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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

QUEM FALA O QUE QUER AS VEZES NÃO OUVE MAIS NADA

Uns meses depois de separado um dos meus cachorros apareceu morto e criaram-se no dia as estórias hipotéticas. Havia sido um ladrão. Estava machucado, então um buraco devia ser de tiro e por aí ia. A morte heróica defendendo a casa foi uma delas. 

Uns dias depois descobrimos que havia sido o cachorro de um vizinho que invadia as outras casas próximas atrás de outros cães, que o havia matado, assim como a outros cachorros da vizinhança, mas até lá o clima de insegurança estava formado.

No dia que aconteceu, fui até lá e como ela dissesse que ia mudar para a casa da mãe, eu disse que dormiria lá  aquela noite, mas ela disse que não resolvia e eu disse que dormiria lá alguns dias e tomaria providências.

Na noite seguinte nos encontramos na biblioteca, onde costumávamos ver televisão e começamos a conversar pela primeira vez em meses e como havíamos começado a falar em vender a casa, falei sobre o que tinha visto numa revista de imóveis a respeito de imóveis na região e ela então falou:
- Você acha que eu sou alguma imbecil que nunca viu uma revista dessas?

Calei a boca e fui deitar.
Depois de uma dessas, falar o quê?

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