Seguimos os padrões que aprendemos.
Quando éramos crianças não tenho a lembrança de nossos aniversários serem muito celebrados. Uma tia me conta que eram comemorados, mas eu mesmo, não me lembro.
Minha mãe, embora tenha muitas outras qualidades, sempre foi uma pessoa fria e sei que os seus aniversários, assim como de meus tios, não eram comemorados. Acho que numa casa onde tinham onze crianças, se fossem comemorar, ia ter festa todos os dias.
Na nossa casa foram menos, mas eram cinco.
Há poucos minutos minha prima contava que para fazer festa para minha tia, só se for surpresa, porque se for do conhecimento dela antes, a coisa mela. Ela não quer. Não aprendeu a celebrar a si mesma.
Não comemorar passou a ser um padrão para mim, mas fizemos festas bem alegres quando a filhotinha era pequena.
Com o passar do tempo e com o relacionamento com outras pessoas que davam mais importância não só a aniversários como também para outras datas, eu devia ter aprendido alguma coisa, mas as vezes me sinto meio burro, já que só depois de muito tempo aprendi algumas coisas que me teriam ajudado se as tivesse aprendido antes.
Depois de me separar, algo que começou com uma bobagem, reconheço hoje, depois de um ótimo casamento, passei um bom tempo para começar a colocar os pés no chão. Tive mudanças em coisas que eu julgava permanentes e eu gosto de permanência.
Uma amiga me disse que ia levar dois anos e eu nem acreditei. Eu achava que ia ser mais rápido, mas, pelo contrário, demorou mais que isso. Agora finalmente estou assimilando as mudanças e que a vida segue.
Esse período foi quase que um retiro e agora estou sentindo uma maior necessidade de fazer coisas que gosto e de estar com pessoas, inclusive no meu aniversário.
Percebe a importância do bar?
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
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