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sábado, 19 de maio de 2012

TELEFONANDO PARA DEUS

Faz muitos anos.

Havia um Festival Tailandês aqui em São Paulo e eu fui buscá-lo no aeroporto.
Ali começou a coisa.

O irmão tinha uma fábrica e ele estava trazendo cinquenta quilos em jóias de prata para esse festival e também para depois seguir para outros países onde haveria o mesmo festival. A alfândega barrou e como não conseguiam se entender com ele, mesmo em inglês, foram me buscar para conversar com ele.

Consegui me entender com ele e com a Alfândega. Pedi para que retivessem a mercadoria e a liberassem para ele quando ele estivesse saindo do Brasil uma semana depois.

O próximo acontecimento foi ele se dar conta que tinha perdido o passaporte. Depois de procurar muito nas coisas dele e tentar encontrar na Alfândega, ele teve que ir a Brasília, porque é o único lugar onde há uma representação da Tailândia no Brasil.
Mas, pelo menos, resolveu.
Voltou com um passaporte novo.

No dia que ia embora, eram cinco da manhã quando cheguei ao hotel e ele deixou um recado pedindo que eu subisse até o apartamento. Pediu que eu sentasse e me falou, como se tivesse feito um telefonema, que naquela noite havia conversado com seu Buda e que seu Buda havia dito a ele que se ele tivesse que fazer negócios com alguém no Brasil esse alguém seria eu, me perguntando se eu não gostaria de representá-los aqui.

Não quis não.
Mas fiquei feliz que o Buda dele tivesse dado tão boas referências a meu respeito.

E acho que Buda atendeu a ligação dele mesmo, porque chegando no Aeroporto encontramos na Alfândega a mesma pessoa que havia participado da retenção das jóias de prata dele e isso possibilitou que ele saísse do Brasil levando o que havia ficado retido na sua chegada.

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