Um dia desses recebi uma mensagem dessas que o Google deve gerar automáticamente, quando você chega a um determinado numero de acessos mensais num blog perguntando se eu não gostaria de aceitar anunciar no blog, para ganhar uns centavinhos a cada clique no anúncio.
Não quero não.
Para começar eu acho que um número perto de 3000 acessos por mês não é um numero grande, depois isso aqui tem sido a minha terapia e de certa forma um legado. Você vive e não pensa. A vida da gente passa e depois nem mesmo você lembra do que aconteceu. Alguém vai contar alguma coisa a respeito de você da forma lembrar ou como interpretou. Depois algumas pessoas acabam caindo aqui por causa de uma foto que eu coloquei no início de um post e alguns dos meus posts são quase parábolas e não fui eu quem criou; são lições de vida que estão por aí, inclusive na Internet.
Agora mesmo enquanto eu fui procurar uma figura para este post, achei um texto interessantíssimo e já salvei para ler e ver se coloco aqui uma parte ou se publico inteiro e eu fui ali procurar uma foto. Acho que fica e lê porque aquilo ali lhe pareceu interessante, por um ponto de vista diferente do seu, ou porque de alguma forma se identificou. Uma vez eu tive essa curiosidade e perguntei para a Socorro Oliveira, que segue o blog, como ela caiu aqui. No caso dela não foram as fotografias.
Quando alguém segue abertamente o blog eu dou um clique na pessoa e vou ver quem é e o que ela escreve, mas não acho que por ter alguém com a delicadeza de dizer que está assumindo ler meu blog que eu tenha que me colocar lá como leitor da pessoa, como uma retribuição. Se é o caso de pedir desculpas por isso não sei, mas meu compromisso tem sido com a honestidade.
Acho importante escrever algumas estórias aqui, incluindo algumas ótimas de outras pessoas, para que não mais se percam nem se alterem, mesmo quando eles não estiverem mais aqui para contar do jeito deles.
Quero contar a minha estória do meu jeito. Se isso fica meio misturado ou desordenado, não importa muito, eu só quero um espaço para me expressar e não achar que estou ficando maluco e falando sozinho.
Se eu estivesse começando isso hoje provávelmente não contaria sobre o blog para ninguém conhecido. Demorou muito para eu escrever sobre algumas coisas porque eu mesmo estava me censurando porque achava que tinha gente conhecida lendo.
Isso é uma grande ilusão.
Ninguém que te conhece está interessado em você a esse ponto. Mas tem uma pessoa que lê e acha que tem mais gente conhecida lendo e se incomoda com isso.
Minha filha lê e às vezes se incomoda com o que eu estou escrevendo aqui. Embora eu lamente muito, vou comentar mais uma vez que minha prima deu o endereço do blog para minha ex mulher e ela leu há um tempo atrás e minha filha diz que ela garante que não está lendo mais não.
Tomara.
Não quero incomodar a nenhuma das duas com nada, mas agora não vou sair mais daqui não e vou continuar a escrever. Esse espaço é meu e foi onde eu encontrei um canal que funciona para mim. De certa forma isso é um recado: Está na hora de parar de ler este blog. Não tenho muito mais do que falar do que aconteceu, mas, como em qualquer terapia, preciso falar de tudo para seguir adiante, porque estou me sentindo pronto para isso.
Demorou muito.
O texto do qual eu falei é LER DEVIA SER PROIBIDO.
Aqui vou colocar um pedacinho, mas no post seguinte, coloco as partes das quais gostei mais, inclusive essa novamente:
"Além disso, a leitura promove a comunicação de dores e alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura devia ser proibida."
Complementando isso, eu diria: Escrever também. Pelos mesmos motivos.
domingo, 4 de setembro de 2011
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