Uma vez ouvi de uma pessoa de quem eu gostava uma piada contada com muito gosto.
Perguntava a definição de um homem de sucesso e a resposta era que homem de sucesso é aquele que ganha mais dinheiro que sua mulher consegue gastar e seguia com a definição de mulher de sucesso que seria aquela que conseguia encontrar um desses.
Tem coisas que a gente ouve e ficam ali...
Talvez porque façam a gente pensar sobre outros padrões que não são os nossos. Nos questionando se deveríamos nos aproximar mais deles.
A piada não era tão importante, mas sim o prazer com a qual foi contada, que poderia significar alguma frustração, e como ainda lembrava disso, achei importante elaborar bem sobre este assunto antes de deixá-lo para trás.
Nunca precisei de muitas coisas nem fui uma pessoa ligada em marcas ou ainda em querer ter mais ou parecer que tinha mais do que realmente tinha.
Não tenho a necessidade de impressionar ninguém. Nunca tive.
Mas nada faltou.
Vim de uma família de classe média com cinco filhos e isso ajuda a dar mais valor a ser do que ter.
Outro fator foi o de ter tido um pai que morreu aos cinquenta e dois anos, quando eu tinha vinte, e ele, ao contrário da minha mãe, ter sido um sonhador.
Acho que herdei muito dele.
Mas, ainda assim, estudamos todos nós, num dos melhores colégios do Rio, tendo como colegas, filhos de algumas grandes fortunas, com quem convivíamos sem dar nenhum valor especial a isso. Também morávamos num apartamento de quatro quartos que tinha uma sala que era outro apartamento, literalmente.
Minha mãe nunca foi de demonstrar sentimentos e essa é uma queixa que minhas irmãs dão a impressão de não querer esquecer. Mas, talvez por isso mesmo, ela tenha conseguido fazer tudo que foi necessário durante a vida inteira, sem ninguém que a ajudasse.
Hoje eu estou olhando para mim mesmo e vendo que não aprendi a dar valor a dinheiro e aqui acho que poderia existir mais equilíbrio da minha parte.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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