo de Recife dizia que nós éramos elegantes até para brigar.

A verdade é que em momento algum pretendi esconder as muitas qualidades que ela tem, mas acontece  que vejo hoje algumas  mudanças na minha maneira de encarar algumas coisas. Posso e devo acentuar as qualidades, mais que os poucos defeitos, já que ninguém é perfeito.

Finalmente!!!

Eu não sentia nenhuma vontade de brincar com o assunto, mas com isso vejo que passou a raiva que eu tinha de ter mudado tudo o que eu via como futuro, mas meu irmão, de quem nunca esperei ouvir um conselho que me interessasse a respeito do assunto, disse uma vez que estávamos deixando passar muito tempo e que isso se tornaria sem volta.
Hoje sei que foi o que aconteceu.

Também sinto que aprendi a viver sozinho, mais até do que eu deveria.
Mas sinto agora que estou mais leve e ensaio mudanças.
E se levou mais tempo, não importa. Foi o tempo que eu precisei.

Lembro que a filhotinha quando terminou um namoro, não tinha a necessidade de sair ficando por aí, quando estava sozinha e que as amigas brincavam chamando ela de "encalhada".

Quando for a hora,
a hora chega.

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